Citações #85 — Orgulho de ser

Sem dúvidas muitas passagens interessantes ficaram de fora da resenha da antologia Orgulho de ser, publicada pela Se Liga Editorial e resenhada aqui.

Hoje, portanto, trago estes trechos, para que você possa conhecer um pouco mais desta obra tão encantadora

Como o título já deve deixar claro, trata-se de uma antologia LGBTQIA+, que vai nos fazer refletir sobre como nosso amor vai muito além de uma mera nomenclatura

“Ainda assim, Mateus está confuso consigo mesmo. Não se reconhece bissexual nem gay… A sensação é que nenhuma nomenclatura o representa de verdade e isso o apavora, embora não saiba explicar o motivo”

(Multicolor — Thati Machado)

Aliás, a temática do amor, claro, se faz muito presente ao longo das páginas desta obra.

“Amar é sobre ser inteiro, é sobre dois uns que se unem pra somar, não se anular”

(Três versões de mim — Leonardo Antam)

Mas o livro vai muito além. Fala sobre perdas.

“Agnes odiava perdas. Havia perdido tanto na vida…”

(Multicolor — Thati Machado)

“A hora de nos formarmos oficialmente chegou e isso significa que talvez sigamos caminhos diferentes”

(Monocromático — Rafael Ribeiro)

E medos.

“Então… parece que o Dani tá surtando e não quer mais casar.”

(Três versões de mim — Leonardo Antam)

Também fala sobre primeiras impressões e expectativas.

“Primeiras impressões podem dar uma rasteira na gente”

(Monocromático — Rafael Ribeiro)

“O ensino médio começou sem mudanças significativas. Como a cidade é pequena, não tem muita gente nova pra conhecer, então tudo estava igual. As mesmas pessoas, a mesma escola, até alguns professores continuavam lecionando. As expectativas estavam lá embaixo”

(Monocromático — Rafael Ribeiro)

“Isso não vai complicar as coisas? Por que é tão difícil achar alguém legal? O problema sou eu?”

(Três versões de mim — Leonardo Antam)

O primeiro conto trata muito da questão do lar e como este pode ser um tema bem delicado para a comunidade LGBTQIA+.

“— O meu lar é onde você está”

(Multicolor — Thati Machado)

E ainda encontramos histórias que falam sobre os rituais que conhecemos tão bem, mas que ganham novos formatos.

“É o dia de dizer “sim”. Das trocas de juras pretensamente eternas, de trocar as alianças. Seguir o protocolo e fazer tudo que os noivos fazem até o fim”

(Três versões de mim — Leonardo Antam)

Acima de tudo, esta é uma obra que fala sobre humanidade.

“Se ninguém ligava para ela enquanto pessoa, os trataria como máquinas”

(A garota no bar — Delson Neto)

Mas sem deixar de conter histórias de diferentes gêneros, inclusive ficção científica.

“Se um dia fossem pegos a cadeia seria um destino básico, pois as consequências de um cybercrime já eram bem piores naquela altura”

(A garota no bar — Delson Neto)

Se interessou? Então leia a resenha completa para saber mais e garantir seu exemplar!