
Como eu comentei na resenha, Novecento (Alessandro Baricco) foi um livro que me surpreendeu muito (positivamente). E alguns trechos que eu adorei, não consegui usar naquele momento, deixando-os para um post que, finalmente trago a você. Uma vez mais, por se tratar de uma obra em italiano, colocarei primeiro a minha tradução e, ao final, os trechos originais, na ordem em que aparecerem aqui.
Como ressaltado na resenha, a história se passa em um navio, local onde nasceu o protagonista da história. Sua vida era muito diferente da vida de qualquer outra criança, desde o início:
“Assim, de repente, Novecento torna-se órfão pela segunda vez. Ele tinha oito anos e já tinha ido e voltado da Europa à América umas cinquenta vezes. O oceano era a sua casa”
Para além desse peculiar fato e tudo o que ele gera, Novecento logo torna-se um grande músico. E esta é uma arte que se faz presente ao longo da história, inclusive sendo usada em paralelo com a própria vida do personagem:
“Se você toca trompete, no mar você é um estrangeiro e sempre será”
A obra ainda nos traz algumas reflexões peculiares, mas que, ao mesmo tempo, fazem muito sentido. No trecho em questão, fazia-se uma reflexão sobre como as coisas mudam e porque mudam, usando, para isso a imagem de um quadro que cai da parede:
“O que acontece a um prego para fazê-lo decidir que não aguenta mais?”
E ao mesmo tempo que a história nos coloca essas perguntas e pensamentos, também nos alerta para o fato de que há coisas nas quais não devemos pensar muito, pois talvez jamais encontremos uma resposta para elas:
“É uma daquelas coisas que é melhor você não pensar, se não fica maluco”
Esse é, sem dúvidas, um livro que vale a pena ser lido e espero ter deixado um bom gostinho da obra com esse post e com a resenha. E, como prometido, abaixo estão os trechos originais, na ordem que aparecem neste post:
“Così, d’improvviso, Novecento divenne orfano per la seconda volta. Aveva otto anni e si era già fatto avanti e indietro dall’Europa all’America una cinquantina di volte. L’Oceano era casa sua”
“Se suoni la tromba, sul mare sei uno straniero, e lo sarai sempre”
“Quando non sai cos’è, allora è jazz.”
“Cos’è che succede a un chiodo per farlo decidere che non ne può più?”
“È una di quelle cose che è meglio che non ci pensi, se no ci esci matto”
Qual foi o trecho que você mais gostou ou aquele que mais chamou sua atenção?
Talvez o último trecho esteja em maior sincronia com o Espírito da Época. Melhor nem pensar. :)
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Nem me fale!!
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