Título: Meu menino vadio - histórias de um garoto autista e seu pai estranho
Autor: Luiz Fernando Vianna
Editora: Intrínseca
Páginas: 205
Ano: 2017 (1º edição)
O primeiro livro que li sobre autismo foi O que me faz pular (Naoki Higashida) e, a partir daí, passei a me interessar muito pelo assunto. E se menciono isso agora é porque este livro também é citado em Meu menino vadio, escrito por Luiz Fernando Vianna, pai de Henrique, um jovem autista:
“Sei que há quem me veja, antes de tudo, como pai de autista. É um personagem que não me incomoda, mas no qual nem sempre me reconheço”
Meu menino vadio (p.18)
Se ter um filho autista já é complicado por si só, para Luiz Fernando Vianna a situação era ainda mais difícil: fruto de um relacionamento conturbado, Henrique cresceu no meio de um fogo cruzado e acabou sendo levado por sua mãe e seu padrasto para a Austrália. O autor do livro lutou para que seu filho continuasse a morar no Brasil, mas o resultado foi apenas mais um imenso desgaste.
“A justiça brasileira não é para principiantes”
Meu menino vadio (p.13)
Depois de anos vivendo na Austrália, a família de Henrique muda-se novamente, mas dessa vez para os Estados Unidos. Neste ponto da vida do jovem, outra grande mudança acontece também: se antes ele apenas passava as férias com o pai, no Brasil, agora ele começaria a passar um ano com cada um de seus pais. Sim, isso mesmo: um ano no Brasil, um ano nos Estados Unidos. Se para qualquer ser humano isso já é extremamente complicado, imagina para um menino com autismo.
Os capítulos de Meu menino vadio são curtos e escritos numa linguagem fácil de ler. A história, por sua vez, é capaz de despertar diversos sentimentos em nós, além de ser um texto atual e que nos faz refletir sobre o modo como agimos também.
“Não guardamos segredos, mas gritamos. Não registramos na memória, mas fotografamos. Não refletimos, mas opinamos”
Meu menino vadio (p.115)
Vianna também consegue mesclar muito bem seus perrengues, as dificuldades do filho, informações importantes e estudos sobre autismo, tornando o livro extremamente informativo e, ao mesmo tempo, gostoso de ler.
Outro ponto interessante do livro é que os títulos de todos os capítulos possuem inspiração musical, nos aproximando ainda mais do autor da obra. Ao final do livro, podemos encontrar uma lista das músicas que serviram de inspiração.
Eu acabei adiando e adiando essa resenha e, no final das contas, ela veio parar em abril, mês da conscientização sobre o autismo. Além desse post, em breve farei mais um sobre o tema, não perca!
linda resenha, e que livro! Não conhecia ele, mas agora sinto que preciso ler!
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Obrigada!! É uma leitura muito leve e que vai te mostrar bastante coisa bacana. Demorei muito tempo pra conseguir pegar esse livro e ler, mas valeu a espera!
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