Título: A princesa salva a si mesma neste livro Original: The princess saver herself in this one Autora: Amanda Lovelace Editora: Leya Páginas: 207 Ano: 2017 Tradutora: Izabel Aleixo
A princesa salva a si mesma neste livro é aquele tipo de obra que eu sempre via em todas as livrarias por onde passava; também é um daqueles títulos que sempre me chamavam a atenção; por fim, já vi muitos elogios ao livro e à autora.
Depois de ler esta obra, consigo entender porque ela é tão aclamada: Amanda Lovelace aborda temáticas muito importantes e sérias, como depressão, estupro, bullying, perdas, amizade, amor e relações familiares. Tudo isso em poucas palavras, mas de maneira precisa.
Não posso, contudo, deixar de dizer que há algo que me incomoda: a autora se apresenta como poeta e, portanto, se propõe a fazer poesia. Ao ler esse livro, porém, o que encontrei foram frases quebradas, na tentativa de se fazer versos. E, muitas vezes, essas quebras mais atrapalham a fluidez da leitura do que ajudam. E se atrapalham a fluidez da leitura, como chamar de poesia?
Claro que também é preciso levar em consideração que este livro é uma tradução e que traduzir poesia não é tarefa para qualquer um. Mas tenho certeza que a tradutora deu o seu melhor e tentou se manter o mais fiel possível ao original que, creio eu, realmente foge um pouco de algo que eu chamaria de poesia.
Ainda assim, não posso negar que há textos realmente tocantes e muitas frases que ficam ressoando em nossas mentes, além de um outro tapa na cara bem dado. E existem duas poesias que faço questão de destacar aqui (com todas as ressalvas já feitas acima, mas que também ficarão de exemplo para que vocês tirem suas próprias conclusões):
Não há
água da chuva
suficiente
no céu
todo
para lavar
o
sangue
inocente
das suas mãos.— a vida deles importará sempre
(pg. 174)
Bem atual, não?
Nós somos a geração
a quem você deu um
troféu de participante.nós somos a geração
que você fez usar capacetes,
cotoveleiras e joelheiras.nós somos a geração
a quem você deu cds censurados
& filmes com classificação indicativa.nós somos a geração
a quem você passou anos superprotegendo
e depois jogou aos lobos.agora nós somos a geração
que segue em frente com nada a não ser
café
& três horas de sono.nós somos a geração
trabalhando por um salário mínimo
com diploma universitário.nós somos a geração
ganhando só o suficiente
para sobreviver.nós somos a geração
que você não queria ver fracassando
então se assegurou de que fracassássemos.— millennials.
(pg. 178)
Essa foi uma das que considerei um tapa bem dado, um soco no estômago ou como você preferir chamar a reação de dor após ler essas palavras.
Tive a mesma percepção que você! Palavras soltas e frases quebradas… Sinto que a Amanda pode ser melhor do que ela apresenta nos livros, sabe?!
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Acredito que sim, pois a escrita é sensível, mesmo com temáticas tão sensíveis… Mas talvez na prosa ela se saísse melhor, não sei
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Não sei ainda o que achei do que vi.
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É difícil saber, né? Estou lendo o segundo livro dela agora e estou ainda mais confusa…
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Eu senti a mesma coisa que você, Tati! Achei o tema incrível mas algumas coisa me incomodaram bastante. Mas também é como você disse, a gente consegue se conectar muito com esse livro, tem um poema em que ela fala que a gente precisa lidar com as nossas escolhas que vibra em mim até hoje. Mas esse incômodo com a poesia dela me impediu de querer ler os outros dois :( De qualquer forma, você já leu “O peso do pássaro morto”? Tem a mesma forma de poesia mas como é brasileiro é beeeem mais fluido! E os temas são bem impactantes também!
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Eu to lendo o segundo livro (ganhei esses dois primeiros de presente) e estou muito perdida, num misto de “não sei se é melhor ou pior que o primeiro”. hahahahahah
Ainda não li “o peso do pássaro morto”, mas é outro livro que ouço falar bastante e tenho muita curiosidade sobre! Obrigada pela indicação <3
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Eu amo esse livro e essa autora <3
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Os temas dela são bem fortes!
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oii, tudo bem? para qual idade você indicaria esse livro?
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Maiores de 16 anos!
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