Citações #69 — Por um triz

Se você precisa de mais alguns trechos da obra Por um triz, da Laís Corrêa, para se convencer a dar uma chance para a história, este post é para você.

O livro, que tem como protagonista uma mulher incrível e um cara um pouco difícil de engolir, pode te proporcionar muitas surpresas (boas e ruins) ao longo da leitura.

“Convencido é o nome do meio de Thales Fernandes”

Uma narrativa que vai te fazer pensar sobre a vida e o tempo que temos para fazermos o que queremos e vivermos o que temos para viver.

“Para ela, a vida é curta demais e nós temos que fazer tudo o que tivermos vontade antes que não dê mais tempo”

“Mas quanto tempo é todo o tempo do mundo?”

Uma história sobre o amor e o que ele tem a nos ensinar.

“No fim, quase nenhuma palavra precisa ser dita, pois nossos olhares conversam entre si”

Amor, só agora consigo definir toda a turbulência de sentimentos que vieram como uma avalanche para cima de mim de uma hora para a outra”

Mas, principalmente, um livro que serve para nos lembrar de valorizar o que temos, no presente, sem perder tempo fugindo de nossos sentimentos e sonhos. Só que, claro que, para deixar a mensagem bem viva dentro de nós, isso precisa ser contado de uma maneira que vai partir nosso coração.

“Eu só quero chorar e acho que nem todas as lágrimas existentes no mundo farão com que eu me sinta recuperado dessa dor”

Por um triz é um livro forte, bonito e que mesmo trazendo alguns clichês, consegue contar a sua história de maneira surpreendente.

Se você ainda não conhece o Thales e a Marina, já clica aí na resenha para saber mais. Também já deixo um alerta especial: o ebook está gratuito até amanhã (30/06). E se você pretende ir à Bienal do Livro no Rio de Janeiro, não deixe de garantir seu exemplar para pegar autógrafo com a autora por lá.

Citações #53 — A longa noite de Bê

A longa noite de Bê, obra do autor Fernando Ferrone, foi uma leitura que fiz em janeiro e que, felizmente, se faz presente até hoje em meio a reflexões e lembranças.

Na resenha, alguns trechos que gostei ficaram de fora e agora você pode conferi-los aqui. É o caso, por exemplo, das passagens que falam sobre as energias que gastamos (ou não) com os outros.

“O nosso corpo não é feito pra suportar o ódio. Odiar alguém requer muita energia”

“Eu precisava não me preocupar tanto se quisesse ter energia para me preocupar sempre”

A história também aborda, de diversas formas, a presença, a ausência, o pertencimento, temas que, por si só, já têm muito a despertar em nós.

“Ele nunca te fez falta porque nunca se fez presente. Não tem como sentir saudades do que nunca se conheceu”

“Naquele momento, tive uma sensação que não experimentava há anos: senti um despertencimento”

A longa noite de Bê fala, ainda, sobre o tornar-se mãe (principalmente sem planejamento e sem realmente desejar isso).

“Naquele instante, Lila era uma forma vazia dentro de um espaço vazio”

“Sendo então duas pessoas, Lila sentiu-se nenhuma”

Uma coisa que gostei muito ao longo da leitura foi a forma como o autor trabalhou lugares comuns (não apenas da literatura), nos dando novas perspectivas em relação a eles.

“Esse prazer de rever pela última vez os momentos marcantes da nossa vida antes de não ter mais vida não existe”

Uma obra múltipla, que vale muito a leitura, assim como o primeiro livro do Fernando, À deriva. E se você quiser saber mais sobre eles e conhecer um pouco do autor, não deixe de assistir esse bate-papo que tive a oportunidade de participar (e mediar) lá na Livraria Ponta de Lança.

Citações #43 — E se eu pudesse voltar no tempo?

A essa altura do ano, difícil não olhar para trás e pensar em tudo o que li ao longo de 2021. Porém, ainda mais difícil seria escolher a minha leitura preferida, afinal, uma vez mais, tive a sorte de me deparar com ótimas histórias ao longo deste ano. E uma dessas histórias, sem dúvidas, foi o conto E se eu pudesse voltar no tempo?, da autora Marie Pessoa.

“Mas minhas amigas achavam apenas que eu não havia encontrado a pessoa certa”

Como costumo fazer, coloquei alguns trechos ao longo da resenha, mas outros ficaram de fora e eu não poderia deixá-los de trazer aqui.

“Existem poucas coisas piores do que perder uma pessoa amada sem ao menos poder se despedir”

Esses trechos reforçam, claro, alguns dos pontos que mencionei na resenha, como o fato de Clarice — a protagonista — ter passado por algumas tantas dificuldades ao longo de sua vida.

“Eu havia desistido da vida, mas poderia ao menos proporcionar melhores dias para a mulher que nunca se permitiu descansar pelo bem do meu futuro”

Dificuldades essas, porém, que são muito reais e que nos rodeiam.

“Nosso elo era tão fraco para que qualquer ruptura pudesse ser indolor a ela?”

Além disso, o conto aborda a questão dos padrões estéticos impostos pela sociedade.

“Era bom me sentir linda enquanto tanta gente tentava provar o contrário”

E também a importância do amor próprio.

“Mas eu estava tão errada que o simples fato de entender que meu corpo era meu, somente meu, e que ele era lindo independente de qualquer padrão, me emocionava”

Porém, um dos pontos principais da história não deixa de ser a perda. Em seus mais diversos e profundos sentidos.

“Ela sentia a dor da amiga que enterrara a única filha, e chorava em todo canto porque aquilo nenhuma mãe deveria passar”

Novamente, deixo a minha forte indicação para que você conheça essa história — caso ainda não se tenha feito esse enorme favor.

“Foi naquele exato momento que o pressentimento ruim e a realidade me lembraram do que aconteceria a seguir”