Aula particular ou em grupo: o que é melhor?

Se existe uma resposta correta para a pergunta acima é: depende. Mas, antes que você vá embora, deixe-me tentar explicar!

Dedicar-se ao aprendizado de um novo idioma é algo muito importante, principalmente neste mundo cada vez mais globalizado em que vivemos. Mas precisamos levar em consideração alguns pontos, para tornar esse momento ainda mais prazeroso e eficaz e foi por isso que resolvi escrever este post que, espero eu, pode ser útil para você que está querendo começar esta jornada.

Como eu disse, não existe uma resposta certa para a pergunta “o que é melhor: fazer aula em grupo ou aula particular?”, mas existem alguns aspectos — que tratarei abaixo — que você pode levar em consideração no momento da escolha, e que determinarão o que é melhor para você.

Objetivos

Em primeiro lugar você precisa ter em mente porque quer aprender uma determinada língua.

Muitas pessoas dão início ao aprendizado de uma nova língua com um objetivo bem específico: uma prova, trabalho, intercâmbio. Dependendo do quão específico for o seu objetivo, o ideal é buscar aulas particulares, porque o professor terá maior liberdade para trabalhar aquilo que você precisa e, assim, você chegará mais rapidamente e com mais sucesso naquilo que deseja.

Por outro lado, se você quer aprender uma nova língua por curiosidade ou para poder, em algum momento, se comunicar (em sentido bem amplo mesmo) com ela, um curso em grupo pode ser a melhor opção, já que você terá mais momentos de trocas enriquecedoras.

Tempo

Outro fator muito importante na hora de escolher entre aulas particulares ou em grupo é a questão do tempo, que aqui pode ser dividido em dois tipos: o tempo que você quer levar para aprender de verdade a língua (isto é, chegar a um nível avançado no aprendizado) e o tempo que você tem, rotineiramente, para se dedicar aos estudos. Mas vamos com calma!

Acho que, em primeiro lugar, é preciso lembrar que você não vai sair do zero e chegar ao avançado em apenas seis meses. Principalmente se você não se dedicar muito a isso. Mas, com aulas particulares, você tem chances de aprender mais rapidamente do que nas aulas em grupo, porque toda a atenção do professor estará voltado para as suas dificuldades (e também facilidades). Por outro lado, também existem alguns cursos nos quais você pode aprender com relativa rapidez muita coisa, só realmente tome cuidado para não se enganar com propagandas que prometem “milagres”.

E aqui entramos no segundo ponto relativo ao tempo: quanto mais você se dedicar, mais rápido será o seu aprendizado, claro! E não apenas isso: quem realmente se dedica para além da sala de aula, obtém resultados melhores.

A diferença crucial entre aulas em grupo e particulares, porém, creio que esteja na flexibilidade: uma aula em grupo terá sempre um horário fixo e se você não puder cumpri-lo em algum momento, terá de arcar com o prejuízo. Já em aulas particulares há uma possibilidade maior de remanejamento. Claro que tudo dependerá não somente da sua agenda, mas também da agenda do professor e de qual é o acordo que vocês estabeleceram desde o início. Ainda assim, a chance do aluno “ficar no prejuízo” é menor, pois nenhum conteúdo ficará para trás.

Se o seu cotidiano é um pouco mais caótico, sem uma rotina muito organizada, sugiro que você opte por aulas particulares, para não pagar por aulas em grupo que dificilmente frequentará. Por outro lado, se você sabe bem como são seus horários, basta escolher um curso que se encaixe neles e provavelmente você não terá grandes problemas.

Metodologia

Este é um aspecto que depende um pouco mais de seu autoconhecimento, bem como demanda que você saiba compreender as propostas que te forem apresentadas.

Algumas pessoas aprendem melhor lendo; outras, escrevendo. Há quem precise ouvir muito para aprender e há quem precise falar ou repetir oralmente algo. A verdade é que cada ser humano é único e as formas de aprender são muito variadas. E se você já tem consciência de como estuda e aprende melhor, certamente terá mais facilidade para encontrar um curso ou um professor que atenda às suas exepctativas.

A boa notícia é que os diversos professores (e cursos) também têm se atentado a isso e buscado formas de facilitar o aprendizado, seja de seus alunos individuais, seja de seus grupos. O único ponto que requer atenção aqui, portanto, é quando você busca um curso (individual ou em grupo) em escolas, porque elas costumam ter uma metodologia que o professor precisa seguir e que nem sempre é a melhor para você.

Por isso, informe-se bastante! Pergunte como funcionam as aulas, que materiais você terá à disposição (há metodologias nas quais, por exemplo, o aluno não pode escrever nada durante a aula, então se você é uma pessoa que sente necessidade de escrever, esta não é a melhor opção!), o quanto você e o professor têm de liberdade para construir esse caminho.

Investimento

Um fator que pode ser decisivo na sua escolha é o quanto você pode investir nos seus estudos. Ainda assim, com a variedade que encontramos hoje em dia, é possível apenas unir esse fator aos demais e realizar-se na sua escolha.

Em geral — mas não sempre — aulas em grupo tendem a ser mais baratas que aulas individuais. A lógica é simples: em um grupo temos mais pessoas para pagar por aquilo que, numa aula particular, você teria de pagar sozinho.

Mas, como eu disse, pode acontecer de você encontrar um professor particular que cobre pouco, ou então um curso que seja caríssimo. E é por isso que esse fator deve ser analisado com os outros e não individualmente. Até porque, existe o famoso barato que sai caro…

Conforto

Fiquei em dúvida se deveria colocar este item logo no início ou trazê-lo aqui por último porque, no final das contas, ele pode ser determinante. Ao escolher entre aulas particulares ou em grupo, é crucial que você pense no seu conforto: há pessoas que não se sentem tão ao vontade estando sozinhas com o professor, enquanto há outras que acabam ficando muito mais “travadas” quando há outras pessoas na turma.

Talvez, para saber o que é melhor para você com relação a este aspecto, o ideal seja experimentar. Provavelmente você já tem mais intimidade com aulas em grupo (afinal, nossa formação toda é basicamente em grupo, convenhamos), então busque experimentar também aulas particulares. Muitos professores oferecem uma aula experimental gratuita ou por um preço menor e esta é uma boa forma de te ajudar a escolher antes de iniciar esta jornada.


Acho que eu consegui explicar porque a pergunta título deste post não tem uma resposta certa, né? E se você ainda tem alguma dúvida, deixe de nos comentários, quem sabe eu ainda possa te ajudar (é bem provável que eu tenha esquecido de algo enquanto escrevia esse post).

Aproveito para lembrar que eu dou aulas de italiano! Se você tem interesse em aprender esse idioma maravilhoso e, depois desse post, percebeu que prefere aulas particulares, é só entrar em contato comigo. Mas se você percebeu que prefere aulas em grupo… Trago boas notícias!

Ainda em 2021 você pode iniciar seus estudos de italiano, em grupo, online (ou seja, você pode fazer aula de onde quiser!). As aulas acontecem no períodos noturno (das 18:20 às 19:50 ou das 20:00 às 21:30), duas vezes por semana (segundas e quartas ou terças e quintas) e contam com muita interação, diversão e, claro, aprendizado. Você consegue fazer um módulo inteiro em apenas dois meses, ou seja, se você não sabe nada de italiano, até o final do ano você já vai conseguir se comunicar um pouquinho na língua!

Se você se interessou, preste atenção: as inscrições vão até o final desta semana e as aulas já começam semana que vem (dias 4 e 5 de outubro). O valor do curso é de R$360 para os dois meses de aula, com material incluído. Há vagas para todos os níveis da língua (não somente para iniciantes), conforme os horários disponíveis nos formulários de inscrição que deixo abaixo:

E se você chegou aqui depois do dia 05 de outubro de 2021, não tem problema: dá uma passadinha na página Aprenda Italiano aqui do Blog. Ou, novamente, entre em contato comigo que será um prazer te ajudar a começar ou retomar os estudos dessa língua!

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Il verbo esserci

Verbo de novo por aqui? Sim! Afinal, até na Bíblia está escrito “no princípio era o verbo”. Sem eles, o que seria de nós?

Mas ao contrário do que fiz nos últimos posts, em que apresentei a conjugação verbal regular no presente do indicativo e depois falei sobre os verbos reflexivos, hoje quero trazer um único verbo, mas que é bem diferente do que eu já expliquei e, muitas vezes, causa um pouco de confusão: o verbo esserci.

Olhando para ele você talvez se lembre do verbo essere. Realmente, a escrita de ambos é bem parecida. Por outro lado, quando aprendemos o significado, passamos a confundi-lo com o avere. Complexo, né?

A boa notícia é que esse verbo esquisito só é conjugado de duas formas (no presente):

  • C’è (singular)
  • Ci sono (plural)

Daqui a pouco nós vamos entender porque só existem essas formas e porque elas não se referem aos pronomes pessoais (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles), mas a singular e plural. Mas antes, vamos ver duas frases, em português que são bem parecidas, mas que conseguimos entender a diferença de significado:

  • Eu tenho amigos incríveis.
  • Na Itália tem cidades incríveis.

Essas duas frases foram escritas usando o verbo ter, mas eu poderia tê-las escrito da seguinte forma, mantendo o sentido:

  • Eu possuo amigos incríveis.
  • Na Itália existem cidades incríveis.

Agora vamos ver como seriam essas frases em italiano:

  • Ho amici incredibili.
  • In Italia ci sono città incredibili.

Percebe que, na primeira frase, que em português eu usei “ter” ou “possuir”, no italiano eu usei o verbo “avere”, enquanto na segunda frase, que eu português foi construída com “ter” ou “existir”, eu usei o verbo “esserci”?

Este verbo, portanto, serve para indicar “existência” e está relacionado ao objeto da frase, não a um sujeito, Por isso o conjugamos pensando apenas em singular e plural e não em “io”, “tu”, “lei”, lui” etc.

  • C’è ancora tempo (ainda tem tempo)
  • In quello ristorante non c’è mai nessuno (naquele restaurante nunca tem ninguém)
  • A São Paulo c’è un bellissimo museo della lingua portoghese (em São Paulo existe um belíssimo museu da língua portuguesa)
  • Ci sono nuvole nel cielo (tem nuvens no céu)
  • Ci sono regali e regali (existem presentes e presentes)
  • In biblioteca ci sono dei computer destinati agli utenti (na biblioteca existem computadores destinados aos usuários)

Para quem sabe inglês, o esserci talvez seja um pouco mais fácil de entender. Ele corresponde ao there is e there are.

Quer praticar um pouco? Então dessa vez vamos fazer isso com atividades que são quase jogos. Assim você já descobre na hora se acertou ou não. E se ainda ficar alguma dúvida, lemmbre-se que pode entrar em contato comigo!

  1. Primeiro tente completar as frases com esserci ou avere: https://wordwall.net/it/resource/18525389/esserci-o-avere
  2. Agora tente completar com esserci ou essere: https://wordwall.net/it/resource/3421558/olasz/essere-vs-esserci
  3. Por fim, escolha entre essere, esserci ou avere: https://learningapps.org/4000015

I verbi riflessivi

Mês passado eu falei sobre os verbos italianos regulares e apresentei a conjugação deles no tempo presente do indicativo. Se você perdeu, não deixe de conferir aqui. Aproveitando o tema, hoje quero falar sobre uma “categoria especial” de verbos: os verbos reflexivos.

O que é um verbo reflexivo?

Verbos reflexivos são aqueles que indicam que o sujeito da frase é quem realiza e “sofre” a ação ali expressa. Em termos um pouco mais técnicos, o sujeito e o complemento do verbo são os mesmos.

Muitos verbos “normais” possuem a sua forma reflexiva e, por vezes, ela acaba dando a ele uma nova nuance de significado. Por exemplo, em italiano, temos o verbo alzare (levantar) e o verbo alzarsi (levantar-se). Enquanto com o primeiro você pode levantar qualquer coisa de qualquer lugar, com o segundo você pode apenar levantar a si mesmo(a), sendo geralmente usado para dizer que você levantou da cama.

Existem, ainda, os verbos reflexivos recíprocos, em que a ação não é feita necessariamente em você mesmo, mas duas pessoas fazendo a mesma ação uma para a outra, como no caso de abbracciarsi (abraçar-se, que não necessariamente significa abraçar a si mesmo, mas sim uma pessoa abraçar outra reciprocamente).

Como conjugar um verbo reflexivo?

Apesar de, inicialmente, assustar, esse -si no final do verbo não atrapalha muito as nossas vidas. Ele nada mais é do que pronome reflexivo e, pensando no tempo presente do indicativo, a gente simplesmente joga ele lá para a frente do verbo e, depois, conjuga como explicado anteriormente. Confuso? Nem tanto!

Se eu quero dizer que acordo cedo todos os dias, em italiano, posso usar um verbo reflexivo, que seria o svegliarsi. Assim, a frase ficaria: mi sveglio presto tutti i giorni. Você reparou que antes do verbo conjugado (sveglio) tem uma palavrinha? Essa palavrinha é o tal pronome reflexivo.

Mas atenção: o pronome reflexivo (assim como a própria conjugação do verbo) muda de acordo com o sujeito! Vejamos, então, quais são esses pronomes reflexivos para, em seguida, entender a conjugação completa:

iomi
tuti
lei/luisi
noici
voivi
lorosi

Isso significa que a conjugação do verbo apresentado acima (svegliarsi) seria da seguinte forma:

iomisveglio
tutisvegli
lei/luisisveglia
noicisvegliamo
voivisvegliate
lorosisvegliano

O que aconteceu aqui? Eu tinha um verbo que era svegliarsi. Esse -si virou o pronome que, no tempo presente do indicativo, vai sempre antes do verbo. Assim, fiquei apenas com o verbo “normal” (que pode terminar em -are, -ere ou -ire), que neste caso era o svegliare, o qual conjuguei conforme explicado no último post.

Claro que, uma vez mais, é muito mais simples quando o verbo é regular, porque a conjugação dele funciona apenas seguindo a regrinha das terminações. Mas percebe que o pronome em nada atrapalha? Se você sabe quem é o sujeito, você sabe que pronome usar.

Algumas frases com verbos reflexivos

  • Luigi si allena un giorno sì, uno no (Luigi treina dia sim, dia não) — verbo usado: allenarsi.
  • Ci colleghiamo più tardi per risolvere questo problema (nos conectamos mais tarde para resolver esse problema) — verbo usado: collegarsi.
  • Vi divertite sempre così? (Vocês sempre se divertem assim?) — verbo usado: divertirsi.
  • Anna e Giovanna si conoscono da molti anni (Anna e Giovanna se conhecem há muitos anos) — verbo usado: conoscersi.

Agora é com você!

Destaque, no texto abaixo, os verbos reflexivos:

Laura ama leggere la sera prima di dormire. Legge a pancia in giù, con il libro in terra, fuori dal letto. Oppure mette il libro in fondo al letto e si stende con i piedi sul cuscino. Se la storia che legge è avventurosa, si agita, si avvolge nel lenzuolo, cambia continuamente posizione. Se la storia è emozionante resta immobile come una statua: si muovono solo gli occhi sulle parole. Quando ci sono storie paurose, si stringe al suo gattone di peluche, ma non si ferma. Anche tu fai così quando leggi?

Complete as frases, tentando conjugar os verbos. Não se esqueça dos pronomes:

1. Se non ________ (voi – prepararsi) subito, farete tardi.

2. Noi ________ (nascondersi) dietro quell’albero.

3. Spesso ________ (io – addormentarsi) verso mezzanotte.

4. La mamma appena arriva a casa ________ (mettersi) a fare le pulizie.

5. I bambini di oggi spesso ________ (annoiarsi) se non possono guardare la TV.

6. Giulia, quante volte ________ (lavarsi) i denti?

7. Matteo ________ (farsi) la barba tutte le settimane.

8. La mia amica ________ (chiamarsi) Laura.

9. Io ________ (stancarsi) delle cose molte velocemente.

10. Alberto ed io ________ (riposarsi) insieme dopo un giorno di lavoro.

Confira no arquivo abaixo se você fez corretamente os exercícios e, caso ainda tenha dúvidas, fique à vontade para me chamar.

Por fim, gostaria de lembrar que as inscrições para o curso Italiamo Tutti ainda estão abertas! O curso é online, com 3 horas de aula semanais (1h30, duas vezes por semana) e tem duração de dois meses. O valor do curso completo é R$360 (com material incluído).

Link de inscrição para níveis iniciais

Link de inscrição para níveis avançados

Verbos “essere” e “avere”

Todo mês tenho tentado trazer um pouco da língua italiana para cá e agora em abril isso quase passou em branco. Mas, como se diz: meglio tarde che mai (ou, em bom português: “antes tarde do que nunca”). E ainda vim aqui para falar deles, os verbos que considero os mais importante do italiano: essere e avere.

E por que esses verbos são tão importantes? Porque além de os usarmos em muitas das informações básicas que damos sobre nós (e você já vai entender melhor isso), eles também costumam ser o verbo auxiliar em tempos compostos (por exemplo, para nos referirmos a uma ação passada, existe um tempo verbal chamado passato prossimo que é formado pelo presente do verbo essere ou avere + particípio passado do verbo principal. Mas isso é coisa para outro momento, ok?).

Abaixo, te apresentarei cada um desses verbos, com alguns exemplos e a conjugação deles no tempo presente. Vem comigo?

Il verbo essere

O verbo essere corresponde aos nossos verbos ser e estar. Vejamos alguns exemplos:

  • Sono Tatiana = Sou a Tatiana.
  • Siamo a casa = Estamos em casa.
  • Siete felici? = Vocês são felizes?
  • Dov’è? = Onde está? / Onde ela/ele está?
  • Sono marito e moglie = Eles são marido e mulher.
  • Quanto sei fortunata! = Como você é sortuda!

Depois de ler as frases acima, talvez fique mais fácil entender que a conjugação do verbo essere, no presente do modo indicativo, é:

PersonaVerbo essere
Iosono
Tusei
lei / lui / Leiè
Noisiamo
Voisiete
Lorosono

Il verbo avere

O verbo avere, por sua vez, significa, ter. Mas atenção: é o ter que usamos no sentido de posse. Vejamos os exemplos:

  • Hanno molti soldi = Eles têm muito dinheiro.
  • Avete pazienza = Tenham paciência.
  • Ho paura! = Tenho medo!.
  • Abbiamo una bella casa = Temos uma linda casa.
  • Hai un minuto? = Você tem um minuto?
  • Ha 30 anni = Ele/ela tem 30 anos.

Assim sendo, a conjugação do verbo avere, no presente do modo indicativo, é:

PersonaVerbo avere
ioho
tuhai
lei/lui/Leiha
noiabbiamo
voiavete
lorohanno

Esses dois verbos, além de importante, são irregulares. Isso porque, quando conhecemos a conjugação de verbos regulares, vemos que há uma regrinha bem simples de seguir, mas que não é possível aplicar em verbos como esses. O jeito é praticar bastante!

E aí, você conseguiria formar frases usando esses verbos? Deixe as suas nos comentários, vou adorar lê-las! E se tiver dúvidas, sinta-se livre para perguntar.

Pronúncia da língua italiana

Conheço muitas pessoas que, assim como eu, decidiram estudar a língua italiana por achá-la bonita (no meu caso, este não foi exatamente o único motivo, mas um deles). E uma das coisas que torna esta língua tão bela é a sonoridade dela.

Hoje, portanto, vou comentar um pouco sobre a pronúncia do italiano, mostrando alguns elementos que nós, falantes de língua portuguesa, precisamos prestar atenção.

Vogais (le vocali)

Para começar pelo mais simples, é importante destacar que a vogal “a” é sempre bem aberta no italiano (o que provavelmente contribui para o estigma de que italianos falam gritando) e que não existem sons nasais nesta língua. Por exemplo, a palavra “mamma” (mamãe), se pronuncia “mámma” e não “mãmma“.

Também é muito importante que as vogais finais sejam bem pronunciadas e de acordo com o que está escrito. Isto é: se a palavra termina em “e”, devemos pronunciar “e” e não “i”, e assim por diante.

Consoantes (le consonanti)

Aqui as coisas ficam um pouco mais difíceis, principalmente quando vamos ler uma palavra escrita em italiano e acredito que você vai entender isso quando eu terminar de mostrar as especificidades da língua.

Tentarei colocar entre parênteses como você deve pronunciar as palavras mencionadas, mas a minha sugestão é que você busque cada uma delas no Google tradutor (ou similares) para ouvir a pronúncia.

O encontro entre “ce” ou “ci” é pronunciado praticamente da forma como pronunciamos palavras com “t” em grande parte do Brasil: cinema (tchínema), certo (tchérto). Uma palavra que nos ajuda a lembrar desta regrinha, por ser muito usada aqui no Brasil também, é cappuccino!

Por outro lado, “che” e “chi” têm o som do nosso “que” e “qui”: macchina (máquina), pacchetto (paquêto).

Aqui no Brasil, em algumas palavras, o nosso “d” sai quase com o som de “g” (pense em como você pronuncia “dia”). No italiano, porém, isso não pode ocorrer, o “d” tem que ter exatamente o som dele. A mesma coisa acontece com o “t”, que aqui no Brasil tem um som quase de “ts”. No italiano, esqueça esse chiado.

Mas, ainda pensando na palavra “dia”, sabe como chegamos ao som desse nosso “d” em italiano? Usando “gi” ou “ge”: giorno (dgiorno), agenda (adgênda).

Se você se deparar com “ghe” e “ghi”, em italiano, não se assuste com esse “h” e pense no nosso “gue” e “gui”. Sabe aquele macarrão, espaguete? Em italiano, ele é escrito assim: spaghetti. Duas escritas bem diferentes, mas uma pronúncia igual! Só tome cuidado, no italiano, para não pronunciar um “e” inexistente no início da palavra: você deve começar pronunciando o som do “s”.

Agora dois encontros consonantais que nos confundem bastante: “gli”, em italiano, tem o som do nosso “lh”: foglia (fôlha); maglia (málha). E “gn” tem som de “nh”. Mas aqui, você pode lembrar de outra massa: o nhoque, em italiano, se escreve gnocchi (e, mais uma vez, a pronúncia é quase a mesma, apesar de escritas tão diferentes). Outro exemplo: prugna (prunha).

Mas uma boa notícia: assim como em português, a letra “h” (chamada acca) não tem som no italiano. A palavra “hotel” continua sendo pronunciada “otel“, por exemplo.

E se por acaso você se deparar com “sci” e “sce”, não se assuste: eles têm um som muito parecido com o nosso “ch”: sciopero (chiópero), viscere (víchere).

Letras duplas (le doppie)

Talvez, ao longo dos exemplos acima, você tenha se questionado “mas esses dois ‘c’?”, “e esses dois ‘t’ juntos?”. O que acontece é que, na língua italiana, diversas palavras são escritas com as tais letras duplas.

E o que elas representam?

Em tese, elas indicam que aquela sílaba é um pouco mais longa (o que também contribui para uma certa musicalidade da língua). Mas por que “em tese”?

Porque para nós, brasileiros, é muito difícil perceber esse tal alongamento. Se para muitos italianos a diferença é óbvia, para nós, brasileiros, ouvindo uma conversa normal, é praticamente impossível notar a diferença sem fazer um esforço muito grande. Mas saiba, ela existe!

E outra coisa: você notou que quase não há acentos (gráficos) nas palavras italianas? Pois é, eles usam bem menos que nós. Inclusive, não existe circunflexo e til em italiano. Isso, por vezes, nos dificulta um pouco na hora de saber qual é a sílaba tônica de cada palavra. Mas nada que a prática não resolva.


Está gostando desses posts? Então tenho novidades: estou montando um grupo (de no máximo 4 alunos) para aulas online, às terças e quintas, das 19:30 às 20:30. Neste formulário você encontra as informações de duração do curso, bem como o valor. E também é nele que você pode fazer sua pré-inscrição!

Mas, se você prefere fazer aulas particulares, também deixo este formulário, com algumas informações importantes.