Título: O caçador de pipas
Original: The kite runner
Autor: Khaled Hosseini
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 365
Ano: 2005
Tradução: Maria Helena Rouanet

Sinopse
“O Caçador de Pipas” é um romance com tintas autobiográficas que conta a história da amizade de Amir e Hassan, dois meninos quase da mesma idade, que vivem vidas muito diferentes no Afeganistão da década de 1970.
Amir é rico e bem-nascido, um pouco covarde, e sempre busca a aprovação de seu próprio pai. Hassan, que não sabe ler nem escrever, é conhecido pela coragem e bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americanos e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção. Após este episódio, Amir vai para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão, mas 20 anos depois Hassan e a pipa azul o fazem voltar à sua terra natal para acertar contas com o passado.
Best-seller mundial, este livro vendeu mais de 5 milhões no mundo todo e ganhou uma versão cinematográfica.
Resenha
Apesar de ser uma obra tão conhecida, mergulhei na leitura de O caçador de pipas sabendo apenas que era um desses livros que precisamos ler ao menos uma vez na vida.
“— As crianças não são cadernos de colorir. Você não tem de preenchê-lo com suas cores favoritas”
Como não poderia deixar de ser em uma obra escrita por um autor que não está no eixo euro americano, realizar esta leitura foi me dar conta, mais uma vez, do quão pouco sei. Seja sobre outras culturas, sobre religião, sobre os conflitos que marcam o Oriente Médio e também sobre as relações humanas.
“— Bem… — disse eu. Mas nunca consegui acabar aquela frase. Porque, de repente, o Afeganistão mudou para sempre”
A obra se inicia na infância de Amir, que é o narrador desta história.
“Era esquisito, mas fiquei feliz vendo que alguém sabia exatamente quem eu era. Já estava cansado de fingir”
Uma infância bem privilegiada, uma vez que seu pai era muito rico e respeitado e Amir ainda podia contar com o fiel amigo e servo Hassan.
“No inverno de 1975 vi Hassan correr atrás de uma pipa pela última vez”
Mas estamos falando de uma infância no Afeganistão e, da noite para o dia, toda essa vida aparentemente perfeita, ruiu.
“Meu pai passou a vida inteira enfrentando ursos. Perdeu a jovem esposa. Teve de criar um filho sozinho. Precisou abandonar a sua querida terra natal, o seu watan. Conheceu a pobreza. A indignidade. Até que, afinal, apareceu um urso que ele não conseguiu derrotar”
Acontece que, lendo esta narrativa da perspectiva de Amir, sabemos que as coisas já estavam difíceis muito antes dele ter de sair de sua terra natal.
“Para mim, os Estados Unidos eram o lugar onde podia enterrar as minhas lembranças”
Sua mãe morrera no parto e, desde a infância, Amir apenas queria conquistar o amor e a admiração de seu pai. Sentimentos esses, aliás, que ele parecia nutrir muito mais facilmente por Hassan.
“Sempre dói mais ter algo e perdê-lo do que não ter aquilo desde o começo”
Essa relação (ou a falta dela) entre pai e filho é um fio condutor importante na obra, sendo o propulsor da maioria das ações e decisões (sobretudo ruins) do narrador, além de trazer um plot interessante ao final.
“Pensei em todos os espaços vazios que baba ia deixar atrás de si depois que se fosse, e fiz um esforço enorme para pensar em outra coisa”
A lealdade também é um tema recorrente ao longo das páginas deste livro, assim como a culpa, que permeia cada vírgula desta história.
“Acho que certas histórias não precisam ser contadas”
O caçador de pipas pode ser uma história bem amarga, não apenas por tudo aquilo que o narrador carrega consigo, mas também porque há alguns pontos da cultura afegã que podem ser difíceis – sobretudo para as mulheres – de digerir.
“E toda mulher precisa de um marido. Mesmo que ele faça calar a canção que existe nela”
Violência – física e psicológica – também marcam diversos pontos desta narrativa, que realmente tem o poder de tocar seus leitores.
“Eles não permitem que a gente seja humano”
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