
Razão e emoção podem parecer duas coisas totalmente opostas e desconectadas, mas em Fisiologia do amor, livro escrito por Lyra Rocha, descobrimos o quanto uma coisa pode influenciar a outra.
“Não é porque você tem uma probabilidade estatística que todo mundo vai ser igual. Tem muitas outras coisas que envolvem uma pessoa e definem o seu caráter”
Cecília trata o amor de uma maneira diferente: cientificamente. E, assim, ela busca não sofrer o que todo mundo que já se permitiu amar sofre em algum momento.
“— Quebrar a cara faz parte da vida, Cel. Eu mesma sou a experiência em pessoa nisso, você bem sabe. Mas estou viva, não estou? As dores nos tornam melhores, desde que aprendamos com os erros”
“Estava novamente deixando os meus hormônios me levarem por um caminho perigoso”
“Sair com ele era um risco que havia aceitado correr, mas nem por isso queria dizer que era fácil”
“E por mais que tivesse ainda medo, uma coisa era certa: se jogar nessa paixão era gostoso demais”
“Eu tinha plena consciência que não era fácil ter um relacionamento e que ocasionalmente, os casais se desentendiam e tinham suas crises”
Mas claro que ela não consegue levar suas convicções até o fim: razão e emoção até influenciam uma a outra, mas tem horas que certas coisas acabam prevalecendo.
“É muito diferente não ter os passos cronometrados e não saber o que vai acontecer em nossa vida”
“Quando gostamos de alguém, tudo é diferente. Os beijos mais simples tornam-se mais saborosos, o mais leve toque nos causa arrepios e algo vibra em nosso coração, enchendo de um sentimento tão bom que dá vontade de explodir”
Emoções nos invadem facilmente, e não seria diferente nem mesmo com a mais científica das pessoas.
“Ficava brava, queria matar um às vezes, mas era só a pessoa aparecer arrependida na minha frente que eu virava manteiga”
Abordando essas questões, Lyra Rocha nos faz ir além e refletir sobre como o ser humano, em geral, age, tanto em relação a coisas boas, como em relação às ruins.
“Na verdade, eu acredito no amor e tudo mais, mas as pessoas permitiram que tantas coisas más ocupassem os seus corações que acho difícil acreditar é no ser humano”
“A vida é engraçada, nós sempre queremos que os outros nos compreendam, porém, poucas vezes paramos para compreender o outro”
Para alcançar este objetivo, contudo, a autora tem de fazer, em alguns momentos, generalizações, que fazem sentido para o tom da obra.
“Homens, independentemente das características, sempre gostam de ser bajulados”
“Todos esperam que as mulheres sejam românticas e sonhadoras incuráveis”
“Chocolate é sempre o maior amor de uma mulher, Bernardo”
Assim, a autora também nos leva a refletir sobre questões culturais e sociais, que nos mostram que ainda há muito a evoluir em nossa sociedade.
“Não que eu precisasse disso, mas homens tendem a ter problemas com mulheres que ganham mais do que eles”
“A única regra que tinha era achar uma pessoa com meus padrões. Era pedir demais?”
Mas se tem uma lição que realmente fica ao longo desta narrativa é o de que, apesar de tudo, precisamos persistir — mas com aberturas, claro — naquilo que acreditamos.
“Confie em mim, as conquistas mais grandiosas só foram atingidas porque as pessoas não desistiram delas no processo”
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