A menina dos livros – Oliver Jeffers

Título: A menina dos livros
Original: A child of books
Autor: Oliver Jeffers e San Winston
Editora: Zahar
Ano: 2017

Vencedor do prêmio Bologna Ragazzi (2017), A menina dos livros é um livro que nos encanta desde a primeira página. E não digo isso somente pela dedicatória em que aparece uma citação de Primo Levi — autor italiano que eu admiro — mas porque o livro realmente é encantador.

As páginas não possuem apenas as palavras da narrativa, mas também trechos de muitas outras obras que conhecemos. Esses trechos formam — literalmente, por assim dizer — um mar de palavras. Um mar revolto, cheio de ondas. Um mar em que a menina dos livros tem de navegar em sua simples jangada. E essas palavras também se transformam em caminhos, montanhas, túneis, árvores, monstros, nuvens… Enfim, tudo aquilo que somente as palavras podem ser ou vir a ser.

A narrativa de A menina dos livros é simples e linda. Em meio a histórias que precisamos preservar viajamos com duas crianças por um mundo ricamente ilustrado e apaixonante.

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Citações #3 — Hamlet ou Amleto?

Vocês já ouviram falar de Hamlet ou Amleto? Shakespeare para jovens curiosos e adultos preguiçosos, escrito por Rodrigo Lacerda? As citações de hoje são dessa obra, publicada em 2015, pela editora Zahar.

Nesse livro o autor vai explicando toda a peça Shakespeariana, de maneira que possamos compreendê-la e admirá-la. Com isso, podemos perceber todo o drama que envolve a história:

“O seu mundo perfeito morreu de forma precoce e nada heroica, durante o cochilo da tarde” (p.31)

E, em se tratando de um drama, não podem faltar lágrimas na história:

“(…) todo mundo aprende a chorar, a vida ensina, é fatal” (p.56)

A vida nos ensina a chorar, seja de tristeza, seja de alegria. Mas vocês já pararam para pensar em como, apesar de tudo, ainda sentimos vergonha disso? Seja por qual motivo for, parece que chorar é sinal de fraqueza, quando na verdade, precisamos de coragem para nos mostrar tão vulneráveis ao outro.

Outra passagem bem interessante do livro tem muito a ver com uma da semana passada (Citações #2 – Pedagogia da Autonomia). Vejam se conseguem perceber de qual estou falando:

“O mundo passou a ser o campo de batalha das percepções individuais” (p.94)

E por falar em nossa sociedade, que vive uma rotina cada vez mais louca, vale lembrar que:

“Até um vilão precisa de um pouco de calma para viver” (p.153)

Ou seja, sempre é válido tirarmos um tempinho para nós mesmos, um descanso, um momento para nos refazermos. Mais do que válido, aliás, é algo realmente necessário.

Para terminar, uma citação bem impactante, que deixarei aqui para que pensemos um pouco sobre ela:

“Você enxergou a verdade, e a verdade é má” (p.234)