Das reviravoltas — Diário de leitura (10)

Como eu disse em meu diário anterior, chegando ao final do primeiro volume de As mil e uma noites, iniciei a leitura de mais uma história de amor. Trata-se de uma narrativa longa, que durou da noite 211 até a 236.

Compõem esse arco as seguintes narrativas:

  • A história dos amores de Camaralzaman, príncipe da ilha dos filhos de Kaledan, e de Badura, princesa da China;
  • A história de Marzavan, com o prosseguimento da história de Camaralzaman;
  • Separação do príncipe e da princesa de Badura;
  • A história da princesa Badura após a separação do príncipe Camaralzaman;
  • Continuação da história do príncipe Camaralzaman desde a sua separação da princesa Badura;
  • A história dos príncipes Amdjad e Assad;
  • A prisão do príncipe Assad ao entrar na Cidade dos Magos;
  • A história do príncipe Amdjad e de uma dama da Cidade dos Magos;
  • Continuação da história do príncipe Assad.

São muitos encontros e desencontros aqui, bem como muitos momentos tensos. Eu diria até angustiantes. Foi uma história que me prendeu bastante e que dava vontade de saber o que viria a seguir. E o final é daqueles que você fica “aaaah, não acredito, que final incrível!”.

Começamos conhecendo dois jovens que, cada um em seu reino, precisam se tornar rei e rainha, e que, portanto, precisam se casar. Seus pais, porém, querem lhes dar a liberdade de escolher o par perfeito, mas esses jovens são bem exigentes…

Em tese, eles nunca viriam a se conhecer, mas alguns seres mágicos, para satisfazer seus próprios desejos, acabam por aproximá-los… E igualmente separá-los. E é neste ponto que as coisas começam a ganhar mais emoção.

Mas não para por aí não. Toda vez que achamos que as coisas estão se resolvendo, uma nova reviravolta ocorre. O próprio título “Separação do príncipe e da princesa de Badura” já nos dá uma ideia disso. Lembro-me que quando vi tal nome fiquei chocada. Como assim, depois de tanto trabalho para ficarem juntos, eles se separaram? Mas claro, as coisas não são tão simples assim… Até princesa se travestindo de príncipe tem nessa história toda (o que me fez pensar em Mulan também).

Mas… Se lá no primeiro diário eu super elogiei a minha edição desta obra, agora venho trazer uma pequena decepção: a editora provavelmente quis fazer dois volumes de tamanho praticamente iguais e, para isso, teve de colocar uma parte dessas narrativas que acabei de apresentar no primeiro volume, e uma parte no segundo. A divisão, assim, ficou um pouco abrupta. Achei que seria melhor ter deixado todo um arco no mesmo volume. Mas isso pode ter sido uma estratégia também, para nos fazer continuar, da mesma maneira que a Sherazade faz…

Como vocês devem ter percebido, portanto, terminei o primeiro volume de As mil e uma noites! E dando uma fuçadinha aqui, já vi que terei algo para comentar (talvez reclamar, de novo) no próximo diário, sobre esse segundo volume…

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4 comentários em “Das reviravoltas — Diário de leitura (10)

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