Título: Meu policial envolvente Autora: Juju Figueiredo Editora: Publicação independente Páginas: 597 Ano: 2019
Antes de começar a resenha de mais um livro da Série Envolvente, eu não posso deixar de dizer que estava bem curiosa com essa história desde que li Meu juiz envolvente, porque ali já dava para imaginar que muita coisa deveria ser explicada sobre a Verônica e o Guilherme, protagonistas deste livro.
“Tinha como um coração quebrado voltar a se quebrar?”
E já adianto aqui que não me decepcionei. Aliás, mais do que isso, até me surpreendi comigo mesma e logo mais eu explico isso, mas antes, tenho de contar um pouquinho do enredo e da estrutura do livro.
“Me perdi mas fui capaz de me reencontrar”
Como nos outros volumes da série, em Meu policial envolvente temos capítulos narrados ora por Verônica, ora por Guilherme, fazendo com que possamos enxergar os dois lados de uma mesma história, nos aproximando ainda mais dos personagens.
“Falar era muito fácil, afinal, você não estava ali sentindo a dor, não estava sofrendo”
Verônica e Guilherme se conheceram ainda jovens e nutriram um pelo outro um amor desses raros e lindos de se ver. Ela engravidou quando eles ainda sequer tinham condições de iniciar uma vida em conjunto, mas superaram tudo um ao lado do outro e se tornaram não apenas uma bela família, mas também grandes policiais.
“— Infelizmente, as coisas não são como queremos e às vezes nossas vidas tomam rumos completamente diferentes do esperado”
Claro que nem tudo são flores, porém, e a vida perfeita que levavam juntos uma hora veio abaixo. O problema foi a forma como tudo aconteceu: Guilherme simplesmente deixou um bilhete para Verônica, dizendo que eles haviam se conhecido cedo demais e que ele queria viver novas aventuras (!) e… SUMIU DO MAPA.
“Às vezes as palavras nos machucam mais que uma surra”
Dá vontade de matar um cara desses, né? Não. Mas calma! Claro que dá vontade de matar um cara desses, mas apenas quando não conhecemos a real história por trás desse bilhete. E vocês se lembram que eu disse lá em cima que a narrativa dessa história é alternada entre esses dois personagens, certo? Pois então, Guilherme, na verdade, não quer viver uma aventura. Ele tem uma missão. E, aos poucos, tantos detalhes vão sendo revelados e tudo vai, cada vez mais, se encaixando, que fica difícil não torcer para que, no final das coisas, tudo dê certo, inclusive entre Verônica e Guilherme.
“Eu consigo reconhecer as lutas que perdi”
Ao mesmo tempo, porém, a gente vai acompanhando os dilemas da Verônica sobre perdoar ou não Guilherme e, mesmo conhecendo o lado dele da história, é muito compreensível essa dúvida dela. Ela sofrera demais e, mesmo ouvindo as explicações dele, não era possível apagar tudo o que ela vivera enquanto ele estava longe. E foi justamente isso que me fez refletir tanto. Tentei me colocar no lugar da Verônica, mas como é difícil imaginar ter de passar por qualquer coisa minimamente semelhante ao que ela passou. Que angustiante (num bom sentido, se é que isso é possível), foi acompanhar as idas e vindas, os altos e baixos desse casal.
“Quando a minha vida começou a dar tão errado?”
E, para melhorar, Meu policial envolvente não é um mero romance, mas também um livro cheio de ação, com crimes a serem resolvidos, histórias do passado intimamente ligadas às aventuras do presente de cada um. E esse livro ainda consegue nos deixar com vontade de conhecer mais a fundo alguns de seus outros personagens.
“A dor de perder alguém nunca passava, mas amenizava com o tempo”
Eu realmente me surpreendi com essa história e, sem dúvidas, é a minha preferida da série Envolvente.