Ando pensando em números e quem me conhece sabe o quanto isso pode ser estranho: veja bem, resolvi cursar Letras — dentre outros motivos, claro — para tentar fugir dos temidos números e agora estou aqui, mais presa que nunca a essa assunto.
Sim, números são importantes e eu não poderia viver totalmente sem eles, mas o problema é quando eles se tornam uma obsessão. E às vezes é assim que os vejo, não só de minha parte, mas na sociedade em geral.
O Instagram foi uma rede social que ajudou a fomentar esse debate sobre números, tanto é que, agora, não podemos mais ver quantas curtidas tem nas fotos dos outros. Mas ainda podemos acompanhar de pertinho o número de seguidores de cada um…
Sempre que me inscrevo para parcerias — com escritores ou editoras — também me pego pensando sobre essa importância que damos aos números, uma vez que sempre acabam pedindo algum tipo de estatística, seja número de seguidores, curtidas ou visualizações.
O problema é que isso vai se tornando um (péssimo) hábito. Eu perco as contas (olha os números aí, minha gente!) de quantas vezes clico nas estatísticas do Blog (diariamente) para ver como anda o movimento, e ainda compará-lo com o dia anterior, com a semana anterior e com o mês anterior. Também me pego vendo quantos seguidores tenho no Instagram, quanto livros eu já li e como está minha colocação na meta de leitura do Skoob. E, aos poucos, essa vício nos números vai se tornando doentio.
Isso sem contar o fato de que me preocupo com quantos passos dei no dia (e na semana e no mês) — já que meu celular faz o favor de contar por mim — com quantas horas durmo, com quantas garrafas de água bebi, com cada centavo que tenho em minha conta bancária. E, claro, ainda tinha de estar em um emprego onde quantidade é algo que importa muito.
Nada contra números, mas tudo contra esses hábitos insanos que tenho criado e cultivado. Vale mais fazer as coisas com qualidade do que em grandes quantidades. Mas, ainda que saber disso já seja um bom passo, sei que ainda tenho muito a melhorar (aceito dicas) e que, sem dúvidas, desacelerar é preciso.
Escreva e viva… os números assim como o tempo de vida também passam… Mesmo que fosses cartesiana e acreditasse que os números (matemática) são inatos… e não me parece que sejas uma racionalista a este nível…
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Pois é, certamente não o sou! Agradeço imensamente o comentário (:
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👍🌺
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Nossa! Algumas vezes me pego fazendo isso: Contando calorias (meu aplicativo conta), contando os dias pras férias (Mesmo amando meu trabalho), clicando várias vezes na page e tentando entender por qual motivo o número de curtidas diminui algumas vezes… Vício ruim esse dos números!
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Siiim, exatamente isso! Triste, né??
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Olá!
Nem me fale… estava me sentindo aprisionada pelos números no IG, entrava e ficava comparando o número de <3 em cada uma das fotos, qual tipo de postagem dava mais visualização, até que na semana passada resolvi abstrair e excluí o IG do meu celular, quero parar de me importar com isso, escrever por escrever sem essa pressão toda.
Os números realmente nos faz refletir sobre os nossos piores hábitos, rs.
Até mais.
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Que relato lindo! É bem assim mesmo que me sinto, viu?
Obrigada por compartilhar sua experiência!!
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Oies Tati! Eu super te entendo, fiquei até feliz com essa pequena mudança no Instagram e em relação aos números do blog não fico mais pilhada como antes, pq me causava certa ansiedade e tals. Força aí 😉
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Quando começa a fazer mal físico (como ansiedade) é hora de realmente tentar mudar. Espero chegar num nível mais saudável!
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