Coleção Portfolio SBS — vários autores

O post de hoje não é exatamente uma resenha, apesar de trazer alguns aspectos sobre uma série de livros. Um pouco confuso, eu sei, mas o ponto é: este é um post relativamente diferente do que costuma aparecer por aqui, mas que acabei me animando a fazer e que trata de livros e ensino de línguas.

Há algum tempo, meu irmão me deu de presente diversos livros da coleção Portfolio SBS. Para quem não sabe, a SBS é uma Livraria Internacional que existe no Brasil desde 1985 e que é líder em distribuição de livros e materiais para o ensino de idiomas, materiais didáticos e afins.

Os volumes desta coleção são livrinhos pequenos e fininhos, mas que trazem muito conteúdo.

O trarei aqui não é uma resenha de cada um dos volumes que ganhei, mas uma apresentação desta coleção, além de compartilhar um pouquinho a maneira que tenho realizado a leitura desses exemplares.

Os livros possuem uma estrutura similar, variando apenas seu conteúdo. A estrutura é a seguinte: um prefácio dos editores da série, seguido por uma introdução do autor, com uma apresentação da temática do livro e um resumo do que será abordado em cada capítulo, que costumam ser entre quatro e seis em cada volume. Ao fim, encontramos as referências bibliográficas e indicações de leituras suplementares e, por fim, os apêndices, que geralmente são atividades ou dados apresentados e mencionados ao longo dos textos.

Como ensinar é uma coisa que eu adoro e quem ensina está em constante aprendizado, resolvi que a melhor forma de encarar estas leituras seria de maneira ativa, isto é, grifando e fazendo anotações. Por isso, sempre que eu pegava um dos volumes desta coleção, já pegava também um lápis e lia as partes teóricas e práticas buscando refletir sobre o que estava sendo dito.

Para quem já tem certo contato com as teorias de ensino de línguas, nem tudo ali é novidade, claro. Inclusive sinto que algumas coisas já estão um pouco ultrapassadas. Mas o ensino também tem dessas: precisa acompanhar o desenvolvimento humano e de suas tecnologias e livros sobre o assunto tendem a logo perderem a sua atualidade.

Mas o bacana de ler sobre ensino é que sempre haverá algo do qual podemos extrair alguma lição. Ou algo que nos dará uma luz. Por isso um lápis foi meu fiel escudeiro ao longo desta leitura. Algumas páginas ganharam, além de grifos, anotações de ideias que me sugiram e que eu não poderia perder. 

Os volumes que já li desta série são:

Atualmente estou lendo O ensino comunicativo de línguas estrangeiras (Jack C. Richards) — Portfolio SBS 13. Este talvez seja um dos mais relacionados à minha pesquisa de mestrado e é interessante ver como apesar de conhecer sobre o tema, há muitos estudiosos diferentes daqueles que pesquisei.

Aliás, se você quiser saber um pouco mais sobre a minha pesquisa e sobre o que eu conheço e uso nessa área de estudos, indico a leitura dos posts Que método você usa? e Que material você usa?, além do post que coloquei aí em cima, no qual apresento a minha pesquisa de mestrado

Mas, voltando à coleção da SBS, ainda vou ler também os seguintes livros:

Estou bem curiosa com eles e não vejo a hora de poder dizer que concluí a leitura desses livros, mesmo sabendo que isso não acabará por aqui e que ainda voltarei inúmeras vezes a eles.

Também fazem parte do portfolio SBS os seguintes volumes:

Se você quiser conhecer de perto esta coleção, basta clicar aqui ou nos livros listados acima.

* Lembrando que qualquer compra feita na Amazon a partir dos links postados neste Blog, irá gerar uma comissão para este espaço, sem custo algum para você, ou seja, todos saem felizes nesta história (:

Como aprender novas línguas

Talvez vocês não saibam, mas desde 2015 dou aulas de italiano. Comecei com um grupo, depois entrei também no mundo das aulas particulares; já dei cursos curtos e de longa duração. E se existe uma certeza é a de que dar aulas é muito bom! Mas, como professora, eu prezo pela autonomia dos meus alunos.

Além de dar aulas de italiano eu também adoro aprender outras línguas. Já estudei inglês, um pouco de francês e agora estou aprendendo libras (quem segue o Blog lá no instagram talvez tenha visto o que postei um dia, no stories, e pretendo fazer posts especiais sobre isso por lá).

Da junção do meu gosto por aprender línguas e da minha vontade de dar autonomia aos meus alunos, busco sempre ferramentas que possam nos auxiliar nessa tarefa. Se você já tem o hábito de aprender um pouco de línguas por conta própria, talvez aqui não surjam grandes novas ideias, mas não me custa nada mostrar o que eu uso e recomendo!

  • Aplicativos

Não poderia deixar de começar essa lista falando sobre aplicativos para aprender línguas. Eles são fáceis de encontrar nas lojas de nossos celulares e são atrativos por serem dinâmicos e exigirem uma participação ativa do usuário. Mas, por vezes, pode ser difícil encontrar um que realmente satisfaça as nossas necessidades. Por isso, vou falar rapidinho aqui sobre três que já usei (com a ressalva de que usei há alguns anos e sabendo que eles mudaram muito de lá para cá):

Duolingo: como todo mundo que já usou ele alguma na vez na vida fala, ele é bom para aprender vocabulário. E é basicamente isso. Porque mesmo as frases que aparecem nele, dificilmente usaríamos no cotidiano. O que eu gostava era que, para o italiano, eu tinha que “aprender” a partir do inglês (o aplicativo trabalha basicamente com tradução de uma língua para a outra), então eu já praticava as duas línguas.

Mensrise: esse eu usei brevemente, porque achava ele um pouco confuso. Mas era melhor que o duolingo, ensinando construções frasais úteis e um pouco de gramática.

Busuu: o meu queridinho entre os três. Cheguei até a pagar para usá-lo (não era um valor absurdo). Nele eu podia aprender vocabulário e gramática, além de fazer exercícios escritos (resposta livre) e orais, que eram corrigidos por falantes daquela língua. E eu também poderia corrigir os exercícios de quem estava aprendendo português, por exemplo.

  • Sites

As indicações de sites para aprender línguas variam de idioma para idioma, mas tem um que vale para muitos deles e que eu amo: Lyrics Training. Qual é a ideia do site? Você escolhe uma música na língua que está estudando, escolhe a dificuldade que quer para o jogo e, conforme vai ouvindo a música, tem de ir completando algumas palavras. É ótimo para treinar o ouvido, mas também um pouco da escrita.

Na categoria sites, indico ainda que você procure dicionários online da língua em questão. Mas não apenas os dicionários comuns, como também os de sinônimos e contrários, para enriquecer o vocabulário.

  • Outras dicas

O que mais eu faço para aprender uma nova língua? Coloco meu celular e redes sociais naquele idioma, procuro vídeos no youtube (e você pode, por exemplo, escolher um assunto que goste e procurar vídeos sobre isso), sigo páginas no instagram que ensinem aquele idioma ou que são de pessoas que falem aquele idioma ou ainda de jornais locais. Também, quando já me sinto um pouco mais segura, me arrisco a ler livros (pequenos, de início) na língua em questão, já que ler é uma das coisas que mais gosto de fazer.

Com relação a livros, porém, fica a ressalva de que é importante prestar atenção a quando o livro foi escrito, para não nos depararmos com uma escrita antiga e ainda mais difícil de compreender, o que só nos frustaria.

Escrever também é uma ótima forma de memorizar o que você está aprendendo, além do clássico falar na frente do espelho para praticar a pronúncia. Experimente se gravar falando, para poder analisar e melhorar a própria pronúncia.

Para quem se interessa pela gramática da língua estudada, também vale a pena procurar por exercícios online, isto é, sites que te dão um feedback automático, assim você pode ter ideia de como está realmente se saindo.

Na minha opinião, porém, nada disso substituiu um bom curso de línguas, seja com aulas particulares ou em grupos. Isso porque quando nos propomos a seguir um curso, temos um professor que nos cobra com relação ao nossos avanços e temos ao menos mais uma pessoa com quem nos comunicar verdadeiramente. Estudar autonomamente exige uma disciplina que muitos de nós não tem.

E você, o que acha sobre isso? Gosta de estudar novas línguas? Como faz para aprendê-las?