
Ana Farias Ferrari é uma autora nacional que consegue escrever narrativas que nos prendem, aquecem nosso coração e trazem altas doses de identificação.
“Eu me permiti me apaixonar tantas vezes, só para no fim ter meu coração partido”
(Conto: Sol sustenido)
Recentemente, “maratonei” cinco contos dela publicados na Amazon e hoje venho comentá-los.
Como de costume, fui pegando as histórias sem olhar muito para a sinopse, escolhendo minha ordem de leitura bem ao acaso. Por coincidência, contudo, comecei a leitura com um conto que se passava no Halloween (eu li em outubro) e terminei com um de natal.
Comentarei minhas leituras, portanto, na ordem que as realizei. Se você se interessar por alguma (ou por todas!), basta clicar no título para saber mais sobre ela.
Sol sustenido
Claro que escolhi começar minhas leituras pelo conto que carrega algo do universo musical no título. O que eu não imaginava era que a história se passava no Halloween, data que estava chegando quando li o conto.
Felipe trabalha em um bar a noite toda e, em suas horas livres, alterna entre descansar um pouco da loucura e compor músicas.
Um belo dia, quando está tocando na praça, quebrando a cabeça para terminar uma composição, um gato aparece.
Há, contudo, algo de diferente no gato. E Felipe só vai descobrir isso depois: o gato é, na verdade, Lucas, um humano que sofreu uma maldição.
“— Eu sei, é um clichê, estou preso em um maldito clichê de contos de fadas”
(Conto: Sol sustenido)
O desenrolar do encontro desses dois nos faz enxergar que uma noite de halloween pode mudar muita coisa em nossas vidas e que, sim, o amor pode estar nos lugares mais improváveis.
“Eu só não sei se realmente quero encontrar alguém de novo, talvez meu destino seja ficar sozinho, só eu e minha música”
(Conto: Sol sustenido)
Por toda a eternidade
É provável que, em algum momento da sua vida, você já tenha pensado como seria se pudesse viver para sempre, não?
Bom, Felipe vive uma realidade na qual algumas pessoas são imortais. E ele, claro, é uma dessas pessoas.
Dentre os tantos problemas que isso traz, existe a dificuldade em encontrar um emprego, principalmente para aqueles que não têm habilidades especiais. E, para piorar, Felipe consegue sempre estragar tudo.
Sua derradeira chance é conseguir se dar bem no último lugar que Felipe se imaginaria: o setor do amor eterno.
“Corações partidos são como livros que não tem final”
(Conto: Por toda a eternidade)
Entre as enrascadas na qual Felipe se mete, essa história nos arranca risadas e suspiros na mesma medida.
Quando a chuva passar
Você já teve a sensação de que há uma nuvem pairando sobre sua cabeça?
Bom, no caso de Hélio essa nuvem é literal. Sim, ele tem uma nuvem só para ele, sempre chovendo sobre si.
“Veja bem, quando se passa a vida inteira com uma tempestade sobre sua cabeça, são só os dias de completo caos que fazem com que você não se sinta tão sozinho no mundo”
(Conto: Quando a chuva passar)
Irônico o cara que tem uma tempestade particular chamar-se Hélio? Provavelmente. Mas nada na vida é definitivo e o amor sempre pode nos transformar, como Ana Ferrari sempre faz questão de nos lembrar por meio de suas histórias.
“Era uma sensação nova, querer a companhia de alguém, algo que por muito tempo eu quis acreditar que não precisava”
(Conto: Quando a chuva passar)
No momento em que tudo aconteceu
Henrique tem um passado que a cada palavra dessa narrativa queremos compreender, mas que vai sendo revelado aos poucos, na medida certa.
Para isso, também temos de acompanhar os encontros dele com uma aparição no restaurante em que trabalha. E essa aparição também tem lá o seu passado, o que só aumenta nossa curiosidade.
“O quanto é ridículo? Ficar presa a um término?”
(Conto: No momento em que tudo aconteceu)
Entre passado e presente, essa história nos traz dois corações partidos que, juntos, podem se curar.
“A voz fraca e baixa doeu em seu coração, porque o desespero de um amor interrompido é uma das dores mais sinceras que existem, e Henrique a conhecia bem demais”
(Conto: No momento em que tudo aconteceu)
Sob um arco-íris de Natal
Para concluir minha maratona de leitura, cheguei a um conto de natal que se passa em tempos pandêmicos, mas que, claro, não deixa de ser recheado de amor.
Juliano e Danilo são vizinhos, mas o que realmente os aproxima é a pandemia. Até porque Juliano era daqueles que nunca paravam em casa, ao contrário de Danilo.
A aproximação, contudo, desperta muitos sentimentos em ambos e é bem gostoso acompanhar o desenvolvimento calmo da relação deles.
“Eu nunca tinha me visto daquela forma, e queria poder guardar o momento para sempre” (Conto: Sob um arco-íris de Natal)
E aí, qual desses contos você leria (primeiro)?
Se quiser conhecer outras obras da autora, aqui no Blog você encontra resenha de:
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