Livros tradicionais e audiolivros [tradução 11]

Hoje é dia de traduzir mais um artigo italiano e a escolha da vez foi Livros tradicionais e audiolivros: segundo a ciência, são (quase) iguais. O artigo original foi postado no site Focus, em 4 de setembro de 2019, por Chiara Guzzonato.

Para variar, encontrei esse artigo enquanto preparava aula, e o título chamou a minha atenção porque sou uma pessoa que não se imagina ouvindo um audiolivro. Nada contra a tecnologia em si, mas vejo como coisas diferentes. Não sou uma pessoa de ver muito filme ou vídeos, porque gosto bastante do silêncio e a leitura me permite isso. Também sinto que absorvo melhor lendo e isso é algo que varia muito de pessoa para pessoa, cada um aprende melhor de uma forma.

Vamos à tradução?


Ler e ouvir colocariam em atividade as mesmas regiões do cérebro, fazendo-as trabalhar da mesma forma. Alguns especialistas, porém, ressaltam as diferenças entre as duas modalidades.

Livros: melhor lê-los ou… escutá-los? Segundo um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia e publicado no Jornal de Neurociência, em níveis práticos, não faz diferença. “As informações semânticas são elaboradas de maneira similar”, explica Fatma Deniz, pesquisadora em neurociência e chefe do estúdio. “Sabíamos que quando lemos ou escutamos uma palavra algumas regiões do nosso cérebro se ativam de maneira análoga, mas não esperávamos que as duas modalidades estimulassem as mesmas áreas emocionais e cognitivas”, destaca um pouco surpresa.

Mapas cerebrais (quase) idênticos

O estudo envolveu nove voluntários que primeiro escutaram uma história transmitida pela BBC e, depois, leram a transcrição.

A atividade cerebral era praticamente igual em ambos os casos: as palavras, de acordo com seu significado, ativavam diversas regiões do cérebro. “O mapa semântico que surgiu (ou seja, a representação gráfica das áreas do cérebro que se ativam quando escutamos uma palavra, ndr) nos permitiu prever com precisão quais partes do cérebro seriam estimuladas pelas várias palavras”, explica a doutora Deniz.

Culturalmente superior

Nem sempre, porém, a ciência está alinhada com as percepções que nós, meros mortais, temos. Conforme uma pesquisa de 2016, conduzida pela YouGov, de fato, só 10% dos britânicos considera que escutar um livro seja equivalente a lê-lo: a maior parte está convencida, ao contrário, que a leitura é culturalmente superior à escuta. Opiniões fundamentadas ou não? Para alguns especialistas, ainda que não se possa falar em “superioridade cultural”, igualar a leitura à escuta não é correto.

“Realmente faz rir!”. Como você leu essa exclamação? Como um sincero elogio ou uma irônica brincadeira? Se você tivesse escutado essa frase, não teria dúvida sobre o seu significado, como nos faz notar Daniel Willingham, professor de psicologia da Universidade de Virgínia e jornalista do New York Times, uma das principais diferenças entre o falado e o escrito é a prosódia. “No texto, falta o tom, o tempo, o ritmo do discurso falado”, explica Willingham em um artigo dedicado ao tema.

Problemas de compreensão

Em uma pesquisa de 2010, foi colocada à prova a capacidade de compreensão de alguns estudantes: uma parte deles escutou uma gravação de 22 minutos; a outra leu a transcrição. Ainda que os dois grupos tivessem usado o mesmo tempo para assimilar o texto nas duas modalidades, 41% dos ouvintes não passou no teste de compreensão feito dois dias depois, contra apenas 19% de “reprovados” entre os leitores.

“O grupo de ouvintes foi pior que aquele de leitores, de longe, não ligeiramente”, ressalta David Daniel, professor de psicologia na Universidade James Madison (Virginia, USA) e coautor da pesquisa. Os estudantes que ouviram a gravação sabiam que não tinham aprendido muito: “antes de começar o experimento, poucos queriam fazer parte do grupo de leitores”, afirma Daniel. “Mas depois de ouvir o podcast, antes do teste de compreensão, quase todos tinham mudado de ideia: se pudessem voltar atrás, teriam escolhido o grupo de leitura”.

Afinal, melhor ler ou ouvir? A resposta é: depende. Se você tivesse que estudar um livro (ou seja, entendê-lo e assimilar o seu conteúdo), talvez fosse melhor seguir fiel ao papel (ou ao e-reader). Se, por outro lado, é apenas lazer, sinal verde para os audiolivros: “eu escuto vários, inclusive enquanto estou no carro e dirigindo”, declara Willingham. “Mas jamais escutarei algo de importante para o meu trabalho. Quando estou concentrado, diminuo o ritmo, releio as partes mais difíceis. Tudo coisas muito mais fáceis de se fazer em se tratando de voltar uma página”.


Agora me conta aqui: qual é a sua opinião sobre o tema? Já ouviu algum audiolivro? Gostou da experiência? Notou alguma diferença com relação à leitura?

Publicidade

Um amor para chamar de meu — versão física!

Você, leitor que me acompanha por aqui, lembra que este ano participei da organização de uma antologia de romance? Tenho novidades sobre ela, então se liga aqui! Mas antes, deixa só eu falar com quem acabou de chegar por aqui!

Você, leitor que ainda não me conhece, confira a minha resenha, meu post sobre o que aprendi organizando uma antologia e saiba mais também sobre o meu conto A língua do amor e depois volte aqui.

Agora que estamos todos no mesmo barco, continuemos: essa antologia de capa incrível, vai ganhar sua versão física! Mas, para isso, precisamos conseguir vender ao menos 50 exemplares na pré-venda. Parece muito? Minha gente, isso vai é esgotar. Então não deixe de adquirir o seu logo, viu?

Como funciona essa tal pré-venda?

É muito simples: ela estará aberta de hoje (01/07/2020) até o dia 31/07/2020, no site da Editora Lettre. Basta clicar aqui, selecionar a antologia “Um amor para chamar de meu”, adicionar ao carrinho e ir para o procedimento de finalização da compra. Indicamos que a melhor opção é a do próprio site (Wix) — e já vou explicar porque — ou, se preferir, você pode solicitar um boleto comigo (é só deixar um comentário aqui ou entrar em contato pela aba de contato do blog ou, se você já tem meu contato, me chamando direto).

Só isso?

Não não! Tenho uma surpresa para vocês, meus queridos leitores! Antes de finalizar a compra, adicionem no campo de cupom de desconto o seguinte cupom: TATIFRETEGRATIS para ter direito ao querido frete grátis (válido somente para endereços no Brasil). Quem solicitar boleto também terá direito ao frete grátis.

E que garantias vocês tem?

Independentemente da forma de pagamento que vocês escolherem, caso a pré-venda não seja bem sucedida (bate na madeira!) haverá estorno do valor aos compradores. Porém, para aqueles que optarem por pagar através do pag seguro ou mercado pago, há o desconto de administração dessas redes e, portanto, o valor estornado é um pouco abaixo do valor total pago. No caso de compras feito pela própria Wix ou por boleto, será devolvido o valor integral.

E então, o que está esperando para ir lá comprar o seu exemplar?