Versão italiana de músicas anglo-americanas

Você se lembra (caso tenha visto) dos posts que fiz sobre músicas italianas com versões brasileiras e músicas brasileiras com versões italianas? Foram posts que me diverti fazendo e, desde então, sinto vontade de também escrever sobre músicas anglo-americanas e suas versões italianas.

A ideia desse post surgiu, ainda, do fato que, por vezes, preparando aulas de italiano, deparo-me com versões de músicas (principalmente) norte-americanas. Uma das primeiras que me lembro de ter visto e que achei muito engraçada foi Sognando la California (Dik Dik, 1969), versão de California Dreamin’ (The Mamas e The Papas, 1966).

Lembrando que, geralmente, são versões, e não traduções literais. Nesse caso, por exemplo, ambas as canções fazem referências a elementos da natureza, mas na maioria dos casos são elementos diversos (fala-se de inverno na versão americana e céu cinza na versão italiana, por exemplo). Ouça-as e veja o que mais você consegue encontrar de diferente (e aproveite para se divertir com esses clipes…):

Antes de prosseguir, gostaria de comentar que é relativamente fácil encontrar versões italianas de músicas anglo-americanas (sim, porque não são apenas músicas norte-americanas que ganham suas versões, mas músicas em língua inglesa no geral). Como Tommaso Cazzorla explica neste artigo — que por si só já contém diversos exemplos do que estou trazendo aqui — a tradição de traduzir músicas estrangeiras de sucesso foi muito comum entre os anos 50 e 70, quando os italianos não estavam acostumados a ouvir (e cantar, né?) músicas em outras línguas.

Outra versão que podemos encontrar é É la pioggia che va (Rokes, 1966), derivada de Remember the rain (Bob Lind, 1966), também com diferenças entre as letras:

(Devo estar muito louca, mas o ritmo dessas músicas me lembrou o ritmo de Hey there Delilah??).

Com as suas diferenças textuais, temos, ainda, Quelli erano i giorni (Gigliola Cinquetti, 1969) e Those were the days (Mary Hopkin, 1968). Mas é interessante ver que ambas começam com a fórmula “era uma vez”:

Diferentemente das três músicas já mencionadas aqui, porém, a maioria das versões tem um título bem diferente do original. Uma que achei interessante, devido à mudança gritante, foi Sono bugiarda (Caterina Caselli, 1967) — que significa “sou mentirosa” —, versão de I’m a believer (Neil Diamond, 1967) — que significa “eu acredito”. No entanto, ambas têm uma letra parecida, falando sobre acreditar (ou não) no amor, mas jogando com esse fato de “passar a acreditar” ou “ser um mentiroso” por dizer que não acreditava:

E você não achou que os Beatles escapariam dessa, né? Existem diversas versões de músicas deles em italiano, claro. Algumas mais próximas do original que outras. Por exemplo, a versão de Let it be — que em italiano virou Dille sì — é muito mais romântica e sofrida que a original. Mas, escolhi para fechar esse post a versão de Come together (1969): Tam Tam, feita por The Rogers (1969). Textos totalmente diferentes também, nem o refrão se salva, mas dá para reconhecer de longe de onde vem a música, né?

E você, conhece mais músicas para integrar essa lista?


Gosta desse tipo de conteúdo e quer aprender italiano? Então aproveite: estão abertas as inscrições para o curso Italiamo Tutti. Temos turmas de todos os níveis! O curso é 100% online, com 2 aulas ao vivo por semana, material incluído e duração de 2 meses cada nível. Para mais informações e para realizar a inscrição, basta clicar nas imagens abaixo. A primeira é para os níveis iniciais e a segunda para os níveis mais avançados. E, se tiver dúvidas, pode me chamar que eu ajudo. As aulas já começam dia 26/07!

Publicidade

Se gostou, comente aqui (;

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s