Citações #67 — Mocassins e all stars

Para uma história que poderia ser só mais uma adolescente, Mocassins e all stars, da Clara Savelli, tem muito para nos fazer pensar. Por isso, hoje trago aqui alguns dos trechos que deixei de fora da resenha e que podem nos ajudar a conhecer um pouco melhor a obra. 

Ao retratar uma época complicada — os anos finais da escola — este livro acaba nos fazendo pensar sobre momentos difíceis.

“Sei lá, às vezes eu acho que você não quer ser feliz de novo. Parece que você precisa de um pouco de drama na sua vida para conseguir seguir em frente”

“Você tinha as marcas de alguém que foi pisoteada pela vida, mas que deu um belo de um dedo do meio na cara dela e saiu por cima de tudo”

“Acho que é verdade quando dizem que no fundo do poço tem uma mola, que mal ou bem vai te impulsionar para cima de volta”

A narrativa também nos faz enxergar a importância de termos boas pessoas ao nosso lado nesses momentos.

“Apesar de todos os esforços de meus amigos para me alegrar, meu mundo estava totalmente cinza”

“Os caquinhos de seu coração são unidos novamente, por aqueles que te apoiaram nos momentos difíceis, e você aprende”

Mas ela nos lembra, ainda, que algumas dores não diminuem tão facilmente, principalmente quando se trata da perda de alguém que amamos.

“Meu Dia de Ação de Graças foi um prenúncio daquilo que eu achei que ia ser o meu Natal. Vazio e incompleto”

“Eu estava me sentindo tão vazia, tão sozinha e com tantas saudades do meu pai, que precisava ocupar minha mente de alguma forma”

“O tempo não levou nada embora”

Logo no começo da história, sabemos que a protagonista Julie não apenas perde o pai, como também acaba mudando de cidade, o que contribui ainda mais para o seu sentimento de perda e de saudade.

“Acho que a saudade que eu estava fez as coisas ficarem ainda mais bonitas”

“Eu amava Nova York. Amava cada pequeno detalhe de Nova York. Acho que tendemos a sentir isso em relação à nossa cidade natal de qualquer forma”

Essa saudade é um sentimento que nos impulsiona a refletir sobre o que tínhamos.

“Não é como se reparássemos em todos os detalhes dos lugares que você costuma passar. Só vira rotina”

E também sobre quem somos.

“Minhas paredes protetoras tinham caído muito rápido e eu me sentia totalmente vulnerável”

“Crianças. Sempre com uma maneira diferente de ver a vida. Mais simples, mais colorida, mais alegre”

A dor também pode nos tornar mais empáticos.

“— Desculpa se eu estou sendo grosseira ou algo assim, mas eu só quero mostrar que tudo tem dois lados e que é muito fácil julgar quando você não está passando pela situação”

Ou simplesmente nos deixar com medo de viver e de amar.

“Parecia extremamente errado. Então, por que parecia extremamente certo também?”

“Primeiros amores são sempre os mais fortes”

Por fim, gostaria de destacar a forma como o mar é retratado na narrativa. Por mais que ele apareça poucas vezes, é nítida a sua importância para a construção da obra.

“O mar me encantava e me assustava na mesma intensidade”

“Aquele era o mar, que apesar de todas as suas belezas, tinha todos os seus segredos. E tinha levado ele de mim”

Se você se interessou por essa obra, não deixe de ler também a resenha que escrevi.

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3 comentários em “Citações #67 — Mocassins e all stars

  1. O que eu acho legal em criarmos colunas dentro do blog é a consistência que se dá e as ideias que surgem com o passar do tempo. Gosto muito deste tipo de texto, mas confesso que não tenho disciplina nem criatividade pra manter uma seção por tanto tempo dentro do cachorro magro! Logo chega na centésima!

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