Citações #31 — Cadeados

Citações #31

Depois de ler Cadeados, da autora brasileira Nuccia de Cicco, foram muitos os sentimentos que ainda ressoaram dentro de mim. Sentimentos, aliás, foi algo que comentei bastante na minha resenha desse livro, publicado pela editora The Books. Mas também foram muitos os trechos incríveis que destaquei durante a minha leitura, que, no entanto, tive de deixar de fora da resenha. Agora, porém, trago-os aqui, em mais um Citações!

“Fiquei tão preocupada em desvendar as sensações do mundo do silêncio que esqueci de todo o resto”

O primeiro sentimento sobre o qual falei em minha resenha foi a aflição, fruto do trágico acidente inicial.

“Chegava a ser incrível a capacidade que um ser humano tem para aguentar tanta porrada da vida”

Depois da aflição veio a agonia. Essa sensação me acompanhou por boa parte do livro, e por motivos diversos. Primeiro, pelo medo de se perder algo que estamos habituados a ter.

“Um dia você tem todos os sons. No seguinte, mais nada”

Agonia também por ver que quem poderia ajudar, precisava igualmente de ajuda.

“Um dia, Íris não aguentaria toda essa carga que sustentava sozinha”

E claro, agonia por ver uma pessoa tão jovem praticamente desistir de viver, mas sem desistir da vida (e, por mais contraditório que isso possa parecer, se você leu o livro, entenderá que faz sentido)

“Íris não me contou o que pretendia fazer, tampouco me perguntou o que eu achava. Confesso que não me importei. Tinha dor demais para lidar”

Essa tal agonia também se misturou com outro sentimento que se fez muito presente ao longo da leitura, a tristeza. Esta se deu, em grande medida, pela dureza de ver alguém se fechar em seu próprio mundo, mesmo tendo pessoas dispostas a mostrar que havia caminhos e soluções.

“Havia novos cadeados me prendendo dentro de mim mesma. Eu estava cercada de gente e totalmente só em um mundo exclusivo meu”

Mas foi triste também ver essa protagonista fechada não apenas em seu mundo, mas em seu quarto.

“Em algum lugar da minha mente, o mundo lá fora era sinônimo de caos, doença e desespero. As cores estavam desbotando em tudo e todos”

Mesmo sabendo que aquela não era a melhor saída.

“Meu quarto era meu refúgio e minha prisão”

Mas esse foi, também, um livro que me fez sentir alegria. Principalmente ao poder ver a protagonista se reerguendo.

“Sem o som, eu passei a ouvir com o tato e meus olhos”

E, depois de tudo o que mencionei, imagino que tenha ficado evidente o quanto pude aprender com essa história!

“Ninguém sabe encarar a própria dor e todos teimam em fazer isso sozinhos”

E o quanto eu imagino que pessoas diversas podem se identificar com ela, de alguma forma.

“De algum jeito, com todos os seus demônios, a vida continuava seguindo o rumo”

E também o quanto ficamos reflexivos depois.

“Não dá para superar algo do qual se sente falta todos os dias”

Em resumo, leiam Cadeados: o amor é a chave e conversem sobre esse livro!

“Para todo mundo, eu perdera apenas a audição. Para mim, perdera toda minha vida”

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