Hoje é, finalmente, dia de continuar a falar sobre o Mestrado! E, para falar dele, precisamos, antes de mais nada, falar como começar ele. O post de hoje, portanto, é dedicado à uma das etapas do processo seletivo: a prova de proficiência.
A proficiência é, em geral, uma das primeiras etapas e é eliminatória. Isso significa que, para iniciar um Mestrado, você deve saber ao menos uma língua estrangeira. E falar dessa etapa é um pouco complicado, pois, só na Letras, já existem diversas nuances, imagine fora dela.
Por exemplo, se você vai fazer Mestrado em uma área de literatura (brasileira, portuguesa ou clássicas) — e se eu não estou enganada —, você pode escolher fazer a proficiência em qualquer língua. Agora, se você vai fazer um Mestrado em uma área de línguas estrangeiras (ainda que seja relacionado à literatura daquela língua), como foi meu caso, você, necessariamente, deverá comprovar proficiência naquela língua (o que, digamos, faz muito sentido).
Mas também existem diversos tipos de prova de proficiência. Na Universidade de São Paulo, a mais simples é a do Centro de Línguas, que prepara provas para diversos Programas da Universidade. Nela, você basicamente precisa demonstrar que consegue ler e interpretar um texto na língua estrangeira escolhida. Para isso, claro, há um texto na língua em questão e questões de múltipla escolha referentes a ele, em português. E ainda pode usar um dicionário monolingue.
O segundo tipo de prova é aquela preparada especialmente para os Programas de línguas estrangeiras, como é o caso do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura italianas. É uma prova relativamente parecida com a do Centro de Línguas, mas um pouco mais elaborada, entrando algumas questões dissertativas e de tradução.
Por fim, sempre temos a opção de fazer uma prova externa, que geralmente é bem mais complexa, porque abrange as quatro competências (ler, ouvir, escrever e falar). Acho que um dos exemplos mais conhecidos que posso dar desse tipo de prova é o TOEFL. No caso do italiano podemos mencionar o CELI e o CILS. E eu (que adoro complicar quando posso facilitar) optei por esse tipo de prova.
Aí você me pergunta “por que?”, já que além de mais difícil, esse tipo de prova é bem mais cara. Mas há uma vantagem: enquanto as duas primeiras provas que mencionei valem somente para ingressar no Mestrado dessa Universidade, e mesmo ali costumam ter uma validade de dois anos, as provas externas, são válidas/exigidas em diversos lugares/países, e quando têm validade, ela é de pelo menos 5 anos.
Espero ter conseguido explicar um pouco sobre as provas de proficiência, mas caso tenham dúvidas, basta comentar aqui! Em breve, falarei sobre as outras etapas do processo seletivo. Achei que caberia tudo em um único post, mas falar da proficiência já deu muito pano pra manga!
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