Sobre meu conto “A língua do amor”

Sobre meu conto _A língua do amor_

Quem me acompanha para aqui já deve estar cansado de saber que eu ajudei a organizar uma antologia, publicada esse ano, pela Editora Lettre. Além de fazer parte da organização, eu também escrevi um conto para compor a mesma, intitulado “A língua do amor”.

Mesmo tendo outros contos escritos (e mais um publicado), não me considero uma escritora. Não sei, me parece surreal dizer que eu faço parte desse mundo tão mágico e, ao mesmo tempo, tão árduo. Mas tenho recebidos feedbacks incríveis sobre meu conto e, confesso, a cada vez que vejo um elogio ou alguém dizendo que ele foi o preferido dentre todos, meu coração se enche de alegria. Depois de ver uma leitora dizendo que meu conto deveria virar livro (!!!), coisa que nunca pensei, quis vim contar um pouco mais sobre ele para vocês.

“A língua do amor” é narrado por uma menina espoleta e curiosa que adora brincar com seus vizinhos no playground do prédio em que mora. Ela fica intrigada, porém, quando chega um novo vizinho, que nunca desce para brincar com eles, ainda que fique espiando-os pela janela, enquanto eles gritam para que o menino se junte a eles.

Conversando com sua mãe, a narradora faz uma descoberta sobre Daniel — o tal vizinho que nunca desce para brincar com eles — que muda a sua vida e talvez a de muitas outras crianças da escola que ela estuda. Daniel é um garoto surdo e, por meio dele, tentei inserir um pouco desse universo na história, falando brevemente sobre a Libras (Língua Brasileira de Sinais).

Comecei a aprender Libras em 2018. Desde então venho aprendendo muito mais que uma simples língua, mas também toda uma nova forma de enxergar o mundo. E isso certamente é uma tarefa que demanda muito tempo e que ainda me acompanhará por anos e anos.

Quando eu escrevi o conto eu o via assim, do jeitinho que ele foi publicado. Logo mudei de ideia, porém, quando uma amiga me questionou sobre o final. De início, não pensei outra maneira, mas refleti um pouco e existiam modos de fazê-lo diferente. Mas quando eu vi  sugestão de transformar o conto em livro meu primeiro impulso foi rir. Impossível, não há mais nada a contar! Mas há, sempre há. E aí, claro, várias ideias começaram a pipocar na minha mente. Será que um dia “A língua do amor” vira livro?

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6 comentários em “Sobre meu conto “A língua do amor”

  1. Bem, eu acho que ser escritora é uma profissão como outra qualquer. E pede-exige dedicação, como todas as profissões.Mas, como é Arte tem muita gente que acha que é lúdico e pronto. Eu quando optei pela escrita, parei e refleti para saber tudo que iria precisar para ser escritora. Que caminho mais louco e longo. Mas valeu a pena. Não pelos livros publicados, mas pelo caminho percorrido até aqui. Os livros são consequência de tudo que fiz nesse sentido. É o resultado final de uma jornada que eu aprecio com imenso prazer.
    Não conheço o seu conto ainda… nem mesmo o seu estilo enquanto escritora. Mas se você escreve é quer isso para você, a palavra escritora lhe pertence. bacio

    Curtido por 1 pessoa

    1. Obrigada por suas palavras! E, no final das contas, é isso mesmo. Escrever é muito mais que ter livros publicados, é todo um caminho que, por vezes, me pergunto se sou realmente capaz de percorrer. Também preciso (e quero) conhecer mais de sua escrita (que, por enquanto, conheço só através do Blog mesmo). Obrigada por sua visita! Bacione

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