Citações #81 — Better than revenge

Hoje é dia de compartilhar mais alguns trechos de Better than revenge, de uma autora que quem me acompanha aqui sabe que eu amo: Tayana Alvez.

Esta obra (e todas as da autora) é daquelas que nos prendem do início ao fim, com um delicioso haters to lovers.

“Você enganou quem estava acostumado a enganar todo mundo”

Claro que, sendo esse um dos principais tropes, o amor se faz presente ao longo da narrativa de diversas maneiras. A começar pela vontade de não amar determinada pessoa (afinal, a história começa com protagonistas que são inimigos).

“Eu achava que já tinha superado. Gostaria de já ter superado”

“Existe um milhão de coisas sobre mim que ninguém mais sabe, mas a única que vem à mente é a que não consigo pronunciar”

O que nos leva, também, a pensar sobre a complexidade das relações humanas.

“Amenizar a dor do outro é um combustível muito bom para alimentar a alma dos que sofrem”

“É impossível saber o momento exato que nos apaixonamos por alguém”

“E Alyson estava certa, quando você ama alguém, a pior coisa do mundo é se esconder e se esgueirar”

E sobre como quando amamos de verdade, amamos nos bons e nos maus momentos.

“Porque quando se ama alguém, não dá para escolher ficar só com as partes boas, se agarrar apenas às coisas bonitas ou só lembrar dos acertos”

A história também fala muito sobre erros e culpa, porque há uma questão importantíssima relacionada a isso ao longo do trama.

“É muito mais fácil abstrair a culpa do que lidar com ela”

“— As pessoas erram, criança. Mas isso não é quem elas são. E nós também erramos, então não somos melhores do que elas”

E como os protagonistas são colegas de trabalho, Better than revenge não poderia deixar de falar sobre carreira.

“Em algum ponto da vida normalizamos viver pelo trabalho. Como se ele fosse tudo o que importa e resumisse o que somos”

Agora que você conheceu um pouco mais dessa história, que tal conferir a resenha, se apaixonar de vez e garantir o seu exemplar?

Citações #76 — O caminho que me leva até você

Claro que ao longo da leitura de mais uma obra da Tayana Alvez — O caminho que me leva até você, lançado este ano — eu não poderia deixar de destacar inúmeras passagens lindíssimas ou que me fizeram refletir de alguma forma.

Como não foi possível utilizar todos esses trechos ao longo da resenha, aqui vai um pouquinho mais desta história tão especial.

Uma narrativa que nos prende desde o início porque sabemos que há muita coisa no passado dos personagens que queremos descobrir.

“Não queria falar de Daniel para Miyeko. Não queria falar dele para ninguém”

“Lembrar da sensação de ser deixada numa estante pela pessoa que você mais ama na vida é doloroso, e eu engulo em seco”

Um passado coroado por uma linda história de amor…

“Eu e Caroline éramos uma coisa só. Nunca aprendemos a ser metade de algo”

“Estávamos no topo da cidade, mas qualquer lugar ao lado dela era como o topo do mundo”

“Mas é impossível estar perto de Carol Pimenta e não pensar em tudo o que eu gostaria de viver com ela”

Mas também por muita dor.

“Ouvi-la dizendo que me amava, mas não queria mais estar comigo, me destruiu para todas as outras mulheres do mundo e me entregou para a Fórmula 1”

“Só que você não volta para os braços da pessoa que te prometeu um futuro, mas não conseguia nem te oferecer o presente, não é?”

Inclusive, a obra fala muito sobre estar “quebrado” e o quanto isso interfere em nossas relações (principalmente românticas).

“Talvez o amor não compactue com pessoas quebradas tendo seus pedaços ainda mais partidos por quem diz amá-las, afinal”

“— Eu não quero me oferecer a você toda destruída”

A história também fala sobre mudanças (internas e externas).

“Existe um momento muito específico no qual, ainda que quase todas as coisas ao redor continuem iguais, tudo dentro de você muda”

“No entanto, ainda que tudo tenha mudado, nada mudou”

“Algumas coisas nunca mudam”

E sobre amizade.

“Miyeko é minha única companheira nessa estrada, não dá mais para esconder isso”

Talvez já tenha dado para notar como as relações humanas são centrais nesta história. E este é um ponto realmente abordado de várias perspectivas, nos fazendo pensar diversas vezes em como nos relacionamos com o outro.

“Assumir um momento de vulnerabilidade não quer dizer que estou pronta para ser vulnerável o tempo todo”

“A paz que te preenche e diz que, independente do que aconteça, você está segura, simplesmente, não existe”

“Talvez, ser a pessoa que sempre cede no relacionamento não quer dizer que você é resiliente”

“Estar sozinha é ruim. Sempre foi. Mas, aparentemente, sufoca menos”

“É engraçado como algumas pessoas causam sensações e trazem sentimentos mesmo que elas não estejam fisicamente com você”

“Quanta gratidão é necessária para sustentar três anos de relacionamento?”

“Nem sempre um bom diálogo e um abraço resolvem todas as coisas que estão erradas”

“A sensação de impotência não te toma por inteira quando te fazem algo muito ruim. Não, ela te invade no segundo que se percebe que não há nada a ser feito sobre isso. Não porque você não pode, mas porque ninguém se importa o suficiente com a sua dor. Assim, você luta sozinha. Mas, não é uma luta justa”

“— Perdoar o que as pessoas te fazem, Caroline, é mais sobre por que aquilo te afeta do que sobre o que eles estão fazendo”

A tristeza também tem seu espaço ao longo do texto. 

“Era como se ela fosse arte. O tipo mais triste e belo de arte”

“Literalmente, todo mundo é definido pelas experiências que viveu”

Assim como a morte, que está sempre assombrando os personagens.

“Não é o meu trabalho quem define a hora que eu vou morrer ou não, isso é departamento de Deus, do destino…”

E, como não poderia deixar de ser, há boas reflexões sobre o racismo

“Dona Sofia é uma mulher branca e loira, casada com um homem negro e com uma filha negra, se alguém entende o que o racismo pode fazer para quem se ama, esse alguém é ela”

“Não tem nada de bonito vindo do racismo. Não há nada de proveitoso que se origine no preconceito”

Espero que esses trechos tenham despertado seu interesse por esse livro. E se quiser saber mais sobre ele, não deixe de ler a resenha completa clicando abaixo.

O caminho que me leva até você — Tayana Alvez

Título: O caminho que me leva até você. 
Autora: Tayana Alvez 
Editora: publicação independente 
Páginas: 417 
Ano: 2023

Sinopse

Caroline estava certa de que tinha superado o ex — até ter que entrevistá-lo e lidar outra vez com seus flertes descarados.

Grumpy/Sunshine, amor do passado, friends to strangers to lovers e só tem uma cama!

Obcecada por Fórmula 1 e por trabalho, ser promovida à repórter de campo foi um marco na vida de Caroline Pimenta. Acompanhar a carreira dos principais pilotos deveria ser uma tarefa fácil, se não fosse por Daniel Harris e todas as memórias que compartilhavam.

Muitos anos atrás, Daniel prometeu à Caroline que estariam juntos quando ele ganhasse o seu primeiro Grande Prêmio de Fórmula 1. O destino parece disposto a cumprir sua promessa e juntá-los outra vez, e Daniel vê as coincidências como uma segunda chance para reconquistar a ex-namorada, ainda que ela esteja envolvida com um babaca manipulador e nem um pouco disposta a reviver aquele amor adolescente.

Quando os sentimentos mal resolvidos entram na pista, Caroline tenta focar no trabalho e deixar o passado para trás, mas o destino sempre encontra um caminho — e todas as suas rotas de fuga parecem lhe levar até Daniel Harris; o novato que ela jurou nunca mais amar.

Alerta de conteúdo: Racismo e gaslighting.

Resenha

Livros me encantam por sua capacidade de me apresentar universos com os quais não tenho muita intimidade, ampliando meus horizontes.

Outro dia mesmo, li um livro que falava sobre tênis (o esporte). Agora chegou a vez de me aprofundar um pouco na Fórmula 1.

Vale ressaltar que a autora acompanha o esporte, então a construção do cenário e o desenvolvimento dos personagens neste âmbito ficou excelente.

“No fim do dia, Fórmula 1 é ritmo”

O caminho que me leva até você nos conta a história de Daniel Harris — o Novato — e Caroline Pimenta — a Pimentinha. Ele é piloto de Fórmula 1, ela é jornalista e sonha em poder acompanhar as corridas de pertinho.

“No fundo, eu sempre soube que encontraria um caminho que me levaria até ela”

A história deles, porém, se cruza muito antes da vida adulta: Daniel e Carol se conheceram na escola e da implicância entre um e outro surgiu uma linda amizade, que virou um delicioso romance até que tudo acabou.

“Na primeira vez que falei com Carol Pimenta, eu tinha treze anos”

Quando esta narrativa começa, acompanhamos o reencontro dos protagonistas: Carol, como repórter, tem de entrevistar Daniel após sua primeira vitória na Fórmula 1. Um reencontro depois de cinco anos de uma história mal terminada.

“O tempo passa, mas ele não cura merda nenhuma. Algumas cicatrizes, por mais antigas que sejam, sempre vão doer quando pressionadas”

Este momento, claro, traz à tona muitas histórias e sentimentos que pareciam esquecidos ou superados.

“A pior parte de estar trabalhando nessas ocasiões é: estar trabalhando e precisar terminar seu expediente como se aquilo não tivesse abalado até seus ossos”

Com uma narrativa em primeira pessoa, alternada entre Carol e Daniel, página a página vamos entendendo o presente e o passado deles, enxergando o quanto a história de cada um ainda os afeta mesmo depois de cinco anos do término e desde muito antes, para ser mais exata.

“Deixo mais algumas lágrimas rolarem esperando que em algum momento o amor pare de brigar comigo e eu consiga ter uma relação que dure”

A história se desenrola em alguns meses — fazendo alguns necessários flashbacks — e se passa entre a Europa e o Brasil. Por meio das corridas, conhecemos não apenas alguns dos principais circuitos, mas também algumas belas cidades.

“Finalmente me sinto num lugar ‘diferente’, a Europa é incrível. Tecnologia de ponta em cenários que beiram o medieval, muitos castelos, ruínas, morros, parques… Apesar do clima frio, é possível lidar com a maioria dos lugares por causa do aquecedor e das três camadas de roupas que usamos”

E se só o fato de colocar protagonistas apaixonados por Fórmula 1 já não fosse o suficiente para deixar está história incrível, Tayana Alvez, como sempre, vai muito além.

“Parabéns por achar que um esporte que depende de uma equipe de 800 pessoas é um esporte individual”

A começar pelo fato de que os protagonistas são negros e, desfazendo qualquer estereótipo, provém de famílias ricas, capazes de fornecer total apoio (financeiro e material) às suas carreiras, mesmo sendo contra elas.

“Ser a decepção do papai vem com um peso, e não é todo dia que é fácil carregar”

O caminho que me leva até você também fala sobre solidão, mas não apenas a solidão da mulher negra — tema já muito bem abordado por Tayana em outras obras —, apesar dela também estar marcada ali, bem como o racismo, que a autora sempre faz questão de nos lembrar que existe e como existe.

“Eu tinha 6 anos quando percebi que estava sozinha no mundo, ter pessoas ou não ter pessoas é sempre uma questão de tempo e espaço, e agora, o Gabriel, que esteve ao meu lado no pior momento da minha vida e segurou minha mão por todos os outros, foi só mais uma pessoa que não ficou”

A solidão aqui é daquelas que talvez muitos de nós já sentimos, no passado e até no presente: a solidão de perceber que ninguém permanece, por mais que já tenha estado conosco em momentos difíceis.

“Era como se eu tivesse ficado oficialmente sozinha num mundo com sete bilhões de pessoas”

A narrativa também nos mostra que sonhos não se realizam da noite para o dia, mas que são fruto de abdicações e pequenas conquistas.

“— Às vezes, a gente precisa fazer pequenos esforços, porque as pessoas valem a pena”

Outro tema que se faz muito presente nesta obra são as relações familiares: tanto Carol quanto Daniel têm seus problemas com os pais, ainda que sintam um enorme carinho por seus progenitores.

“Sofia e Carlos só nunca souberam ser pais. Algumas pessoas simplesmente não nascem para isso”

É tocante, ainda, a forma como a autora trata a força, as dores e os sentimentos de Carol. Um livro que nos mostra que somos construídos de altos, baixos e imperfeições e que nem por isso somos menos dignos de amor e respeito.

“Carol quer chorar. Ela quer muito chorar. Mas não vai. Porque a Carol não é assim e isso também dói, esse jeito supermulher dela de ser”

O caminho que me leva até você é, portanto, uma história escrita para nos apaixonar, revoltar e, claro, chorar algumas boas lágrimas, sem querer que ela acabe!

“Como é possível amar tanto uma pessoa e preferir não estar perto dela?”

Se você quiser conhecer esta história, não deixe de clicar abaixo. Ou faça ainda melhor: corra para garantir a sua edição física e com brindes, que está em pré-venda na The Books Editora até o dia 30/08.

Para ficar por dentro das novidades e, claro, saber mais sobre o trabalho da Tayana, já segue a autora em suas redes sociais (Instagram | Twitter).