Título: Quando eu descobri o que era ser eu Autora: Alanys Aleixo Editora: Publicação Independente Páginas: 27 Ano: 2021

Existem histórias curtas que nos abraçam e nos fazem pensar, mesmo que em sua pequena finitude.
“A sensação de questionar a própria existência é de estar sempre abraçada com alguém que, ao mesmo tempo que te diz (de forma extremamente vaga e confusa) o que fazer, te direciona palavras de amor e ódio e te faz sentir medo”
Em Quando eu descobri o que era ser eu, somos apresentados a Agatha Magalhães, uma jovem que, apesar de ser super fã de romances, nunca se apaixonou de verdade por alguém.
“Agatha Magalhães sempre foi tão influenciável que deixaria que os outros decidissem seus sentimentos sobre o amor”
Para ela isso não era exatamente um problema, mas atire a primeira pedra quem nunca se sentiu pressionado por ainda não ter beijado ou por ainda não ter se apaixonado e sentido tudo o que as amigas descreviam sentir.
“Eu só queria tanto gostar de alguém, como todo mundo fazia, que criava os sentimentos dentro de mim como criava nos personagens das minhas histórias”
Com a reclusão imposta pela pandemia, porém, Agatha começa a refletir ainda mais sobre todas essas questões, até que resolve pesquisar a fundo sobre seus sentimentos, para tentar se entender.
Esta é uma história que vai nos fazer pensar sobre todos os espectros e aspectos da sexualidade e daquilo que sentimos dentro de nós.
Por meio da narrativa construída por Alanys, podemos enxergar um pouquinho mais sobre arromanticidade e assexualidade que, mesmo com a quantidade sem fim de informações que temos hoje, ainda parecem ficar escondidos nas profundezas das discussões sobre o tema.
Mesmo que não traga muitas novidades sobre o tema para quem minimamente já pesquisou sobre ele, é sempre interessante acompanhar a trajetória de alguém que está se descobrindo e descobrindo como se relaciona com o mundo (e melhor ainda é perceber como essa relação é sempre única).
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