Título: E as estrelas, quantas são? Original: Ma le stelle quante sono Autor: Giulia Carcasi Editora: Planeta Páginas: 272 Ano: 2011 Tradutor: Letícia Martins de Andrade
[Antes de começar a ler esse post faça um favor para mim e leia o título desse livro em italiano. Olha que coisa mais linda!]
Esse livro chegou até mim de forma inesperada: um presente fora de época. Mas mais inesperado ainda foi o que encontrei diante de mim: não um livro, mas dois. De um lado temos a história de Alice Scaricca; de outro, a história de Carlo.
“Alice é bonita justamente por isso, porque tem os olhos cheios de alguma coisa que não é desta terra, alguma coisa que não foi contaminada”
(p. 25 – Carlo)
Dois jovens que estão no último ano da escola, vivendo uma intensa fase de descobertas. Vivendo aquela fase pela qual todos nós, mais cedo ou mais tarde, acabamos por passar, cada um à sua maneira.
“Me sinto como alguém que procurou manter em equilíbrio muitas coisas que depois acabaram caindo: o amor, a família, a amizade, os exames…”
(p. 141- Alice)
Alice e Carlo não são os populares da escola, muito pelo contrário: são “esquisitos”, estudiosos, têm poucos amigos. E mesmo sendo tão parecidos, eles conseguem ter experiências bem diversas (claro).
“Estou cansada de me colocar na pele dos outros. Agora tenha a minha própria para cuidar”
(p. 85 – Alice)
Cada um deles, a seu modo, está descobrindo o amor. E também a decepção, a traição, o mundo adulto. Eles estão vivendo as suas experiências, enquanto nos mostram muito daquilo que podemos ter vivido também.
“Porque se tornar um homem não significa ter feito sexo; significa ter coragem de enfrentar os próprios medos e de lutar por quem se ama”
(p. 108 – Carlo)
Mesmo depois de ler E as estrelas, quantas são? não sei se há uma maneira certa de encará-lo. Comecei com a parte de Alice e depois fui para a parte de Carlo. Mas também pensei em alternar as partes ou começar por Carlo e depois ir para a Alice. Não sei como esses caminhos poderiam ter mudado minha percepção sobre o livro. De qualquer forma, achei a parte da Alice mais intensa, profunda (e mais longa, isso é inegável). Mas a parte de Carlo tem a sua poesia.
“Tudo aquilo que lhe dá coragem é poesia, tudo aquilo que segura a sua mão e lhe explica o mundo, que faz você se sentir menos só, que ajuda você a se entender e a se perceber”
(p.124- Alice)
As histórias de ambos acabam se cruzando, mas ainda que tenha algo da narrativa de um na narrativa do outro, o livro consegue não ser repetitivo, pois é realmente interessante ver o ponto de vista de cada um e a forma que eles enxergam os mesmos acontecimentos.
“Haveria menos guerras se as pessoas despertassem com uma história”
(p.9 – Alice)
Eu me deliciei lendo esse livro. Uma leitura feita aos poucos, com as pausas necessárias para absorver a transformação desses dois jovens. Transformação essa pela qual tantos de nós já passaram em algum momento.
“Mas o tempo corre rápido e não manda aviso, não diz que está prestes a te alcançar e te deixar para trás”
(p.17 – Alice)
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Eu li o título em italiano hahaha.
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Lindo demais, né??
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