Título: Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil Autoras: Duda Porto de Souza e Aryane Cararo Editora: Seguinte Páginas: 207 Ano: 2018 (2º edição)
Acho que a resenha desse livro — que, como veremos, é um tanto quanto diferente — não poderia vir em momento mais propício: domingo é dia 8 de março, dia internacional da mulher, e essa é uma leitura que todos nós deveríamos fazer não apenas nessa data, mas em todos os dias do ano.
Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil é como uma enciclopédia, feita para que possamos conhecer um pouco melhor (ou simplesmente conhecer!) algumas mulheres que contribuíram — e muito — com o nosso país.
“Para Jarid, o racismo e o machismo da sociedade fazem com que heroínas como Dandara sejam quase completamente apagadas da história brasileira”
(pg. 18)
Logo de cara as autoras desse livro nos fazem refletir: quem é a sua heroína? Sim, uma mulher, de carne e osso, em quem você se inspira. Uma boa pergunta, não?
“É fácil citar estrangeiras, mas onde ficam as brasileiras nessa lista? Sua inspiração é uma de nós?”
(pg. 9)
Quando eu digo que esse é um livro para que simplesmente possamos conhecer algumas mulheres, estou querendo dizer que muitas das que são apresentadas ao longo dessas páginas eu sequer tinha ouvido falar antes! Até mesmo Maria Firmina dos Reis, primeira mulher a escrever um romance no país. Talvez em algum momento de minha vida eu tenha ouvido falar de “Úrsula”, seu livro, mas o nome da autora passou bem desapercebido ao longo desses anos… E esse é apenas um dos exemplos que tenho para citar.
Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil também é um livro muito visual: tem uma capa meio holográfica e as páginas são ilustradas com imagens de cada uma das mulheres apresentadas. E o melhor: todas as ilustrações também são feitas por mulheres!
Além de apresentar brasileiras, ao final, o livro também apresenta algumas “abrasileiradas”, isto é, mulheres que não nasceram aqui, mas que praticamente consideramos brasileiras (inclusive Carmem Miranda!).
Como esse não é um livro de uma história única — aliás, é um livro de muitas histórias, inclusive a nossa própria! — eu li ele aos poucos. Foram meses e meses lendo em doses homeopáticas os perfis dessas brasileiras e abrasileiradas incríveis. E, sem dúvidas, aprendi e refleti muito.
Pelo formato e pelo conteúdo dessa obra, penso que seria ótimo que cada escola pudesse ter ao menos um exemplar em sua biblioteca. Seria um livro de consulta e, ao mesmo tempo, de inspiração. Um livro que todos nós precisamos ler ao menos uma vez na vida, para nunca esquecê-lo.
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Ótima dica, já quero ler!
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Recomendo!! Espero que goste e aprenda muito também!
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Hummm, acho maravilhoso citar uma mulher, seja qual for a nacionalidade. Entendo a colocação, claro. E gostei do livro. Mas, acho que quando alguém cita uma mulher, já me sinto realizada. Gosto quando a menina Greta e citada. Quando a Malala Yousafzai é lembrada e celebrada. Me incomoda quando são ofendidas ou usadas aqui e ali. Amei saber das brasileiras que estão a mapear o vírus.
Acho sensacional um livro que nos mostre mais mulheres… e espero que sirva de exemplos para outras tantas, nesse tempo em que o feminismo é muito necessário para nos orientar para fora do breu que insiste por aí.
bacio
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Belas palavras! Concordo que é preciso que mencionemos as mulheres, não importa a nacionalidade. Mas confesso que assustei comigo mesma ao não conhecer metade das brasileiras que elas apresentaram (enquanto leio tudo o que posso sobre a Malala, por exemplo). E concordo contigo: que sirva de exemplo. E que possamos cada vez mais encontrar obras como essa!
Baci!
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