Tatianices recomenda [8] — Livros: abril azul

Como abril é um mês dedicado à conscientização sobre o autismo — o abril azul — quis trazer para vocês um Tatianices recomenda com livros sobre o assunto.

Comecei a me interessar pelo tema quando li O que me faz pular (Naoki Higashida), em 2014. Depois, cheguei ao Passarinha (Kathryn Erksine), também em 2014. E este ano eu finalmente li Meu menino vadio (Luiz Fernando Vianna). Foram três leituras que me ensinaram muito e que eu realmente recomendo para quem quer compreender um pouco mais sobre autismo. E o mais interessante é que são livros completamente diferentes. Vejam as sinopses abaixo e me digam o que acharam ou se já leram algum desses livros.

O que me faz pular por [Higashida, Naoki]

NAOKI HIGASHIDA sofre de autismo severo. Com grande dificuldade de se comunicar verbalmente, o jovem aprendeu a se expressar apontando as letras em uma cartela de papelão, e aos treze anos ele realizou um feito extraordinário: escreveu um livro. Delicado, poético e profundamente íntimo, O que me faz pular traz uma nova luz para entendermos a mente autista. O autor explica o comportamento muitas vezes desconcertante das pessoas com essa condição e nos oferece suas percepções de tempo, vida, beleza e natureza, apresentadas em um relato inesquecível. O que me faz pular, trazida para o leitor ocidental pelo renomado escritor David Mitchell e sua esposa, é uma obra única. A história de Naoki demonstra que, longe de serem insensíveis e indiferentes ao mundo, as pessoas com autismo são tão complexas quanto qualquer um de nós e dotadas de senso de humor, empatia e uma intensa imaginação. Seu mundo é incrivelmente rico, e esse relato autobiográfico nos oferece um vislumbre comovente dessa riqueza. Belamente ilustrado, o livro traz também pequenas fábulas e um conto emocionante, todos de autoria de Naoki.

No mundo de Caitlin, tudo é preto e branco. Qualquer coisa entre um e outro dá uma baita sensação de recreio no estômago e a obriga a fazer bicho de pelúcia. É isso que seu irmão, Devon, sempre tentou explicar às pessoas. Mas agora, depois do dia em que a vida desmoronou, seu pai, devastado, chora muito sem saber ao certo como lidar com isso. Ela quer ajudar o pai – a si mesma e todos a sua volta –, mas, sendo uma menina de dez anos de idade, autista, portadora da Síndrome de Asperger, ela não sabe como captar o sentido. Caitlin, que não gosta de olhar para a pessoa nem que invadam seu espaço pessoal, se volta, então, para os livros e dicionários, que considera fáceis por estarem repletos de fatos, preto no branco. Após ler a definição da palavra desfecho, tem certeza de que é exatamente disso que ela e seu pai precisam. E Caitlin está determinada a consegui-lo. Seguindo o conselho do irmão, ela decide trabalhar nisso, o que a leva a descobrir que nem tudo é realmente preto e branco, afinal, o mundo é cheio de cores, confuso mas belo. Um livro sobre compreender uns aos outros, repleto de empatia, com um desfecho comovente e encantador que levará o leitor às lágrimas e dará aos jovens um precioso vislumbre do mundo todo especial dessa menina extraordinária.

O jornalista Luiz Fernando Vianna e seu filho, Henrique, são unha e carne ― às vezes unha do filho na carne do pai. Henrique é autista. Pouco fala, mas algumas palavras repete à exaustão. Tem momentos de agressividade contra si mesmo e contra terceiros. Sabe ser irônico. Gosta de desenhos animados e de mergulhar no mar. Como todo adolescente, tem suas curiosidades e seus impulsos, só que sem grande cerimônia. Luiz Fernando decifra os sons que ele emite, seus desejos imediatos e muitos de seus silêncios, no entanto não tem como alcançar o que o filho sente lá no fundo do fundo.Há quem diga que ter um filho com deficiência é uma benção. Luiz Fernando Vianna discorda. Se fosse mesmo um presente, antes de receber ele diria: “Ah, não precisava.” Com toda a franqueza e um pouco de música, o autor conta a sua experiência, cheia de altos e baixos, momentos de ternura e também de desespero ao lado do seu menino vadio.

Se vocês tiverem se interessado por algum dos livros, basta clicar na imagem para ver onde encontrá-los (:

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4 comentários em “Tatianices recomenda [8] — Livros: abril azul

  1. Oies Tati! Adorei as indicações 🙂 “Passarinha” está na minha lista há séculos, mas não li ainda, infelizmente. Recentemente li “Em algum lugar nas estrelas” também traz um personagem com autismo, mesmo que não tenha o diagnóstico como vemos hj. Bjos

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