O quarto branco — P. Barbosa

Título: O quarto branco 
Autor: P. Barbosa
Editora: Publicação independente
Páginas: 29 
Ano: 2013

Sinopse

«Fiquei por ali, gritando o mais alto que podia, em aflição, que precisava de um caminho, de um rumo e de uma direcção, mas como não havia paredes onde o som pudesse ressoar as palavras iam e nunca voltavam. Era incapaz de me ouvir, e só sabia que estava a gritar pela trepidação dos meus ossos que sentia do esforço sobre-humano que fazia. E fiquei naquilo milhares de vezes repetindo, ou milhões ou biliões, pois nunca as contei, até que me calei por meu próprio convencimento.

Tal era a soberba ou a surdez do dono daquele lugar.»

***

«Agarrei-me a ela e ela a mim, e assim ficámos, agarrados, um ao outro, apertados por uma vontade férrea, acontecesse o que acontecesse.

— Não te quero perder. — disse-lhe. Ela soluçou e agarrou-se a mim ainda com mais força.

— Odeio este mundo e o outro. — disse-me, enquanto chorava — A felicidade não tem sítio para viver.»

***

«O homem anseia por conquistar a luz e evitar as trevas. Para mim, não há diferença entre as duas.»

Resenha

O quarto branco é uma daquelas leituras rápidas, mas que aos poucos vai revelando ir muito além do que se imagina.

“Para quê abandonar o lugar que nos oferece tudo o que se quer ter?”

Através de metáforas — principalmente a do quarto branco — a obra nos faz refletir sobre o que está (ou não) em nossa mente e sobre as armadilhas que criamos através do nosso pensamento.

“Senti-me enterrado num poço branco, que tanto podia ser branco como escuro como breu, pois quando se tem apenas uma cor para olhar é como estar cego e não ter cor nenhuma para ver”

O protagonista desta história encontra-se num lugar que, aos poucos, vai se revelando, como nossa mente, quando gradualmente vai se desfazendo de pensamentos negativos.

“Chegará o dia em que as dores de hoje serão olhadas com nostalgia e alegria. E depois tudo passará”

Conforme as coisas boas vão sendo sentidas, novos personagens surgem junto à luz.

“O problema dos horizontes do pôr-do-sol é que eles forjam o mundo numa esfera que gira sem sair do lugar”

Mas claro: perfeição não existe e mesmo quando se compreende o que nos move, ainda há algo que nos paralisa.

“O homem anseia por conquistar a luz e evitar as trevas. Para mim, não há diferença entre as duas”

Escrito em português europeu — o que meu causou menos estranhamento do que eu esperava — O quarto branco vai te tirar da zona de conforto com uma leitura rápida e profunda. 

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2 comentários em “O quarto branco — P. Barbosa

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