Título: O paraíso são os outros Autor: Valter Hugo Mãe Editora: Biblioteca Azul Páginas: 64 Ano: 2018
Que tarefa difícil que é escrever sobre um livro tão pequeno, mas tão cheio de um conteúdo tocante. Narrado por uma menina, O paraíso são os outros fala sobre o amor; fala sobre como uma pequena garota enxerga os casais, tanto de humanos quanto de animais.
“O amor constrói. Gostarmos de alguém, mesmo quando estamos parados durante o tempo de dormir, é como fazer prédios ou cozinhar para mesas de mil lugares”
O paraíso são os outros (p.9)
O amor não é fácil, bem sabemos, mas ao ser retratado pelos olhos de uma menininha — que não sabemos ao certo a idade — podemos compreender novos âmbitos desse sentimento, aprendendo sobre amor, lealdade, respeito e reciprocidade.
“Há casais que se conhecem num transporte público, numa praça ou no trabalho e ficam. Ficam casais, quero dizer. Dão abraços, trocam números de telefone, assistem a filmes a preto e branco, comem mais doces, reluzem”
O paraíso são os outros (p.23)
A jovem narradora também nos ensina sobre enxergar o mundo com outros olhos:
“Ser feio é complexo e pode ser apenas um problema de quem observa”
O paraíso são os outros (p.13)
Mas claro que não podemos esperar que uma pessoa assim tão jovem saiba tudo sobre o amor. Ninguém sabe, aliás. Com ela, no entanto, vamos descobrindo — ou nos aprofundando — nas maravilhosidades desse sentimento.
“A coisa mais divertida de perceber: os casais não eram família antes. Eram gente desconhecida que se torna família”
O paraíso são os outros (p.26)
A narradora, que espera encontrar seu amor quando “for grande”, para quem sabe entender melhor esse sentimento, nos fala com muito lirismo e, ao mesmo tempo, de maneira simples, como só uma criança seria capaz de falar.
“Estou cada vez mais certa de que o paraíso são os outros. Vi num livro para adultos. Li só isso: o paraíso são os outros. A nossa felicidade depende de alguém. Eu compreendo bem”
O paraíso são os outros (p.34)
O livro também traz ilustrações simples — como pequenos esboços — feitas pelo autor que, ao final, explica o que elas significam.
As vezes precisamos ver as coisas com um olhar mais infantil e mais ingênuo mesmo, só assim para vermos e entendermos as coisas sem esse olhar de maldade que o adulto tem consigo. Em tantos momentos complicamos sentimentos tão simples que só sendo “criança” mesmo para desmitificar…
Gostei da proposta e da escrita do livro. Ótimo post!
Abraço!
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Exatamente, Bruna!! E a gente também subestima as crianças, mas olha como elas sabem viver melhor que nós!
Obrigada pela visita e seja sempre bem-vinda!!
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Oies! Nunca li nada do Valter Hugo Mãe, e sempre tenho vontade ao ver tantas pessoas elogiando sua obra. Quem sabe um dia eu consiga, rs
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Espero que consiga sim!! No natal, ganhei outro livro dele, espero ler logo e trazer minhas impressões aqui também!
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Aeeeee!
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Gostei imenso!
Aguardo sua visita e seus comentários
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Fico muito feliz!!
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