Se as escolas ensinassem bem a literatura [tradução 37]

Introdução 

Dia desses me deparei com o artigo italiano cujo título (e conteúdo) você encontra traduzido aqui: Se as escolas ensinassem  bem a literatura e se enchesse as salas de aula com livros, todos saberiam o que é amor.

O artigo em questão foi escrito pela redação do site Orizzonte Scuola, e foi publicado em 12 de abril de 2024, como você pode ver no post original.

Claro que o título despertou minha curiosidade, apesar de, no fim das contas, o texto não aprofundar exatamente a questão da literatura, mas sim a importância de fazermos perguntas.


Tradução 

No seu último livro para jovens, “As grandes perguntas”, Umberto Galimberti defende que as perguntas são mais importantes que as respostas. Uma afirmação que pode causar dúvidas: se não temos respostas, como podemos nos orientar no mundo?

Para Galimberti, em uma entrevista ao La Stampa, as respostas não são a chave. Inclusive, correm o risco de sufocar a nossa curiosidade e fechar a nossa mente. Como diagnósticos e receitas pré-confeccionadas, nos oferecem uma falsa segurança, nos fazendo crer que sabemos e temos tudo sob controle. Este comportamento nos leva a “desligar o cérebro”, renunciando à fadiga de buscar e se aprofundar.

Por outro lado, as perguntas nos mantém alertas, nos fazem questionar e se colocar à prova. São o motor do conhecimento, o ponto de partida para explorar novos territórios e ampliar os nossos horizontes.

Mas atenção: nem todas as perguntas são iguais. Algumas nos conduzem a ruas sem saída, enquanto outras nos abrem novas perspectivas. Como dizia Ésquilo, só o verdadeiro saber tem poder sobre a dor. E esse saber não se adquire por osmose, mas através um percurso de busca e de confronto crítico.

Um exemplo evidente é a literatura. Se as escolas ensinassem a ler os grandes clássicos, não apenas com uma abordagem didática estéril, mas com paixão e envolvimento, os jovens aprenderiam a conhecer a alma humana em todas as suas facetas. Aprenderiam a reconhecer o amor, o sofrimento, a alegria e o medo, emoções que fazem parte da vida de cada indivíduo. E, sobretudo, aprenderiam a lidar com a dor que, inevitavelmente, estas emoções carregam consigo.

Perguntas e respostas são duas faces da mesma moeda, ambas indispensáveis para o nosso crescimento intelectual e emotivo. As perguntas nos impulsionam a buscar, mas as respostas nos oferecem uma direção. Porém é importante lembrar que o verdadeiro saber não se resume a uma simples fórmula, mas é um processo contínuo de descoberta e de confronto. Só através desse processo podemos aprender a viver com sabedoria e a enfrentar os desafios que a vida nos apresenta.


Conclusão 

Qual a sua opinião: perguntas são mais importantes que respostas?

Acho que vivemos numa sociedade que quer tudo pronto (e tem muita coisa assim, na palma da mão) e que talvez realmente esteja perdendo parte de sua capacidade questionadora, então consigo compreender os pontos do autor, ainda que também discorde em alguns outros pontos.

2 comentários em “Se as escolas ensinassem bem a literatura [tradução 37]

  1. Eu super concordo com o texto, por que nem todas as respostas têm somente uma verdade ou visão de determinado problema. Pensar nas perguntas e ter possibilidades de respostas é o que nos ajuda a compreender melhor as coisas e a compreender a situação próprios. Adorei o tema, bjo grande Tati 😍😘

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