Título: A bruxa não vai para a fogueira neste livro Original: The witch doesn't burn in this one Autora: Amanda Lovelace Editora: Leya Páginas: 208 Ano: 2018 Tradutora: Izabel Aleixo
Depois de ler A princesa salva a si mesma neste livro, foi a vez de ler A bruxa não vai para a fogueira neste livro e não sei muito bem o que dizer sobre ele. Anteriormente, fiz minha ressalva com relação ao formato “poesia”, escolhido pela autora, ainda que os temas realmente fossem muito tocantes.
Neste volume, porém, sinto que o quesito poesia está um pouco melhor, mas as temáticas, ainda que importantes, não foram abordadas de maneira tão forte quanto anteriormente. Ou apenas eu que não consegui me conectar com a obra, não sei.
Me parece que em A bruxa não vai para a fogueira neste livro a autora se preocupou mais em seguir um certo fio narrativo, anunciado deste o título, isto é, a questão da mulher, vista por tantos homens como “bruxa”. Feminismo e empoderamento, portanto, aparecem com força, enquanto os homens, a cada página, são os grandes vilões. Interessante, mas repetitivo. E um pouco exagerado vez ou outra.
Quando digo que a poesia, neste livro, me parece melhor — como formato — estou me referindo ao fato de que a leitura fica mais fluida, com menos quebras estranhas. Além disso, há pedaços em prosa também. Mas neste ponto, a ausência de letras maiúsculas em praticamente tudo no livro salta aos olhos. Provavelmente uma escolha da autora. Mas uma escolha que não vem justificada ou explicada em parte alguma.
O projeto gráfico desta obra é bem interessante. Tudo nele é branco, vermelho ou preto. Logo de cara chama a atenção o fato de que todo o texto foi impresso em vermelho, como o sangue dos inocentes ou as chamas das fogueiras que somos incentivadas, ao longo das páginas, a acender. Os textos também, por vezes, trabalham a questão do uso da página, não estando sempre numa mesma posição. Trata-se, portanto, de uma obra bem atraente aos olhos.
Por fim, gostaria de destacar uma poesia, provavelmente a que mais gostei dentre todas:
“ser uma
mulher
é estar
pronta para a guerra,
sabendo
que todas as probabilidades
estão
contra você
– e nunca desistir apesar disso“
(pg. 49)
Hummm, não conhecia o livro. Embora a capa não seja estranha. Poesia, é? Vendo o título jamais imaginaria algo nesse gênero. Agora fiquei curiosa…
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As livrarias costumam colocá-lo em destaque, faz muito sucesso. Eu, sinceramente, como poesia, não gostei tanto assim, apesar de ter gostado mais desse que do primeiro nesse quesito. Mas a temática é ótima
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