Profissão fangirl foi uma leitura que me tocou de maneiras que eu não imaginava que uma obra com este título poderia me tocar. E por mais que eu tenha escrito uma resenha de todo coração, sei que muita coisa ficou de fora dela. Inclusive alguns trechos, que agora trago aqui.
Como não poderia deixar de ser, começo este post lembrando que a história retrata o término de uma relação que já durava cinco anos, mas que também ainda existia apenas por comodismo (coisa que, claro, os personagens só percebem depois):
“Eu me perguntava o que doía mais, ele ter ido embora agora ou ter que admitir que ele já tinha ido tempos atrás”
“Por algum motivo sombrio eu precisava rever todas as lembranças do nosso relacionamento naquele momento”
“Finalmente eu coloquei o ponto final, falei o que eu queria e me sentia mais leve por isso”
Mas a história, claro, não fala apenas sobre corações partidos. Ela fala — e muito — sobre amizade:
“Essa era a melhor parte de ter melhores amigas, elas nem sempre vão te entender, mas isso não quer dizer que elas não vão estar sempre ao seu lado”
E também sobre força:
“Eu te vi chorar vezes o suficiente para saber que você não está fugindo, Alice. — Eu sorri com a lembrança de sua presença nas duas crises de choro que eu tinha tido. — E também te vi se esforçando para ser feliz de novo, e pra mim isso mostra o quanto você é forte”
E até mesmo sobre amor. Porque, afinal, nosso coração sempre tem a chance de se recuperar de grandes dores:
“Foi isso o que me chamou atenção, a forma como ele conseguia fazer o mundo inteiro parecer girar ao meu redor com um simples olhar”
Se você quer saber mais sobre esse livro, não deixe de ler a minha resenha, garantir logo o seu exemplar (é só clicar aí embaixo) e, claro, seguir a autora em suas redes sociais (Instagram | Twitter)!
Espero que não seja segredo para ninguém, mas caso ainda seja, aqui vai uma revelação: sou apaixonada pela escrita do Maicon Moura.
E por falar em segredos, hoje trago mais alguns quotes de O segredo de Susan, uma obra que nos envolve e nos faz pensar sobre os diversos temas (difíceis) que ela aborda.
“Marcas quase esquecidas de uma violência sem razão”
Dentre eles, podemos mencionar a questão da confiança e da verdade.
“Confiança só existe uma vez. Ter a confiança de alguém é muito importante. Bom, apenas se essa pessoa não tiver te sequestrado por tanto tempo”
“O mundo quer enganar você. E que você engane de volta. Ele quer que você entenda que está tudo bem, ele quer que você sorria enquanto a televisão te mostra um corpo de uma mulher num beco”
As marcas de um doloroso e obscuro passado (vivido pela protagonista e ignorado por todos).
“Os hematomas em seu braço mostram que o escuro ainda caminha com ela”
“Linhas brancas, acima dos meus joelhos, mostram que em algum momento eu não fui feliz”
“Nesse escuro eu me sentia salva”
Um livro que fala, em suma, sobre as complexidades da vida de uma maneira diferente daquela que podemos estar acostumados.
“Foi nesse momento que eu entendi que existem dois mundos”
“Com onze anos, eu não quero me preocupar com o futuro”
E sobre a passagem do tempo, por mais intrincada que ela possa ser na própria narrativa apresentada.
“Temos todo o tempo do mundo para corrigir nossos erros.
“Só que o tempo, ele pode ajudar de alguma maneira e muitas vezes melhorar isso”
O segredo de Susan é uma leitura que nos deixa de boca aberta e cabeça fervilhando. Se quiser conferir a resenha, clique aqui. Para acessar o ebook (disponível também no Kindle Unlimited), basta clicar abaixo. E não deixe de acompanhar o trabalho do Maicon em suas redes sociais (Instagram | Linkedin).
Um dos motivos pelos quais gosto de marcar e anotar trechos que me chamam a atenção nos livros que leio é que, através deles, posso relembrar a história, além de, em alguns casos, ter novos insightssobre a mesma.
Mas se tem uma coisa que não precisaria de trechos para lembrar, é da força que a narrativa de A filha primitiva, da autora Vanessa Passos, tem.
“A fome ensinava a ser criativa”
Uma histórias que vai direto e reto ao ponto e que toca em muitas feridas.
“Gente é assim, gosta mesmo é de rir das desgraças dos outros”
Uma narrativa sobre partos, não somente físicos, mas também mentais.
“Fico pensando que escrever é um parto infinito”
E, ainda, um texto que fala sobre paternidade e abandono, mas também sobre a história que nos é negada.
“A busca pelo meu pai e pela escrita caminhavam juntas”
A filha primitiva é também sobre vícios.
“Tinha esquecido que a bebida dá coragem pras pessoas”
Sobre humanidade e desumanidade (não sei se essa palavra existe, mas acho que dá para entender a ideia, né?).
“É fácil esquecer o erro de homem”
“Incrível como o ser humano gosta de se enganar”
Não se trata de uma leitura fácil, como os conteúdos já podem indicar, mas ela é necessária. Para saber mais, você pode ler minha resenha aqui e garantir o seu ebook clicando abaixo.
Depois da resenha de Laços Divergentes, da autora Michele Meneses, trago aqui alguns trechos que separei durante a leitura, mas que acabei não inserindo no meu post anterior.
Vale lembrar que a obra nos apresenta a Amtullah, uma jovem iraquiana que vem fazer um intercâmbio no Brasil.
“Uma coisa é certa: esse intercâmbio me fará voltar pra casa uma quantidade incontável de vezes mais sentimental que já fui em toda a minha vida”
Para além deste grande tema, contudo, a obra também fala sobre outros assuntos importantes, como os caminhos que decidimos percorrer em nossas vidas e o quanto as escolhas que temos de fazer nos afetam.
“Quando pensava no futuro, nada parecia ser o que desejava”
Ou então sobre a necessidade de valorizamos melhor aquilo que temos de mais importante em nossas vidas: o tempo.
“A vida nem sempre é perfeita com as pessoas que convivemos, mas, com o tempo tão escasso que teremos ao seu lado, não podemos nos dar ao luxo de prolongar dias ruins”
Como não poderia deixar de ser — e isso provavelmente já até ficou claro —, esta é uma história recheada dos mais variados sentimentos.
“Eu nunca o tinha visto chorar, mas, naquele instante, uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto e me fez desmontar por dentro. Ele também sofria”
E ainda conta com uma pitada necessária e gostosa de romance.
“Talvez, muita gente nem saiba que, vez ou outra, um grande amor pode ser vivido sem nem ser revelado”
Por fim, dando um toque especial à narrativa, temos o fato da protagonista ser uma garota como nós, real, cheia de sonhos, desejos, angústias e necessidades.
“Eu não sou alguém vaidosa, mas há momentos em que uma garota precisa de certas palavras para se sentir bem consigo mesma”
Se quiser ler esta obra, clique abaixo. Além de garantir o seu exemplar, você ainda contribui para o Blog das Tatianices (sem pagar nada a mais por isso).
A antologia Cartola é uma obra recheada de contos encantadores, como apresentei ao longo desta resenha. Muitos trechos bonitos, porém, ficaram de fora e hoje trarei mais alguns deles (deixando, ainda, outros tantos sem a sua vez, porque tem realmente muita coisa boa ali).
“Quando uma estrela escolhe você, não existe caminho de volta, seu coração começa a precisar daquele brilho para viver”
Corra e olhe o céu (Ana Farias Ferrari)
Como mencionado na resenha, essa obra nos traz sentimentos e temáticas como a tristeza:
“Não ligava mais para queimaduras. Tinha vivido coisas piores”
Alvorada (Bruny Guedes)
“Pouco a pouco, a magia da música foi se perdendo”
Cordas de aço (Thais Rocha)
“Todos estavam tristes, mas não queriam lidar com isso”
Corra e olhe o céu (Ana Farias Ferrari)
A angústia:
“Eu acho que esse foi o instante que ela, Cilene, percebeu que havia mais felicidade no mundo do que ela tinha naquela ocasião”
Amor proibido (Nilsa M. Souza)
“As pessoas dizem que desistir é covardia, contudo, esse talvez seja o meu maior ato de coragem”
As rosas não falam (Lili Dantas)
“Temi que seu eu tivesse que passar pelo ritual de despedida, talvez não conseguisse virar as costas e seguir meu plano adiante”
Meu drama (Ana Paula Del Padre)
A amizade:
“Não se quebra uma amizade”
Amor proibido (Nilsa M. Souza)
A memória e o esquecimento:
“É curioso como cheiros nos imprimem memórias como se fossem tatuagens”
As rosas não falam (Lili Dantas)
“Dizem que as viagens favorecem o esquecimento”
Peito vazio (Simone Aubin)
Ou o distanciamento:
“Às vezes, a pior atitude é não querer se envolver”
O mundo é um moinho (Alessandra Solletti)
“Frio não é só sobre o clima, é também um estado de espírito”
O sol nascerá (Meg Mendes)
A vida e a morte (assim mesmo, juntas e misturadas):
“Em meio ao meu tormento, não mais particular, ele me abraça como se jamais fosse deixar-me ir. E eu não quero”
As rosas não falam (Lili Dantas)
“Você nunca pensa que vai morrer até estar diante da iminência da morte”
Autonomia (C. B. Kaihatsu)
E, claro, o amor, sentimento sempre tão presente e tão intenso:
“Há tempos eu não sentia as emoções juvenis de quando nos sentimos doentiamente atraídos por alguém”
As rosas não falam (Lili Dantas)
“Me pergunto, como ainda é possível eu amar o comportamento odioso nela, a resposta vem fácil logo em seguida, só é possível amar a luz de uma pessoa se também amarmos a sua escuridão, um não existe sem o outro”
As rosas não falam (Lili Dantas)
“O tema do meu trabalho, Amor: efêmero ou eterno?, era minha última esperança em acreditar que as relações duradouras e verdadeiras existiam de verdade. De que ainda valia a pena amar, ou então, me conformar que tudo é mesmo uma mentira e que o amor é apenas uma ilusão dolorosa”
Disfarça e chora (Juliana Kaori)
“Amor, amor de verdade mesmo, não olha a quem, não tem regra, dura o que tem que durar”
Disfarça e chora (Juliana Kaori)
Se tiver gostado desses trechinhos, não deixe de conhecer a obra completa. Como eu disse na resenha, a leitura me surpreendeu bastante (positivamente)!
Algumas pessoas têm um enorme pé atrás com antologias, coisa que eu até posso entender, mas não concordo. Elas são uma excelente forma de conhecer novos autores, além de carregarem muitas histórias e escritas diferentes em uma única obra.
“Mas ela ainda tinha que me dar uma chance”
O peso da coroa — Laura Machado
Uma das melhores antologias que li ano passado foi Se essa coroa fosse minha. Clicando aí no título você pode ler a resenha que eu escrevi (caso ainda não tenha lido) e entender porque gostei tanto.
“Acho que, nesse momento, todo mundo desse salão se apaixonou um pouco por Alaska. Isso é fácil. Difícil seria não se apaixonar”
Se não a coroa cai — Maria Freitas
Apesar da relativamente extensa resenha e dos vários trechos que coloquei nela, muitas outras passagens maravilhosas dessa obra ficaram de fora e agora é o momento de apresentá-las a você.
“Se eu fizesse as escolhas certas poderia fazer alguma diferença no mundo”
Não pedi pra ser princesa — Letícia Rosa
Como tentei deixar claro ao longo da resenha, essa é uma obra diferente, que vai muito além de qualquer senso comum, falando sobre uma realeza que não estamos acostumados a imaginar.
“Mas sou uma princesa. Serei uma rainha. Não tenho direito a ter sentimentos”
Adoro um amor inventado — Lyli Lua
“Quem era essa garota com quem eu teria que conviver por tempo indeterminado? E do que ela tanto fugia? Seria realmente algo tão perigoso assim?”
Paixão de Ori — Camila Cerdeira
“Quem iria querer o prolongamento de uma guerra civil só para ficar próximo da garota que gosta?”
Paixão de Ori — Camila Cerdeira
Não só por falar em sentimentos tantas vezes, mas também por trazer relacionamentos que fogem à heteronormatividade.
“Como é possível que a sociedade tenha evoluído tanto a ponto de um simples toque de dedo na têmpora poder transferir meus pensamentos para quem eu quiser, e tão pouco a ponto de forçar jovens como eu a um casamento que eles não desejam?”
Se não a coroa cai — Maria Freitas
Além disso, essa antologia aborda diversas perspectivas das relações familiares.
“Meu irmão me mostra que a vida ensina muito mais do que qualquer sala de aula”
Não pedi pra ser princesa — Letícia Rosa
“Penso no meu pai. No homem que eu nunca conheci. No espaço vazio que permaneceu em mim até que minha mãe conhecesse Sandro e ele me ajudasse a fechar aos poucos”
Não pedi pra ser princesa — Letícia Rosa
“Tudo o que importa é que eu ganhei uma avó. E eu sinto que as lacunas que eu sentia haver na minha história agora estão perfeitamente preenchidas”
Não pedi pra ser princesa — Letícia Rosa
“Ele queria ser mais presente na sua vida, mas tinha um trabalho a fazer”
Paixão de Ori — Camila Cerdeira
E, sem dúvidas, fala muito sobre amor.
“No fim, acho que sentir falta de Drika foi o que mais nos uniu”
Se não a coroa cai — Maria Freitas
“Amar alguém é uma coisa engraçada, só de vê-lo já me sinto melhor, segura e mais feliz”
Insubmissos, Incurvados, Inquebráveis — Tay Alvez
“O que lhes faltava em dinheiro, sobrava em amor e isso sempre foi tudo de que preciso”
Não pedi pra ser princesa — Letícia Rosa
“Me incomoda você ter passado tanto tempo achando que isso me impediria de me apaixonar por você”
O peso da coroa — Laura Machado
“Eu já quis te dar todas as chances do mundo e achava que você nem me enxergava”
Adoro um amor inventado — Lyli Lua
Outra coisa que eu adoro encontrar nas histórias que leio e que aparece ao longo desta obra é o peso das palavras que dizemos.
“Palavras têm poder, e tronos já caíram por menos”
O peso da coroa — Laura Machado
“Eu talvez tivesse esperado ouvir algo assim a minha vida inteira”
Paixão de Ori — Camila Cerdeira
“— A gente já perdeu tempo demais com medo, entalando palavras na garganta, você não acha?”
Se não a coroa cai — Maria Freitas
E consequentemente, como já deu para perceber, o peso dos silêncios que optamos por fazer também.
“As palavras que eu não falo ainda estão presas na minha garganta”
Se não a coroa cai — Maria Freitas
“Olho nos seus olhos e naquele momento percebo que há muito mais do que uma coroa em questão, mas também sei que não devo me meter nesse assunto”
Não pedi pra ser princesa — Letícia Rosa
“Na verdade, ela se isolou completamente, do mundo e de mim”
Adoro um amor inventado — Lyli Lua
Aliás, há diversas passagens que revelam alguma angústia ou dor, tornando os personagens ainda mais reais.
“Pela primeira vez o mar de seu lar não foi o suficiente para aliviar o aperto em seu coração”
Paixão de Ori — Camila Cerdeira
“Eu odiava ser vista como coitada. Não aceitava ser definida por essas coisas que aconteceram comigo. Meus traumas nunca seriam maiores do que eu”
Paixão de Ori — Camila Cerdeira
“Era apenas uma moeda, cinco míseros centavos, mas pesava uma tonelada em meu peito que me impedia de olhar para qualquer outro lugar”
O peso da coroa — Laura Machado
Por fim, um trechinho para nos lembrar de sempre fazer o nosso melhor, mesmo que ele pareça pouco (porque se é o seu melhor, nunca é pouco!):
“Era tudo que eu tinha, e faria o melhor que podia”
Quando escrevi a resenha de Minhas escolhas, da autora Taynara Melo, acabei deixando alguns quotes de fora e agora apresento-os a você em mais um post exclusivo de quotes literários.
Em se tratando de uma obra que aborda tanto assuntos importantes, era natural que isso acontecesse. Mas os quotes que trago hoje se referem mais a passagens reflexivas da história, falando principalmente sobre o medo, sentimento que a permeia em diversos momentos:
“O medo nos faz estacionar, impede nosso avanço”
Ainda relacionado a esse sentimento, temos também a presença da morte na narrativa:
“A morte é assim, leva embora da terra as pessoas que amamos, enquanto nós temos que continuar a caminhada, até chegar a nossa vez”
E claro que, pelo próprio título da obra, já podemos imaginar que as escolhas estão presentes nos mais diversos momentos, né? Hora porque a protagonista quer mudar de vida, hora porque ela está passando por alguma situação extremamente complicada, o que, por vezes, dificulta a nossa tomada de decisão:
“Sinto-me sem rumo e sem conseguir pensar um pouco mais além”
Partindo desse aspecto, chegamos a outra essencial também, que é o momento em que enxergamos e aceitamos que precisamos de ajuda:
“Eu precisaria de ajuda para tirar esse sentimento de dentro de mim. Eu não conseguiria mais viver com a mente perturbada”
Por fim, uma coisa que aparece realmente bastante, estando por trás de praticamente todos os temas que mencionei até aqui, são as relações entre as pessoas:
“Muitas pessoas passaram pela minha vida ao longo desses 27 anos, mas foram pouquíssimas, que eu trouxe para perto de mim e tratei como família”
E aí, o que achou desses trechinhos? Ficou com vontade de ler Minhas escolhas? Então é só clicar aqui!
Voltei com mais trechos que ficaram de fora da resenha, dessa vez do livro Céu de menta, da autora Camila Martins, uma obra que fala muito sobre demonstrações físicas de afeto, algo um pouco mais difícil para quem é autista:
“O olhar vale muito para ela, ela olha pouco para as pessoas, mas as que ela olha podem ter certeza de que são especiais. As mais especiais do mundo todo!”
“Será ele bobo demais por amar um simples abraço? Bobo é quem não entende o quanto eles são salvadores e poderosos”
Aliás, abraços realmente têm o seu destaque nessa obra!
“Às vezes, o melhor remédio está dentro de um abraço!”
Até porque, Céu de menta é uma obra que fala muito sobre o verdadeiro amor:
“É errado gostar e querer estar perto de quem se gosta? Perto o bastante para sentirem os corações batendo juntos?”
“Amar é bom e torna tudo mais bonito e precioso”
“João sente seu peito inflar de tanto amor. Seus olhos se enchem d’água e ele permite que duas lágrimas serenas desçam, pois é amor transbordando”
E por falar em coisas verdadeiras, o livro também trata das máscaras que nossa sociedade insiste em usar (não as de proteção ao coronavírus, mas as que escondem nosso verdadeiro eu):
“Ela é simples e verdadeira. Não usa máscaras para camuflar defeitos”
E também da falta de afetos que isso gera:
“Assim cresceu Sílvia, cheia de si e vazia dos outros”
O que, ao mesmo tempo, só pode ser curado com afeto verdadeiro (sim, perceba que isso é quase um círculo vicioso):
“Ele é presente até para quem não quer presenças e, principalmente, é presente para quem mais precisa”
“Os idosos têm tanto a ensinar, só os cegos de alma é que não veem isso”
Como comentei na resenha, Céu de menta é uma obra para quem está em busca de protagonismo autista, mas que também quer ler algo leve.
Concluo, aqui, os quotes que eu queria que você conhecesse:
Eu acabo de descobrir que a última vez que fiz um post de quotes foi em agosto do ano passado. Chocada! Mas senta que hoje temos muitos (muitos mesmo!) trechos de A bibliotecária de Auschwitz, que já apresentei melhor na minha resenha. E a primeira coisa que falei foi que quanto mais leio sobre o holocausto, mais desacreditada fico (ok, não foi bem isso que eu disse, mas serve também).
“Em Auschwitz não há pássaros. Eles morrem eletrocutados nas cercas”
E frases marcantes sobre Auschwitz é o que não falta neste livro. Frases que nos mostram diversas perspectivas do horror que eram os campos de concentração e da (falta de) vida que ali existia.
“Em Auschwitz o tempo não corre, se arrasta”
“Auschwitz não mata só os inocentes, mas também a inocência”
“Assim como as bússolas se desorientam ao se aproximarem do polo Norte, em Auschwitz, os calendários enlouquecem”
“Num lugar como Auschwitz, onde tudo é projetados para fazer chorar, o riso é um ato de rebeldia”
E, como não poderia deixar de ser, há um sentimento que permeia cada página dessa história e que está (ou estava) no coração de cada prisioneiro que viveu esse horror:
“O medo do medo é como correr ladeira abaixo”
“Zombar dos outros é uma maneira de por um esparadrapo nos próprios medos”
Mas não é só o medo que se faz presente. Há também o vazio e o silêncio, sempre à espreita:
“Como o vazio pode ser tão pesado?”
“Nessa noite, milhares de vozes se calam para sempre”
“Quase nunca há algo melhor que o silêncio”
“O mundo fica enorme quando alguém se sente pequeno”
E há, ainda, tudo aquilo que não deixa de existir nem mesmo na pior das condições, ou seja, os mais diversos sentimentos que nós, humanos, sentimos:
“Às vezes precisamos dizer o que sentimos por dentro”
“Enquanto continuarem rindo, nada estará perdido”
“Talvez o amor seja isso: compartilhar o frio”
“Ninguém sabe quanto sofrimento ainda resta aos que ficam”
“Basta ser feliz pelo tempo que um fósforo leva para acender e apagar”
Se você (ainda) não leu a resenha de A bibliotecária de Auschwitz, talvez não saiba que a protagonista é uma jovem. Este livro, portanto, também nos fala muito sobre o que é ser jovem em um campo de concentração.
“Dita suspira agarrada aos livros. Ela se dá conta com tristeza que foi nesse dia e não no de sua primeira menstruação que abandonou a infância, porque deixou de ter medo de esqueletos ou das velhas histórias de fantasmas e começou a temer os homens”
“Na juventude, um ano é quase a vida inteira”
“Ela é jovem demais para entender quão difícil é para uma mãe não poder dar uma infância feliz a um filho”
E, como o título já nos indica, a importância dos livros também se faz muito presente nesta narrativa, nos mostrando como até mesmo no pior dos lugares ele torna-se um salva-vidas e/ou um refúgio.
“Os livros guardam em suas páginas a sabedoria de quem os escreveu. Os livros nunca perdem a memória”
“Embarcara no trem da leitura. Naquela noite, sentiu a emoção de uma descoberta, de saber que não importava quantas barreiras seriam impostas por todos os Reichs do planeta, porque, se houvesse um livro, ela poderia saltar todas”
“Começar um livro é como subir num trem rumo às férias”
“As palavras são importantes”
Em Auschwitz as palavras são importantes não apenas pelas histórias que carregam, mas pelo valor ainda maior que a verdade passa a ter ali dentro. Na realidade, esse bem passa a ser uma raridade dentro dos campos de concentração, onde cada um luta para sobreviver, custe o que custar.
“Ele se levanta satisfeito consigo mesmo. Tão satisfeito quanto pode estar um homem que silencia a verdade”
“A verdade é a primeira vítima da guerra”
“Mais uma vez, a verdade era outra”
Na resenha de A bibliotecária de Auschwitz eu também comentei que esse livro aborda temas importantes, para além do terror do holocausto e da guerra. Destaco aqui dois trechos que podem nos dar uma ideia disso:
“Esse é o problema dos mitos: nunca caem, se derrubam”
“A verdadeira doença é a intolerância”
E por fim, claro, esse livro nos deixa claro as marcas que esse circo de horrores deixou em tantas pessoas:
“Quando estamos num manicômio, o pior que pode acontecer é sermos lúcidos”
“A paz não cura tudo, pelo menos não tão depressa”
Ficou com vontade de ler esse livro? Então vem aqui.
Como sempre acontece quando trago um post recheado de citações como esse, eu espero, antes de tudo, que tenha ficado claro na resenha o quanto eu amei o livro. A obra da autora Tayana Alvez é incrível e nos faz pensar sobre tantos assuntos que somente uma resenha não é suficiente para abarcar essa imensidão!
“Não me encaixo aqui porque nunca fiz parte desse mundo”
Elizabeth é uma mulher que tem muito a nos ensinar, e com a qual também podemos nos identificar em diversos aspectos.
“Todas as vezes que me abri para as pessoas, elas me machucaram”
E claro, ela tem os motivos dela para ser assim. Tem a história dela por trás de tudo.
“Ele partiu você em muitos pedaços”
E todos os personagens, na verdade, são assim nesse livro: cheio de histórias.
“Há um ano ele estava feliz, vivendo um sonho, cheio de planos e agora ele estava perdido”
Isso porém, não justifica certos comportamentos, como o relacionamento abusivo no qual Elizabeth se vê no decorrer da história.
“Quero agradecer por esse ano e por todas as vezes que você engoliu sapos e passou por cima de si mesmo para manter o nosso relacionamento intacto”
E apesar disso, esta é uma obra capaz de nos ensinar o verdadeiro significado de amor.
“É amor, Elizabeth, o amor não é egoísta”
Capaz de nos fazer enxergar a necessidade de perdoar o passado para seguir em frente.
“Se o passado ainda atrapalha o seu presente, ele não foi completamente superado”
E, principalmente, que nos mostra como devemos ser nós mesmos e nada mais ou nada menos que isso.
“Não gosto de te ver se podando por causa dos outros”
Para concluir, claro que um livro incrível desses não poderia deixar de falar também sobre o poder da música, não é mesmo?
“O efeito da música nas pessoas é curioso e inebriante, músicas são capazes de fazer coisas que simples frases soltas não são”
Não deixe de ler Eu quero mais. Um livro que vai te fazer refletir sobre tudo isso que eu mencionei aí em cima e muito mais.
“Sim, mas vivo uma vida de mentira que vai acabar em pouco mais de um ano”