Título: Leviatã Original: Léviathan Autor: Boris Akunin Editora: Objetiva Páginas: 282 Ano: 2004 Tradução: Adalgisa Campos da Silva
Um crime que culminou na morte de dez inocentes — dentre eles o Lorde Littleby — na rua Grenelle, em Paris, no ano de 1878. É assim que começa a história de Leviatã, um livro policial escrito por Boris Akunin.
As investigações de tal crime, contudo, acontecem em um navio — o Leviatã —, mais precisamente na primeira classe do mesmo, devido a uma pista encontrada na cena do crime. Boa parte da narrativa se passa, portanto, no salão Windsor, onde o detetive consegue juntar os suspeitos desse grande crime.
Durante as refeições no salão Windsor vamos conhecendo melhor o detetive Gauche, Charles Reynier (segundo capitão do navio), Milford Stoakes, Gintaro Aono (um samurai japonês), Renata Kléber (uma mulher grávida), Clarice Stamp, Sr. e Sra. Truffo (que são os médicos do navio), Sweetchild (um arqueólogo) e Erast Fandórin (um russo). Pessoas bem peculiares e cheias de mistério.
“Clarice aproximou-se da mesa e, como os outros, contemplou, maravilhada, o pedaço de pano que custara tantas vidas humanas”
(p.269)
O livro é composto por várias formas de texto (narrativo, carta, páginas de um diário) e diversos personagens ganham voz ao longo das páginas. É muito interessante ver como, por vezes, eles mesmos dizem algo que os torna, diante dos nossos olhos leigos, suspeitos desse crime. Além disso, o fio investigativo da história é excelente, nos deixando em dúvida até o último instante sobre o verdadeiro criminoso e também nos surpreendendo com um desfecho incrível.
Eu ganhei esse livro de uma amiga (obrigada, Moni <3) e ficamos curiosas com o título, mas eu não esperava encontrar uma história tão boa. Leviatã faz parte de uma série, e até fiquei com vontade de ler os demais (já providenciei uma parte disso) e foi um livro que todos aqui em casa acabaram lendo!
Por fim, gostaria de comentar que a rua Grenelle realmente existe em Paris (e é extensa) e que, após todos aqui em casa lerem esse livro e estando com uma viagem marcada para a cidade luz, não pudemos deixar de procurar a tal rua por lá… e encontramos:
Eu amo livro de suspense policial. Faz um tempo que não leio. Mas como eu amo as histórias, eu tenho uma tia que praticamente só lê suspense, ela conta as histórias que te leva para dentro delas. Fica parecendo que você quem lê o livro. Ela senta pra me contar e eu perco a hora, de tão bom que é.
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Que tudo!! Essa sua tia, além de boa leitora, deve ser uma ótima contadora de histórias, adorei!
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