A Estrela do Cerrado — Renata De Luca

Título: A estrela do Cerrado 
Autora: Renata De Luca 
Editora: Publicação independente
Páginas:  354
Ano: 2021

Já que pode existir carnaval fora de época, também pode ter resenha de história que se passa nessa época mesmo depois do segundo carnaval do ano, certo? Assim, já ficamos com o tão sonhado carnaval o ano inteiro.

A verdade é que, mesmo se passando nesse período de festança, A Estrela do Cerrado é uma história policial que nos apresenta um crime daqueles difíceis de acreditar e de solucionar.

“É como sempre digo, se um roteirista descrevesse um assalto desse, iam dizer que ele estava exagerando!”

Aproveitando que a maioria das pessoas estaria ocupada demais comemorando o carnaval, uma quadrilha realiza um arquitetado assalto a um banco localizado na Avenida Paulista, umas das principais avenidas da cidade de São Paulo.

No roubo, são levados documentos, dinheiro e joias, dentre elas a famosa Estrela do Cerrado. Mas algo que chama a atenção de todos que, por algum motivo, conhecem um pouco a mais dos detalhes do assalto, é que por mais que diversos cofres tenham sido roubados, parecia que eles haviam sido escolhidos a dedo.

“A Estrela do Cerrado! Ele vira o estojo em direção a cada um dos comparsas. – Um primor da joalheria, execução e design perfeitos para realçar uma das esmeraldas mais cobiçadas do mundo!”

Com o desenrolar da história — e das investigações — vamos percebendo que realmente há muito mais por trás deste enorme assalto.

“Eles trocam amabilidades e desligam, certos de que juntar esforços é sempre mais difícil do que prender bandidos…”

Devo dizer, aliás, que há muito por trás da história de cada personagem e, extrapolando ainda mais a interpretação, por trás de cada um de nós.

“Talvez tenha chegado a hora de falarem o que não foi dito ao longo de cinco anos”

E é com essa trama bem construída e escrita numa linguagem clara — quase jornalística, para combinar com a profissão da autora — que Renata de Luca consegue abordar algumas temáticas importantes, como o abuso do uso de álcool.

“Quando Pati chega, abatida, com olheiras, Luli está pronta para acolher a irmã. Decidiu não falar nada sobre a bebida, ela precisa encarar a doença, mas não hoje, não com tudo o que está acontecendo”

A narrativa também nos faz refletir sobre relações familiares, construções sociais e a (des)organização de nossos cotidianos e crenças.

“Quem vive na periferia sabe que a regra é nunca encarar marginal ou polícia”

Outra coisa que pesa na história é o fato de surgirem sentimentos onde estes não deveriam surgir, e também toda a manipulação que há por trás deles.

“Michel não precisa reler para entender que está levando o fora. Pelo celular, como essa geração costuma fazer”

São muitos os personagens que compõem está trama e a história deles está mais interligada do que parece. Cada um tem a sua importância e o seu papel na construção da narrativa, mas temos de prestar atenção à história para não nos perdermos entre eles e os cenários que percorrem.

Se você gosta de uma boa narrativa policial e de ler sobre crimes complexos, mas não gosta de cenas com muito sangue, A Estrela do Cerrado é o livro perfeito para você. Clique abaixo para conhecer esta obra e não deixe de seguir a autora nas redes sociais (Instagram).

Fevereiro é mês de festa!

Já começo esse texto fazendo uma confissão: não sou fã de carnaval. Adoro o feriado (apesar de não saber mais o que é feriado), mas não gosto nem um pouco da bagunça, das aglomerações, do barulho e dos excessos. Esse ano, ao menos, as aglomerações não existirão (ou não deveriam existir). Mas também não haverá o feriado. Ou haverá? Já nem sei mais!

De qualquer forma, quando digo que fevereiro é mês de festa, não estou me referindo ao carnaval (não para mim), mas a outras duas comemorações: meu aniversário (que já passou) e o que importa aqui, o aniversário deste blog!

Foi exatamente em 12 de fevereiro de 2018 que retomei esse universo, como vocês podem ler, com mais detalhes, na aba sobre. Hoje, portanto, completo exatos 3 anos por aqui. E vou confessar a vocês: parece muito mais!

Nos últimos três anos, escrevi quase que continuamente para este espaço. Comecei com apenas uma postagem por semana, mas logo fui aumentando o ritmo e há um bom tempo venho tentando manter três textos semanais (sendo que, quase sempre, ao menos um deles é uma resenha). E ainda ouso dizer que não sou escritora. Haja coisa para escrever!

Neste período, também, muita coisa mudou, claro. Eu mesma, estou sempre mudando. Mas estou muito feliz com os frutos que este espaço me traz, com tanto carinho que recebo vindo das pessoas que me acompanham aqui. E acho que não importa quanto tempo passe, eu sempre vou me surpreender com algum comentário relativo ao blog. Principalmente de pessoas conhecidas e/ou daquelas que silenciosamente acompanham tudo (ou quase tudo) que posto por aqui.

Meu antigo blog sobreviveu a pouco mais que esses três anos. Espero que este, por sua vez, exista por muito mais tempo. Ainda estou cheia de ideias de coisas que quero compartilhar com vocês.

Mas também gostaria de pedir um favorzinho a você que está lendo este texto: o que você gosta de ver por aqui? Você gosta das resenhas? De quotes literários? Das traduções? Ou textos sobre músicas? Gosta do material de italiano que estou começando a trazer? Ou prefere meu texto mais livres? Gosta de ver TAG’s? Indicações? Conhecer o universo literário? Enfim, me conte um pouco nos comentários, vamos trocar ideais!

Ah, e claro, por último, mas não menos importante: muito obrigada por estar aqui! Muito obrigada por me animar a seguir em frente com esse querido projeto! Palavras não são suficientes para dizer o que sinto, mas o mínimo que posso dizer é o meu mais sincero obrigada.