Título: O chamado do cuco Original: The cuckoo's calling Autor: Robert Galbraith Editora: Rocco Páginas: 447 Ano: 2013 (1º edição) Tradução: Ryta Vinagre

Antes de falar sobre O chamado do cuco, gostaria de contar a vocês que li primeiro O bicho da seda, que, em tese, deveria ser lido depois desse. Não se trata, porém, de uma continuação, mas certamente muitas coisas ficarão mais claras se você ler O chamado do cuco primeiro.
E, um super detalhe, para quem não sabe: Robert Galbraith é pseudônimo de ninguém menos que J. K. Rowling!
O livro conta com um prólogo – que nos fala sobre a morte que será investigada ao longo da obra – cinco partes – que nos contam a história propriamente dita – e um epílogo – com o título de “dez dias depois”.
Na primeira parte vamos, aos poucos, conhecendo os personagens dessa trama policial. No primeiro capítulo, por exemplo, somos apresentados a Robin, uma jovem de 25 anos que, no dia seguinte à noite em que ficou noiva, começa a trabalhar como secretária temporária de Cormoran Strike, um detetive particular. O desejo de Robin, aliás, era ser detetive! Aqueles dias pareciam um sonho para ela.
Já a vida de Cormoran Strike ia de mal a pior. Ele rompera definitivamente com Charlotte, não tinha onde morar e os negócios não estavam em um bom momento… Ao menos não até que John Bristow aparecesse para contratar o detetive para reinvestigar a morte de sua irmã, Lula Landry, uma modelo muito famosa. Para a polícia, Lula Landry havia cometido suicídio, jogando-se da sacada de seu apartamento. John Bristow, porém, tinha certeza de que alguém a havia matado.
“Os mortos só podiam falar pela boca dos que ficaram e pelos sinais que deixavam”
O chamado do cuco (p.282)
Contribuía para o veredicto da polícia o fato de Lula Landry ter alguns problemas psicológicos e já ter se envolvido com drogas. No mais, ela era uma negra adotada por uma família branca extremamente rica e… Problemática.
O “caso Lula Landry” é mencionado por diversas vezes em O bicho da seda, por ter sido importante para a retomada dos negócios de Cormoran Strike (e esse é um dos motivos pelos quais é melhor ler primeiro O chamado do Cuco).
O título do livro, que pode parecer aleatório, passa a fazer sentido para nós somente na terceira parte, quando nos é revelado que “Cuco” era um dos apelidos da modelo Lula Landry.
Tudo é muito descrito no livro, mas não de uma maneira maçante. Podemos ter uma boa ideia de como eram os personagens e cada lugar que aparece ao longo da história. As descrições só são um pouco desesperadoras no final da história, quando queremos saber logo o que aconteceu, mas temos de nos deter nos detalhes de cada cena.
E por falar em final da história, como um bom romance policial, duvido que você acerte quem matou Lula Landry, por mais que sua leitura seja muito atenta. Claro que, para alcançar o efeito desejado, o autor tem de ocultar alguns elementos da história, que serão apresentados ou explicados com maior clareza nas páginas finais. E isso é feito de maneira excepcional!
A lista de suspeitos pela morte de Lula parece nunca acabar. Através dos olhos de Strike e Robin passamos a desconfiar de todos os amigos da modelo, como Guy Somé, Ciara Porter, Rochelle Onifade; de seus vizinhos, o casal Bestigui; de seu namorado, Evan Duffield; do rapper Deeby Mac; e até de seus familiares, como seu tio Tony Landry ou então sua mãe biológica.
J. K. Rowling conseguiu me surpreender também como escritora de histórias de detetive. Eu já havia gostado de O bicho da seda e agora posso acrescentar que gostei de O chamado do Cuco. E se você quiser conferir essa história, é só clicar aqui:
Oi, li os três livros dela, J.K. Rowling, pseudônimo de Robert Galbraith, e vem o quarto, espero o quarto. Ótimas histórias. O Chamado do Cuco, O Bicho da Seda, e Vocação Para O Mal.
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Vem um quarto livro??? Quero!!! Preciso ler logo o “Vocação para o mal” então!
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Eles não tem continuação nas histórias, apenas nos personagens, o que pra mim é muito melhor.
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Concordo!!
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