O mês de março foi uma loucura só. Mas talvez você, que acompanha assiduamente este Blog, não tenha percebido, porque mesmo assim consegui manter as postagens em dia. As leituras, por outro lado, ficaram um pouco esquecidas, mesmo que a contragosto. Com isso, hoje não tenho nenhum livro para resenhar por aqui.
Eu poderia, contudo, escrever sobre qualquer outra coisa. Tanto é que o segundo post da semana será mantido normalmente. Mas ao invés de escrever algo novo para cá, gostaria de te convidar para ler (e assinar, caso ainda não assine) a minha newsletter!
A última edição foi enviada domingo (02/04) e nela eu comento um pouco dessa correria que mencionei, mas também falo sobre amor, sobre minhas leituras, faço um apanhado dos posts de março e te convido a conhecer alguns livros e financiamentos coletivos que estão acontecendo.
Para além disso, não tenho muitas novidades de lugar e acontecimentos, mas tenho VÁRIAS coisinhas que não poderia deixar de divulgar, a começar por dois lançamentos que tive a oportunidade de revisar e que estão no mundo, só esperando a sua leitura
Você também pode ler (e comentar) as edições anteriores. A newsletter existe no Substack somente desde janeiro, então dá para colocar a leitura em dia e aproveitar.
Chegou até aqui e na verdade não entendeu nada do que eu falei? Então espera, vou te explicar o que é uma newsletter!
Ela nada mais é do que um email enviado para pessoas que se inscrevem em uma lista e que tem funções diversas: lojas e empresas, por exemplo, podem enviar uma newsletter para falar de produtos e promoções. Escritores enviam newsletters para compartilhar seus textos (e lançamentos, claro). E eu? Bom, eu envio porque às vezes é gostoso só escrever e compartilhar coisas nem sempre cabem aqui.
A minha news (para os íntimos) é recheada de abobrinhas, resumos de leituras e de posts do blog, lugares-pessoas-momentos, novidades e, para fechar, uma musquinha (tem até playlist da news no Spotify).
Você pode ler qualquer edição já enviada sem precisar se inscrever, mas se você gostar do que encontrar lá e decidir assinar a news (gratuitamente), você receberá os próximos textos diretamente no seu email. Ah, prometo não lotar sua caixa de entrada. Só costumo enviar as news uma vez por mês, então é bem tranquilo!
No último domingo (12/02), o Blog das Tatianices (da forma que vocês conhecem hoje) completou 5 anos de existência!
O parênteses no parágrafo anterior é de extrema importância, pois ele faz parte da nossa (minha e do Blog) história.
Foi em 2014, após ler Fazendo meu filme — A estreia de Fani, e com quase nada de conhecimento sobre o universo dos blogs, que iniciei minha jornada na blogosfera. Para se ter uma ideia do meu despreparo, o blog chamava-se simplesmente Queridos livros (zero criatividade e personalidade, eu sei).
Um tempo depois, já com o espaço um pouco mais amadurecido e com mais conhecimento adquirido, alterei o nome para Queridos livros & Tatianices. Para quem não sabe, a inspiração do Tatianices vem do Livro das Tatianices, escrito por Tatiana Belinky. Ou seja, algo com um pouco mais de personalidade, mas ainda dentro do universo literário.
Quando essa história aí começou, eu estava no segundo ano da faculdade. Em 2017, cheguei ao último ano do curso e, dentre as tantas coisas que fazia (e que hoje me pergunto como eu dava conta na época), o blog acabou sendo deixado de lado.
Ainda muito crua na época, achei que apenas abandonar o blog não seria uma boa ideia (eu tenho dificuldade em abandonar as coisas, confesso). Logo, cheguei à conclusão de que o melhor era excluí-lo (ah, se arrependimento matasse). E foi assim que, com dor no coração, cliquei em exlcuir tudo e o blog simplesmente deixou de existir.
Nem seis meses depois, contudo, resolvi voltar. Com um pouco mais de conhecimento e preparo, porém. E foi então que, em 12 de fevereiro de 2018 eu publiquei o primeiro post do Blog das Tatianices.
5 anos depois, a data quase passou em branco. Se você segue o twitter do Blog, talvez tenha visto que domingo foi um dia corrido por aqui (porque além do Blog, eu também faço aniversário em fevereiro e escolhi justamente o domingo para celebrar), mas que eu não me esqueci deste marco que, aliás, me deixou bem reflexiva.
Tenho pensado muito em como gosto deste espaço. Como, com o passar do tempo e com as mudanças da vida, fui encontrando meu ritmo por aqui e a liberdade de ser quem eu sou e de fazer as coisas do jeito que eu gostaria de fazer, sem cobranças (internas. E olha que elas podem ser bem cruéis) e sem pressão.
Atualmente escrevo sobre o que quero escrever, e quando consigo. Claro que busco nunca perder a essência deste espaço — divulgar e incentivar a leitura e a literatura, mas também a cultura e a educação em geral — em consonância com a minha essência. Além de tentar, também, manter certa constância, apesar de tudo.
Gosto de ver como esse espaço consegue crescer, mesmo em um mundo tão acelerado e que, cada vez mais, privilegia vídeos. Adoro receber respostas ao que escrevo, na forma que for (às vezes um comentário, às vezes uma menção ao que falei, às vezes na leitura de um livro recomendado).
Assim sendo, eu não poderia deixar de celebrar (mesmo que um pouco atrasada) os cinco anos deste espaço. Sim, ele ainda é uma criança, mas uma criança que está aprendendo a ganhar asas e a me mostrar muitas coisas boas.
E é claro que eu não poderia deixar de comemorar recompensando você que acompanha este espaço! Para isso, resolvi unir o útil ao agradável: escolhi 5 autores nacionais que admiro e que sempre me lembraram o quanto vale a pena continuar com este trabalho, para a realização de um sorteio (vencedor único).
Foi difícil escolher apenas 5 autores, confesso, mas o número, claro, não foi aleatório: 1 para cada ano do Blog. Porém, gostaria de dizer que existem tantos outros que deixei de fora e que admiro de maneira imensa, cujas obras vocês podem conhecer através de resenhas já feitas por aqui.
Para além da quantidade, o critério de escolha também foi a representatividade: livros com personagens que fogem do padrão heteronormativo, branco, magro, “perfeito” e inexistente.
Portanto, o sorteio de 5 anos do Blog das Tatianices contará com:
1 exemplar físico e autografado de Transmorfo (Bettina Winkler)
Para concorrer a estes prêmios, peço apenas que você participe desta breve pesquisa sobre o Blog, criada com o intuito de conhecer melhor meus leitores e pensar em maneiras de melhorar este espaço.
No dia 23 de fevereiro irei realizar o sorteio. Para tanto, usarei a numeração gerada pelas respostas dadas no formulário. O resultado será divulgado aqui (atualizarei este post com o nome do(a) vencedor(a) e também irei lembrá-los disso no post do dia) e eu entrarei em contato com o(a) vencedor(a) (lembrando que será apenas uma pessoa) para pegar as informações necessárias para o envio dos prêmios.
Espero ter conseguido explicar, de maneira clara, o objetivo deste sorteio, bem como seu funcionamento. Mas se houver qualquer dúvida, não hesite em perguntar aqui nos comentários!
E, por fim, gostaria de, uma vez mais, agradecer a sua presença aqui. Agradeço a cada pessoa que me lê e que, de alguma forma, me lembra que este espaço não é em vão. Na correria do dia a dia, não é fácil dedicar um tempinho à escrita e à manutenção deste espaço, mas faço esse “esforço” com muito amor e muita vontade de trazer algo bom para meus leitores.
Então eu só posso realmente agradecer e esperar que tenhamos ainda muitas boas trocas!
Atualização em 23/02/2023 (11:40)
A vencedora do sorteio de aniversários de 5 anos do Blog das Tatianices é a Agnes!
Gostaria de agradecer a todos que participaram. As respostas de vocês vão me ajudar muito a melhorar cada vez mais este espaço. Foram 10 participantes e fico muito feliz com isso!
Costumo dizer que me expresso melhor escrevendo, mas este ano mesmo as palavras escritas têm me faltado.
2022 foi (tem sido) um ano de muitas histórias, não apenas lidas, mas também vividas. Consequentemente, também tem sido um ano de muitos (bons) pensamentos. E, claro, nessa reta final, de cansaço (faz parte, né, ninguém é de ferro).
Talvez por isso esteja difícil colocar em palavras tudo o que eu gostaria, assim como muitas vezes foi difícil manter o ritmo por aqui (e obrigada a você que continuou acompanhando meus conteúdos, apesar disso). Mas eu não poderia deixar de escrever um último post antes de aproveitar as comemorações de final de ano com a família e de, claro, descansar um pouco.
Dentre as tantas coisas boas de 2022 está a certeza de que ler me faz bem e que ter um espaço para compartilhar essa paixão (e tantas outras) é algo que não quero abrir mão tão cedo. Então, sim, você que me aguente por mais uns anos aqui!
Mas espero que em 2023 eu continue respeitando meu ritmo e fazendo pausas necessárias no Blog. Que eu continue sendo menos rígida com a “agenda de posts” e que escreva sobre o que me der vontade e quando me der vontade. Uma vez mais (e não vai ser a última vez), agradeço a quem respeitou esses ritmos malucos e continuou por aqui, acompanhando e interagindo com cada novo conteúdo e trazendo palavras que me faziam sempre querer voltar para cá o mais rápido possível.
Aliás, pretendo, no próximo ano, voltar com a Newsletter e, provavelmente, deixar de lado o Instagram do Blog que, sinceramente, hoje não faz mais tanto sentido para mim. Então se você quiser um resumo (quinzenal? Mensal? Não resolvi ainda) dos últimos posts e algumas dicas e reflexões rápidas, já se inscreve na news (que é gratuita).
Não sou de fazer metas, nem mesmo literárias (falei muitas vezes nas resenhas como gosto de deixar os livros me escolherem no momento certo), mas desejo que o próximo ano continue sendo um ano com mais presença, mais vida e menos ansiedade e cobranças que, por vezes, as redes sociais nos impõem.
É por isso, também, que este é o último post de 2022. Quero descansar um pouquinho, escrever com calma as resenhas que estão “atrasadas” e começar 2023 trazendo muitos conteúdos novos por aqui.
Então deixo aqui o meu desejo de um ótimo natal e um novo ano excelente para você que está lendo esse post.
E, claro, não posso deixar de dizer (de novo, sim!) um SUPER OBRIGADA a você que acompanha esse cantinho. Cada visita, cada curtida, cada comentário são essenciais para tornar tudo ainda mais especial e sou extremamente grata por isso.
Acho que só existe uma verdade universal nesta vida: a de que não existem verdades universais.
Ok, isso parece ser bem contraditório, mas combina bem com o que quero falar aqui. O assunto do post de hoje é sério (e longo) e quis começar de maneira um pouco descontraída, mas já que você chegou até aqui, que tal ficar mais um pouco e ler até o fim?
Se não existem verdades universais, também não podemos achar que o que é bom para um é, sem sombra de dúvidas, bom para todo mundo (até porque “todo mundo é muita gente”). Assim sendo, eu não pretendo, aqui, dizer que este é melhor que aquele, mas apenas te ajudar (e me ajudar também) na reflexão.
O primeiro turno das eleições de 2022 está à nossa porta. Chamamos estas de eleições presidenciais, mas não é apenas para este cargo que votaremos. E esse é um dos pontos principais daquilo que quero falar aqui.
Antes, porém, quero te contar uma coisa: eu não gostava nem um pouco de política. Não que hoje eu ame, mas entendo melhor o seu papel (e o meu no meio disso tudo). E eu não gostava justamente por isso: eu não entendia nada de nada!
Só ouvia falar de escândalos, de corrupção e, por outro lado, de gente passando necessidade, de escolas sucateadas, de problemas na saúde. A conta não fechava e eu achava que não tinha como melhorar, que o Brasil já não tinha jeito, então eu não “perdia meu tempo” indo atrás. Até porque eu “era uma só”, que diferença poderia fazer?
Bom, eu ainda sou uma só, mas hoje eu entendo que é de um em um que a gente faz mil, dez mil, infinitos.
Tirei meu título de eleitor com 16 anos, não por querer, mas por sugestão dos meus pais, que disseram que tirando com essa idade, eu tinha menos chance de ser chamada para ser mesária. Ao menos funcionou! Mas nas primeiras vezes em que fui votar, eu mal sabia o que estava indo fazer.
Em 2018, porém, as coisas foram diferentes. Ainda perdida entre tantas informações, eu tentei buscar entender um pouco melhor as coisas.
Isso, contudo, é um processo. São muitas informações, vindas de tudo quanto é lado. Algumas verdadeiras, outras falsas. É preciso aprender a separar o joio do trigo e, sendo sincera, isso cansa. Mas (apesar de tudo) sou brasileira e não desisto nunca!
Como eu disse lá no início, não estou aqui para falar sobre candidatos — nem mesmo sobre partidos —, não apenas por entender que cada um deve buscar aquilo que é melhor para si (ainda que não possamos desconsiderar os direitos humanos e outros direitos essenciais), mas porque eu sequer escolhi os meus. E não é por falta de opção, mas porque me falta uma coisa essencial: a pesquisa.
Contudo, não vou fazer como anos atrás. Até domingo eu tenho apenas uma lição de casa: ler, pesquisar, entender. E só então escolher. E pode ter certeza, eu farei isso.
A verdade, porém, é que esse post já é o pontapé da minha pesquisa. Porque, como eu também disse ali no começo, a gente chama essas eleições de “eleições presidenciais”, mas há outros cargos em jogo. E eles são de extrema importância. Será que sabemos realmente disso?
Vou ser bem sincera: eu não sei tão claramente não! E, justamente por isso, resolvi escrever sobre as obrigações de cada um dos cargos para os quais votaremos esse ano, para então, durante a minha tarefa de casa, poder analisar o que eu espero de cada um e quem representa melhor aquilo que eu busco (e o mais legal é que, enquanto esse Blog existir, este post estará aqui e eu poderei voltar a ele sempre que precisar).
Vou escrever aqui na ordem em que teremos de votar no domingo, combinado?
O que faz um Deputado Federal?
Os Deputados Federais trabalham (ou deveriam trabalhar) lá na Câmara dos Deputados, em Brasília. Digamos que eles são quase tão centrais quanto o próprio Presidente no cenário político.
A função deles é legislar (ou seja, criar leis) e fiscalizar (ou seja, ver se as leis estão sendo cumpridas). Basicamente, colocar o país para funcionar e garantir que ele funcione seguindo as regras. Bem importante, não?
E você sabia que nós temos 513 deputados? É bastante gente! Mas de que adiantaria se esses 513 deputados pensassem da mesma forma e, pior ainda, pensassem apenas em si e esquecessem de todo o resto da população, principalmente daquela (grande) parcela que mais precisa deles?
Por isso, é muito importante que você avalie quais são os seus ideias inegociáveis, ou seja, aquilo que, para você, é essencial para que o país cresça de maneira saudável e próspera. Pode ser saúde, educação, meio ambiente, tecnologia. Com esses itens em mente, busque por candidatos que apresentem propostas relacionadas a eles.
Outra forma bem interessante para encontrar o seu candidato ideal é ver quem são os deputados atuais e o que eles realmente fizeram nos últimos quatro anos. Pode ser um bom começo para acrescentar algumas opções à lista, ou, principalmente, para saber de quem você quer passar longe. Além disso, você aproveita para se interar do que anda acontecendo na Câmara.
Vale lembrar que os Deputados Federais possuem 4 dígitos (os dois primeiros representam o partido e os dois últimos o candidato).
O que faz um Deputado Estadual?
Em menor âmbito (isto é, pensando no seu Estado), o Deputado Estadual tem as mesma funções do Deputado Federal, elaborando e aprovando leis que estiverem relacionadas a temas pertinentes à esfera estadual. Eles também são responsáveis por fiscalizar as contas do Estado. Ou seja: se você é contra a corrupção, precisa procurar por candidatos honestos (eles hão de existir).
Novamente, portanto, vale pensar no que você acha que seu Estado pode melhorar, para então buscar candidatos que tenham propostas relacionadas a este ponto.
Os Deputados Estaduais trabalham na Assembleia Legislativa (cada Estado tem a sua) e o site delas também é uma excelente fonte para verificar o trabalho daqueles que estiveram ali nos últimos quatro anos (e não só). Se quiser ter uma ideia, este é o site da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Para votar no Deputado Estadual você precisará de 5 dígitos (novamente os dois primeiros são do partido e os três últimos do candidato).
O sistema proporcional
Antes de continuar falando sobre as funções de cada cargo, um grande parênteses necessário: Deputados (federais e estaduais) são eleitos pelo sistema proporcional. E isso é bem complexo, mas é bom termos uma ideia de como ele funciona, porque também pode influenciar o nosso voto.
De maneira extremamente reduzida e simplista, o sistema proporcional é um sistema no qual os partidos e coligações recebem vagas (na Câmara ou na Assembleia) em quantidade proporcional às suas votações. Ou seja, um candidato não depende apenas de si mesmo parra ser eleito, mas também com os votos que o partido recebe.
Isso significa que, ao votar em um candidato, você pode ajudar outro candidato do mesmo partido a ser eleito. Por isso, neste caso, analisar o partido, e não apenas os candidatos de maneira individual, pode ser importante.
Como eu disse, é um sistema complexo e entendê-lo mais a fundo nos permite, também, buscar algumas estratégias, visando contribuir para uma Câmara (ou uma Assembleia) mais representativa.
O que faz um Senador?
Preciso começar esta parte com uma informação que sempre me esqueço: Senadores não são eleitos por quatro anos, mas por OITO. Ou seja, vamos escolher bem, né?
A cada quatro anos votamos em Senadores porque, mesmo o mandato sendo de oito anos, a renovação acontece a cada quatro anos, na proporção de 2/3 e 1/3. Isso significa que este ano votaremos em apenas um Senador e, nas próximas eleições, em dois.
O Senado, com a Câmara dos Deputados, compõe o Congresso Nacional (sim, aquele de Brasília). Mas enquanto a Câmara representa o povo, o Senado representa os Estados.
Na hora de escolher o seu Senador, há uma coisa que você também precisa levar em consideração: os suplentes (ou os “substitutos” daquele Senador). Cada Senador é eleito com 2 suplentes na chapa.
Uma importante função do Senado é a de julgar crimes de responsabilidade. Por isso é importante que a constituição do Senado também seja diversificada, contando com representantes de diversas frentes e partidos, garantindo que não sejam defendidos os interesses de apenas uma parcela da população e dos políticos.
O Senado ainda aprova (ou não) os nomes indicados ao STF, o Procurador-Geral da República e os Presidentes e Diretores do Banco Central. Nomes que influenciam enormemente a gestão de recursos nacionais e a fiscalização do andamento das leis que nos regem.
Claro que o Senado também tem o seu site, no qual é possível verificar o que anda acontecendo por lá e o que podemos esperar dos próximos Senadores eleitos.
O número dos Senadores possui somente três dígitos (os dois primeiros são o do partido).
O que faz um Governador?
O Brasil é um país imenso e os cargos apresentados até aqui podem parecer distantes demais da nossa realidade.
Dá um sentimento de impotência perceber que há tanto poder nas mãos de pessoas que nem sempre estão realmente preocupadas com a população, mas apenas com a possibilidade de tirar vantagem de tudo. Por isso é importante escolher com consciência e de acordo com os seus ideias.
Mas se pensar no Brasil como um todo pode parecer uma missão impossível, que tal começar prestando mais atenção no seu Estado? Este ano, além dos Deputados Estaduais, também iremos escolher novos Governadores, ou seja, as pessoas responsáveis por administrar e representar o Estado em ações jurídicas, políticas e administrativas. Além disso, uma das principais responsabilidades do Governador é a segurança pública, assunto tão em alta em nosso país.
O Governador também controla as finanças do Estado e é responsável por buscar mais verba no Governo Federal para os investimentos necessários na infraestrutura do Estado (como saúde e educação).
Como sempre, vale dar uma olhada no site do Governo do seu Estado (aqui está o de São Paulo) e, claro, nas propostas de cada candidato, dando maior atenção aos pontos que você considera essenciais.
Para votar em um Governador você precisa de apenas dois dígitos. Ah, é bem importante também analisar não apenas o candidato em si, mas o seu vice! Os dois são eleitos juntos e é bem comum que, em algum momento, o vice assuma o cargo.
O que faz o Presidente da República?
E finalmente chegamos nele, o cargo de maior destaque (mas, como espero que tenha ficado claro, não necessariamente o único de real importância nestas eleições).
Dentre as funções do Presidente, temos: gerir a administração federal; criar e executar políticas públicas e programas governamentais; sugerir, vetar ou sancionar leis; escolher ministros; receber autoridades estrangeiras; representar o país no exterior.
São muitas atividades, é verdade, mas é preciso lembrar que nada disso é feito de maneira solitária. Então, sim, o Presidente deve ser bem escolhido porque ele é o retrato da nossa sociedade, mas ele precisa de toda uma equipe que também seja o retrato da nossa sociedade.
O ideal, portanto, é que, para que você possa realmente escolher aquele candidato que te representa, você leia a proposta de governo de cada um. Este é um documento disponível no site do próprio Tribunal Superior Eleitoral e você pode consultá-los clicando no nome de cada candidato aqui.
Para acompanhar de perto os trabalhos do Presidente da República e os rumos do nosso país, o site essencial é esse aqui.
Uma vez mais, também é muito importante olhar não apenas para o candidato em si, mas também para seu vice. E, nas urnas, você precisará de dois dígitos para votar no candidato escolhido.
Cola eleitoral
Como mostrado ao longo deste post, este ano precisaremos votar para cinco cargo diferentes.
É importante lembrar que na cabine eleitoral não é permitido o uso de celular, então o ideal é pegar o bom e velho papel para fazer a sua colinha eleitoral. Melhor ainda se ela já estiver na ordem certa, porque aí é só digitar, conferir e confirmar.
Então, depois de analisar propostas e escolher (com sabedoria) os seus candidatos, anota aí:
Deputado Federal: XXXX (4 dígitos)
Deputado Estadual: XXXXX (5 dígitos)
Senador: XXX (3 dígitos)
Governador: XX (2 dígitos)
Presidente: XX (2 dígitos)
Conclusão
Peço desculpas por esse post imenso, mas eu realmente precisava fazer isso, até para ter mais claro o que eu, como cidadã, tenho de fazer nesta (e nas próximas) eleição.
Com certeza faltou muita informação aqui, mas o nosso sistema político é realmente muito complexo e, faltando tão pouco tempo, não seria possível destrinchar todo o necessário.
A verdade é que deveríamos aprender isso aos poucos, na escola, mas a que político interessa que possamos votar com sabedoria, não é mesmo?
E se me permite um pedido (para além do pedido de desculpas), vote com consciência. Vá as urnas sabendo o que está fazendo e, mais ainda, sabendo que está escolhendo por você, de acordo com o que há de verdade em seu coração. Não acredito que o Brasil seja um país de ódio e preconceito, mesmo depois de ter visto de tudo um pouco nos últimos tempos.
Lembre-se que o voto é secreto e que você não deve satisfação para ninguém sobre as suas escolhas, então não aceite coerções e vote de consciência limpa.
No dia das eleições, você não tem obrigação alguma de vestir qualquer coisa que indique o seu voto e se alguém te perguntar, você também não tem obrigação de responder.
Por mais clichê que seja, a mudança começa com cada um de nós. E a política não acaba nas urnas, mas também no acompanhamento daquilo que vem sendo feito e na nossa manifestação de (in)satisfação com os rumos das coisas.
Por isso, também deixo aqui um convite que fiz, em meu Facebook, lá em 2018: ao longo dos próximos quatro anos (e dos subsequentes), independentemente de quem estiver no poder, procure acompanhar os sites que eu trouxe ao longo deste post (ou aqueles dos governos de seu Estado) e não se cale diante daquilo que não está de acordo com o prometido durante as campanhas eleitorais ou que não está de acordo com os nossos direitos.
Tenho resenhas para escrever, artigos que quero traduzir, materiais para compartilhar. Mas tem me faltado tempo.
Deixei que alguns dias passassem e tenho pensado em deixar mais outros tantos passarem. Voltarei quando tiver algum material já escrito, para não te deixar à deriva novamente.
Aproveito o infame jogo que fiz, porém, e deixo aqui o meu convite: hoje (25/03/2022), às 19h30, estarei na Livraria Ponta de Lança (R. Aureliano Coutinho, 26 – Vila Buarque, São Paulo – SP) mediando um bate-papo com o autor Fernando Ferrone, que além de A longa noite de Bê, escreveu também À deriva (que está entre as resenhas a serem escritas).
Como você pode ver, ando sumida daqui, mas a vida está seguindo fora das telas. Estou numa correria por ter começado em um novo emprego esse ano, mas sigo lendo sempre que posso e, felizmente, agora estão voltando os eventos literários presenciais.
Inclusive, aproveito para lembrar que tenho uma newsletter (que também sofre de algumas ausências minhas, por vezes), na qual divulgo lançamentos, eventos e cursos relacionados a esse universo que tanto me fascina.
A newsletter é gratuita. Você só precisa se inscrever aqui e confirmar sua inscrição pelo email que chegará (e que talvez vá para o seu spam ou para as promoções).
Há exatamente um ano escrevi um post que teve uma repercussão muito gostosa por aqui: as pessoas ainda leem blogs?
Foi um post que eu quis muito escrever e que ficou ecoando em mim ao longo de 2021. Um espaço no qual compartilhei um pouco da minha experiência por aqui, bem como alguns dados que — para a minha alegria — melhoraram ainda mais durante o ano.
Agora que um novo ano se inicia — aliás, feliz 2022! — eu volto com uma pergunta: vale a pena acompanhar blogs?
Antes de respondê-la, porém, explico de onde veio essa questão. Eu estava no Twitter e me deparei com a seguinte afirmação: Meu sonho de princesa é voltar a encontrar coisas em texto. Não quero vídeo prolixo do YouTube. Não quero dancinha de tik tok. Não quero gente apontando coisa na tela no Instagram. Quero ler. Quero texto. Quero palavras escritas.
O que eu pensei na hora? Vem para os blogs! Porque sim, eles ainda existem e se a gente procurar bem, pode encontrar de tudo um pouco nesse universo.
Mas vale a pena?
Bom, se você é como a pessoa do tweet que eu mencionei, ou se você é como eu, com certeza vale a pena, né? Porque nos blogs, ao menos naqueles como este meu espaço, o que você encontra é justamente… Texto!
Mas, mais do que apenas dizer que vale a pena ler blogs (caso seja isso que você goste), eu gostaria de iniciar este ano indicando algumas páginas que eu adoro acompanhar. E não são apenas páginas sobre livros! Se liga:
Sim, eu sei que faz um tempinho que esse não é atualizado. Mas o blog da Nati sempre será o meu favorito no mundo, então ele não poderia ficar de fora dessa lista. É um blog sobre literatura, mas não só. Os textos falam muito sobre a Nati, os livros e a mistura única que isso gera.
Outro blog que eu provavelmente já mencionei por aqui e que não poderia ficar de fora dessa lista. O nome já é bem autoexplicativo, mas também tem muitos outros conteúdos que valem a pena ser conferidos ali, inclusive sobre a vida de freelancer, o que ajuda muito quem está entrando nesse mundo.
Se você quer aprender e ler sobre algo que cotidianamente não lê, esse blog é para você. Acho que é o mais diferente dos que eu acompanho, com temas sobre tecnologia, segurança, sistemas… Aprendo um monte lendo esse.
Esse é meu xodozinho! Já gostava de ler os textos do Pedro, mas aí ele resolveu montar um super time de escritores e é incrível poder acompanhar esses escritos tão variados.
Quer me ver feliz? Espera eu saber que tem texto novo nesse blog! Adoro o jeito que a Dina conta sobre as coisas da vida e as experiências dela. E olha que, aparentemente, ela já teve muitas!
Juro que não é só pelo nome, mas eu realmente estou adorando acompanhar a retomada da Tati! Textos simples, mas que são sempre gostosos de ler, cheios de conteúdo e nos deixando com vontade de sempre interagir. Ela arrasa!
Outro blog que compartilha experiências diversas e reais é o do Julio e eu adoro os textos dele. Como ele não é formado na área de humanas, também tem um conteúdo diferente do que estou habituada a ler e aprendo muito com isso. Por esses motivos, mesmo que ele ande meio sumido e em dúvida com relação aos rumos do blog, eu não poderia deixar de mencioná-lo.
Mais um título que diz muito sobre o blog em si. Neste espaço, a Amanda compartilha pensamentos, angústias, conquistas e leituras. Textos que são como abraços ou que nos dão vontade de abraçá-la.
Semanalmente eu aguardo ansiosamente as crônicas do Antonio Carlos. Ele é um mestre nesse gênero literário e mesmo depois de um bom tempo acompanhando seus escritos, continuo boquiaberta com o tanto de coisa boa que aparece por ali.
Tá achando que eu só acompanho blogs de literatura e escritos? Pois você se engana redondamente! Neste aqui a Yuka compartilha sobre a sua jornada para se tornar FIRE, além de falar sobre minimalismo e autoconhecimento. Muito aprendizado em ótimos posts.
Eu também acompanho assiduamente (e salvo várias dicas) o blog da Dayane, que fala sobre cosméticos e esmaltação como ninguém. Sério, um dos melhores blogs sobre o assunto que já encontrei.
E você, que blog acompanha e recomenda para todo mundo?
Basta uma rápida navegada por este blog e, acredito eu, minha paixão por livros fica bem evidente. Fazendo parte da blogosfera literária, contudo, fica difícil não se comparar com os outros. Já adianto, porém, que não estou necessariamente falando de uma comparação ruim, apenas gosto de ver e refletir sobre a relação que cada um vai construindo com os livros. E foi daí que nasceu a minha vontade de falar um pouco melhor sobre como vejo e me relaciono com os livros. Você me acompanha nessa?
Quando me tornei leitora?
Vamos começar por essa pergunta que, confesso, não sei responder. Mas sobre isso, já até falei um pouco aqui. Sigo sem saber qual foi meu primeiro livro, mas agradecendo a sorte e o privilégio de crescer numa família leitora, tornando a leitura algo natural para mim, assim como ganhar, comprar e ter livros.
Minha estante
Vivi a vida inteira na mesma casa e meu quarto é pequeno, o que significa, também, que não tenho muito espaço nele, o que, por sua vez, me leva ao segundo ponto deste texto: não tenho uma estante. Ao menos não uma estante como vejo o pessoal exibir em “tour pela minha estante”, no Instagram, ou mesmo aquelas que aparecem ao fundo de tantas chamadas de vídeo que viraram nossa rotina.
Contudo, não vejo isso como um problema. Aliás, devo confessar que acabo pensando muito no trabalho que deve dar limpar todos os livros com uma boa frequência. Isso porque meus exemplares ficam em um armário fechado, mas com uma ventilação adequada, pegando um pouco menos de pó do que pegariam se ficassem em uma estante totalmente aberta.
Na verdade, ao longo dos anos fui mudando os livros de lugar e, aos poucos, eles foram tomando mais armários que antes. Ainda assim, e aqui chegamos ao terceiro ponto, mesmo que hoje os livros ocupem mais prateleiras que antes, em meu quarto, eu continuo tendo um limite (físico) para esse crescimento, o que significa que, desde pequena, tenho consciência de que não posso guardar todos os meus livros para sempre comigo, então eu tenho relativa facilidade em passá-los adiante (doar, trocar, vender). Até porque, eu também não costumo reler muitas obras, então não faria sentido acumular livros pelo simples prazer de acumulá-los.
Desapegos literários
Às vezes acho que as pessoas podem me achar um pouco sem coração por isso, ou até mesmo ingrata, por ler e passar adiante livros que ganhei de presente, por exemplo. Mas a verdade é que eu acho que livro foi feito para ser lido, então gosto que eles continuem tendo vida com outros leitores, mesmo que eu não saiba quem serão esses leitores.
Por anos, tudo o que eu fazia era separar alguns livros para doação. Hoje em dia, além de doar alguns, separo outros para fazer trocas no Skoob e, assim, também poder solicitar livros que eu tenho interesse em ler.
Se você me der um livro, eu lerei
Não tenho muita frescura com livro. Se você me der um de presente — seja ele qual for (com raríssimas exceções) — eu vou ler. Pode ser que eu demore meses ou até mesmo anos para pegá-lo, mas pegarei e lerei. E se eu me desfizer dele depois, não foi porque não gostei, mas simplesmente porque eu já não tinha mais espaço para ficar com ele.
Meus critérios
Falei tanto sobre espaço e desapego que pode parecer que não guardo livro nenhum. Ao mesmo tempo, porém, comentei que hoje eles ocupam mais espaço que antes. Quais os meus critérios para o que fica e o que vai? Obviamente, faço questão de guardar meus livros favoritos, isto é, aqueles que realmente conquistaram um espaço muito especial em meu coração. Para além deles, gosto de ficar com clássicos da literatura — nacional ou internacional — e com livros que possuem mais do que a história nele contadas, isto é, aqueles com dedicatórias ou alguma outra história por trás. E claro, agora também estou juntando livros nos quais trabalhei.
Relação com o livro em si
Por fim, não sou uma pessoa que ache chocante grifos ou coisas escritas a lápis e caneta em livros (mas, claro, não faça isso em livros emprestados, ainda mais de uma biblioteca!). Não tenho o hábito de fazer isso nos meus, mas já vivi experiências incríveis de dar e receber livros com comentários para a pessoa presenteada, tornando a leitura extremamente única. No geral, porém, como eu disse, não tenho o hábito de fazer marcações nos livros justamente por não saber se ficarei com ele ou não, então tento deixá-los o mais conservados que posso.
Além disso, apesar de ter tido um pouco de resistência no início, adaptei-me bem ao mundo dos e-books e leio um pouco de cada com o mesmo prazer.
E qual é a sua relação com os livros? Lembrando que não há um certo e um errado aqui e que apenas quis compartilhar um pouco de como isso se dá comigo, já que os livros são tema central deste blog.
Como sempre, basta encarar a tela em branco e todas as palavras parecem fugir de meus dedos. Mas este é um dia que não posso deixar passar, como em tantos outros anos não deixei. Afinal, hoje é dia deles, mas pela primeira vez eu me sinto realmente pronta para dizer que hoje é o meu dia também: dia dos professores.
Depois de passar por todos os anos de escola, faculdade e pós-graduação, sem contar as inúmeras atividades e cursos extras que já fiz, posso dizer sem sombra de dúvidas que tive muitos professores. E posso dizer mais: sempre os admirei. Cada um, a seu modo, me ensinou algo que levo para a vida. Ainda assim, durante muito tempo achei que essa profissão não fosse para mim. Pelo menos não até pisar em uma sala de aula pela primeira vez. Porém, durante algum tempo, tentei traçar outros caminhos, mas no fim eu sempre terminava na sala de aula (e feliz!).
Entrei na faculdade de Letras dizendo que trabalharia com tradução, mas meu primeiro emprego foi como professora de inglês. E foi por conta disso que resolvi fazer a licenciatura e me encantei ainda mais pela sala de aula. Porém, depois eu trabalhei alguns anos como estagiária da faculdade, nada relacionado diretamente à sala de aula (eu ajudava em coisas mais burocráticas, mas ao menos estava muito próxima de professoras incríveis), fui para a pesquisa e, por fim, entrei em uma empresa para trabalhar com… Tradução! Era meu sonho, não? Bem, não mais.
Desde que comecei a dar aulas (de inglês), lá em 2014, eu nunca efetivamente parei: do inglês fui para o italiano (que é realmente a minha área), depois tive alunos particulares, curso livre obrigatório da disciplina da faculdade, outros cursos que ministrei por fora, mais alunos particulares… Até no período em que estive na empresa, trabalhando com tradução, eu tive uma aluna particular. E devo dizer que ela é uma grande responsável por eu estar onde estou hoje! Graças a essa aluna, que já fazia aulas online desde o início comigo, eu fui encontrando meu caminho durante a pandemia e é por isso que somente agora, em 2021, eu finalmente consigo dizer com todas as letras (e muita alegria) que sou professora. Uma professora de italiano muito apaixonada pelo que faz, aliás!
Foram praticamente sete anos (ou mais, até), para aceitar que um “Feliz dia dos professores” é realmente para mim. Que é isso que eu amo e não posso negar. Mas como dia o velho ditado, “antes tarde do que nunca”. E tudo é um processo: a cada dia eu sei que posso melhorar e quero melhorar. Sou muito grata por encontrar alunos que me fazem crescer com eles, que me ensinam diariamente e que acreditam no meu trabalho e compartilham as alegrias da sala de aula comigo.
No dia de hoje, portanto, eu não poderia deixar de agradecer, mais uma vez, a cada professor que passou pela minha vida. Sempre os admirei e sempre vou admirar e ser grata, porque o aprendizado é sim uma ferramenta muito poderosa. Mas eu também gostaria de agradecer aos alunos que já tive, tenho e também aos que terei, porque, como eu disse, ser professor é aprender todos os dias e cada dia mais.
Desejo, ainda, que a cada 15 de outubro possamos lembrar que para chegar onde for, precisamos que alguém nos mostre o caminho. Certamente algum professor já fez isso por você. Então que tenhamos mais respeito por essa profissão e que saibamos valorizar a educação, porque ela sempre fará parte de qualquer futuro que possamos imaginar.
E que em especial este 15 de outubro seja feliz para todos os professores que passaram por minha vida, para meus colegas e amigos professores e para todos aqueles que ainda terão o prazer de se encontrar nesta profissão. Talvez (com certeza) não estejamos vivendo o melhor cenário para se acreditar na educação, mas se nem os professores acreditarem, quem acreditará, não é mesmo? Que possamos, então, seguir firmes e seguros daquilo que estamos fazendo.
De verdade, obrigada a você que decidiu ser professor e faz isso com dedicação, atenção e responsabilidade. Felzi dia!
Apesar de gostar de produzir conteúdos aqui e de divulgá-los em outras redes sociais, buscando sempre chegar a mais pessoas, estou bem longe de ser (e me considerar) uma influencer. Mas tem algumas coisas que acho que são importantes dizer e repetir (no meu caso, repetir, tantas pessoas já disseram antes e tantas outras insistem em ignorar).
São algumas coisas sobre as quais penso muito e busco sempre melhorar (afinal, ninguém é perfeito e estamos aqui para aprender também). Não trarei regras, mas aspectos que podem tornar a convivência e a troca na internet (e até na vida) melhores.
Interação
Muito se fala sobre crescimento na internet (e na vida), mas poucas pessoas parecem realmente levar a sério a questão da interação. Lembrando que divulgar e apoiar o trabalho de pessoas, mesmo aquelas que atuam na mesma área que você, não gera concorrência, mas admiração (super clichê essa frase, mas é verdade, viu?).
Para ser sincera, não sou a melhor e mais indicada pessoa para falar sobre interação. Sou extremamente fechada e tímida e tenho sempre medo de estar incomodando, além de, por vezes, ter uma enorme preguiça de redes sociais. Mas quando estou com ânimo, tento passar nos perfis que gosto, comento, curto, compartilho algumas coisas.
Quando falo de interação, contudo, não estou me referindo apenas à nossa em outros perfis, mas também à forma como recebemos e respondemos aqueles que vêm nos visitar. Você já pensou nisso?
Acho que mais que interação, este tópico também poderia ser sobre reciprocidade. Tratar o outro como gostaria que te tratassem, ainda que nem sempre o que é bom para nós seja bom para o outro, mas acho que deu para entender o espírito da coisa, não?
Acessibilidade
Confesso que esse foi o tópico pelo qual eu mais queria escrever este post. Acessibilidade é um tema que ainda temos muito a aprender e melhorar. E com certeza estou me incluindo nessa! Por exemplo, o que tem de acessibilidade para deficientes visuais em meu blog? Nada! E reconheço essa falha. Tenho vontade de gravar em áudio meus posts, para deixar como alternativa, mas esse é um plano que ainda não saiu do papel…
Mas tem uma coisa que acredito que seja mais básica ainda e que tem pessoas que insistem em não fazer: legendar vídeos. Digo, legendar vídeos para o Youtube, por exemplo, eu sei que é mais trabalhoso, o vídeo todo, aliás, é mais trabalhoso. Mas qual é a sua desculpa para não legendar um story, que tem 15 segundos de duração?
O ponto é: não somos educados a pensar no que podemos fazer pelo outro. E somos ainda menos educados a enxergar que podemos sim ajudar o outro sem colocá-lo em um lugar de vítima.
Avaliação
Se você produz conteúdo na internet, existe algo muito importante que você precisa fazer: falar! Mas calma, não estou dizendo para você gravar vídeos, eu mesma quase não faço isso.
Quando eu digo que você precisa falar, estou te dizendo para compartilhar sua experiência sobre qualquer coisa que você tenha gostado. Foi num lugar bacana, que te marcou? Fale sobre ele, da forma que preferir (através de uma foto, de um story, de um texto). Comprou algo que te surpreendeu? Fale. Gostou de um atendimento? Compartilhe. Teve uma experiência importante? Fale também, ela pode ajudar outras pessoas.
Mais do que falar para as pessoas que te acompanham, porém, existe outra coisa que pode ajudar — e muito — as pessoas por trás daquele lugar, serviço, produto: sua avaliação.
Hoje em dia é possível — e importante — avaliar quase tudo. A maioria dos aplicativos é baseado nisso. E também tem a opção, às vezes, no Google, de avaliar um local, por exemplo. É uma coisa que, em tese, para nós, consumidores, é pequena e que não leva nem dois minutos. Mas para quem recebe aquela avaliação, faz muita diferença. Só que aqui, chegamos ao último ponto…
Lembre-se: somos todos humanos
Infelizmente, nossa vida não é feita apenas de bons momentos e boas experiências, faz parte. Mas isso não nos dá o direito de ofender gratuitamente ninguém. Mais um clichê de extrema importância aqui: palavras podem ferir. E muito.
Críticas construtivas costumam ser bem-vindas. Porém, temos de tomar cuidado e perceber se estamos realmente oferecendo algo que pode mostrar o que não agradou e como poderia ser melhor ou se estamos apenas reclamando e, pior ainda, difamando o outro.
Claro que aqui estou falando “em defesa” de pessoas que agem de boa fé e com boas intenções. Más experiências por conta de golpes e afins devem sim ser compartilhadas expressando a gravidade da situação e alertando os demais (o que não significa que sair xingando seja a melhor opção…).
Agora me conta aqui: o que você considera essencial para uma boa e saudável convivência nessas redes que inundam nossas vidas?
Talvez você não saiba quem é a pessoa do título deste post — eu mesma não sabia/não lembrava assim, só pelo nome — mas é provável que em algum momento você já tenha lido/ouvido essa frase:
“The opposite of love is not hate, it’s indifference”
(O oposto do amor não é o ódio, é a indiferença).
Na verdade, a frase acima é apenas parte de um trecho maior. E essa frase, em questão, foi originalmente dita por Wilhelm Stekel, mas usada por diversos autores, como o próprio Elie Wiesel. Contudo, hoje eu estou aqui mais para falar sobre a minha relação com essa frase e, ao final, algo que descobri ao pesquisar sobre ela.
A primeira vez que li isso, escrito em inglês mesmo, foi no início do meu treinamento para ser professora de inglês, meu primeiro emprego. Lembro-me bem que, apesar de nunca ter experimentado aquilo, a frase chamou minha atenção a ponto de eu copiá-la em meu caderno (que, aliás, tenho até hoje).
Apesar de ter adorado a frase, ela me parecia aleatoriamente colocada ali. Parecia mais um sinal que qualquer outra coisa. Porém, o coordenador logo explicou que a indiferença também é perigosa no ensino. E sim, com certeza é!
Queria eu estar vindo falar sobre como a indiferença é perigosa para o ensino. E, apesar de eu ser professora, infelizmente eu vim, como disse mais acima, falar da minha relação com essa frase e isso não tem nada a ver com o ensino, mas com o amor mesmo.
Quando entrei em contato com ela pela primeira vez, nunca havia sentido na pele — ao menos não de maneira tão concreta — o poder da indiferença. Mas hoje eu posso dizer que ela é realmente pior que o ódio. Eu pensei nisso em meu primeiro relacionamento, muitas vezes, aliás (mais do que eu gostaria/deveria, talvez). Eu pensei nisso nesses últimos dias (felizmente, com menos intensidade, não que isso ajude muito).
E como — ou por que — a indiferença é pior que ódio? Bom, o que nós esperamos de alguém que declaradamente nos odeia? Com certeza nada de bom! Mas a indiferença não costuma vir de uma pessoa que declaradamente nos odeia. Ela vem de pessoas que amamos e que queremos que nos ame igualmente ou o mais próximo disso que for possível. A sensação de vazio que nos persegue quando percebemos que já não é de interesse — ou talvez nunca tenha sido — da outra pessoa compartilhar das nossas pequenas alegrias, é assombroso.
Ao menos essa frase, por mais triste que seja, me trouxa coisas boas. Da primeira vez, a sensação de sentir o peso dessas palavras, mas sem realmente conhecer o significado delas — e te garanto, essa sensação era boa, o que já não é mais. Agora, a descoberta que ela me trouxe e que está relacionada a quem optei por creditar a frase no título deste texto.
Lá no comecinho eu falei que, na verdade, estou trazendo aqui uma frase dita por Wilhelm Stekel, mas usada por diversos autores (inclusive brasileiros, como Érico Veríssimo e Martha Medeiros). Dentre esses autores, temos Elie Wiesel. E quem era ele?
Escritor, sobrevivente do holocausto e prêmio Nobel da Paz (em 1986). Uma de suas obras foi “A noite“, que encontra-se em minha lista de desejos há tempos.
Entender melhor um dos contextos nos quais essa frase aparece — bem o holocausto, assunto sobre o qual pesquiso e leio sempre que posso, justamente pelo medo dos caminhos aos quais a indiferença pode nos levar — fez-me pensar num turbilhão de outras coisas (como se a minha mente já não estivesse a mil, mas enfim).
Eu ia falar sobre como, depois disso, minhas dores — apesar de ainda estarem doendo demais — pareceram pequenas. Mas como ainda dói, só peço que tomem cuidado. Não se deixem engolir pela indiferença, mesmo quando já não se nutre mais um sentimento como antes. Peça licença e afaste-se, não deixe que o outro sofra por aquilo que você já não pode mais fazer por ele.
E cuide dos que estão e sempre estiveram com você.