Música: versão brasileira ou italiana?

Você sabia que existem músicas que têm uma versão em português e outra em italiano? Eu já comentei sobre uma delas neste post, mas hoje venho aqui para fazer um apanhado que, espero eu, vai te surpreender!

Vamos começar com algumas combinações bem fáceis (e também as primeiras que descobri): Laura Pausini e Sandy & Júnior. Sim! Você conhece Inesquecível? Ela é uma adaptação de Incancellabile, lançada em 1996, enquanto a versão brasileira é de 1997. Neste caso, é praticamente uma tradução, com as devidas adaptações para manter o ritmo e o sentido. Veja:

De Sandy & Júnior e Laura Pausini temos, ainda, Não ter, versão brasileira de Non c’è. Além disso, eles também gravaram Quando você passa, versão brasileira de Tutururu (Francesco Boccia).

Bom, essas eram fáceis. Mas, um belo dia, eu já estava na faculdade e ouvi uma música chamada La mia storia tra le dita (de 1995) e pensei “caramba, conheço essa música!”. E sim, em português, como Quem de nós dois (de 2001). As letras, aqui, já são mais diferentes, sendo mantida apenas a melodia. Aqui vai:

Ainda na faculdade, meu querido Spotify me apresentou La notte (2012), cuja relação com A noite (2014) é bem fácil de se fazer, apesar de, novamente, as letras serem bem diferentes!

Fazendo esse post, descobri, ainda, Gente di mare (1988) e a versão brasileira Felicidade (1988):

Mais recentemente, ouvi ainda È po’ che fa (1982) e a versão brasileira Bem que se quis (1989), também bem diferentes uma da outra (no quesito letra):

Agora, claro, o mais chocante de todos: sabe a música Eva (1997)? Sim, o axé! Pois é, ela também é uma versão brasileira! A música original também chama Eva (1982), e as diferenças nos textos são poucas, apenas adaptações necessárias. Por outro lado, claro, essa é a música que a melodia muda um pouco mais (afinal, virou um axé!):

Uma vez li que essa prática de fazer versões em outras línguas de algumas músicas é algo que ocorre com certa frequência (certamente você já ouviu versões brasileiras de muitas músicas que são, originalmente, em inglês) e é uma técnica antiga.

E não somos apenas nós que fazemos isso não! Nos anos 60, na Itália, era comum que se pegasse as músicas do Reino Unido ou dos Estados Unidos que estivessem fazendo muito sucesso e se fizesse uma versão italiana, a ser cantada por um cantor ou grupo muito famoso. Quer um exemplo? Veja aqui:

E você, que versões/traduções conhece? Não esquece de me contar nos comentários, eu adoro essas coisas! Recentemente, li um livro que me apresentou algumas pérola nesse sentido (incluindo mais Sandy & Júnior!).

Surpresas de Natal (Antologia)

Título: Surpresas de Natal
Organização: Equipe Lettre
Editora: Lettre
Páginas: 267
Ano: 2019

surpresas de natal blog

Para você que gosta desta época natalina e, mais ainda, de ler histórias de natal, a antologia Surpresas de Natal, da editora Lettre, é um prato cheio. Mas não se engane: nem tudo são flores nesta época em que esperamos paz, amor e prosperidade. E esse livro também está aqui para nos lembrar disso.

Com contos bem variados, que vão desde fantasias leves até thrillers, passando por romances hot, Surpresas de Natal é uma antologia capaz de agradar públicos diversos e nos surpreender com a escrita dos autores, muitos deles iniciantes. Mas, para abir uma antologia como essa, nada melhor que um poema que nos faça refletir. Assim, “Sem lareira” (Iara Melchor) é o primeiro texto deste livro.

Depois disso, por meio da forma como os contos foram organizados, passamos a navegar por estilos literários diversos, sem que a leitura caia na mesmice. Para quem gosta de histórias de amor mais leves, por exemplo, temos “Milagre de natal” (Crislaine Borges), “Tudo o que eu quero é você” (Vittoria D’Amato), “Os natalinos” (Rebeca dos Santos) — que provavelmente vai te fazer rir —, “O natal pode te surpreender” (Milena Santos) e “Os sinos tocavam” (Verônica Matioli). Agora, se você quer romance com uma pitada mais caliente, temos “Meu corpo ao teu” (Kadu Hammett), “O sedutor natalino” (Thamires Ricardo) e “Festa à fantasia” (Ana Carolina).

Para quem é mais radical e destemido(a) temos “Serial Killer do Natal” (Alda de Medeiros), “Seu desejo é uma ordem” (Simone Soares), “Espírito Natalino” (Larissa Oliveira) e “A carta de Noel” (Alessandra R. Abreu).

Há, ainda, um conto de fantasia mais leve e super gostoso de ler, que é “O natal dos Yroi” (Alessandra R. Abreu). Mas também há contos mais metafóricos, que abordam uma temática para além da natalina e que considero bem importantes e, tudo isso, usando da magia do natal para nos fazer refletir. É o caso de “O natal do bem e do mal” (Fabiane Rodrigues), que nos transmite uma linda mensagem de paz, e “O natal de Andesvil” (Adryelle Souza), que aborda um grande problema que parece assolar cada vez mais nossa sociedade.

Por fim, os contos que me deixaram com mais sensação de natal foram “A santa ceia” (Fabiane Rodrigues), “Amor no natal” (Alda de Medeiros) e, fechando com chave de ouro a antologia, “Cadê o papai Noel” (Ingrid Sousa), que além do espírito natalino, ainda nos faz pensar sobre as nossas vidas, com uma mensagem muito importante, ideal para nos fazer começar 2020 de maneira mais leve.

Se interessou por essa Antologia? Então clica aqui! E aproveite que ela está gratuita de 24/12 a 28/12/2019.