
Quando escrevi a resenha de Não inclui manual de instruções, ela já foi recheada de trechos do livro, mas muitos outros ainda ficaram de fora, afinal, trata-se de um livro que aborda algumas temáticas que considero muito importante.
A começar pelo fato que o protagonista tem síndrome de asperger e que, portanto, são apresentadas algumas perspectivas com relação a isso.
“Estava começando a perceber que Conor era do tipo de pessoa que não costumava permitir que alguém entrasse em sua redoma”
Pouco a pouco vamos conhecendo alguns dos hábitos e manias de Conor e entendendo um pouco melhor como funciona a mente de um aspie.
“Ao contrário da maioria das pessoas que leem livros para fugir da realidade, Conor os usa para dar sentido a ela”
E, a partir do momento que vamos compreendo isso, vamos aprendendo que eles são tão humanos quanto nós.
“Algo que sempre me assustou foi ser visto como uma aberração”
Uma das maiores dificuldades para um aspie é, provavelmente, a comunicação, principalmente porque eles costumam ser muito literais!
“Seria muito melhor que as pessoas pudessem aprender a ficar confortáveis com o silêncio, pelo menos de vez em quando”
E é por isso que a autora pode, também, explorar a importância da comunicação para o viver em sociedade.
“Você sabia que a comunicação é muito subestimada?”
Outro ponto de dificuldade para quem tem asperger é com relação a demonstrar sentimentos.
“Sei que não é culpa sua, que não percebe, mas não é fácil dar carinho a alguém e sentir que não está recebendo esse carinho de volta”
Mas isso, claro, não significa que eles não sentem nada. Muito pelo contrário, aliás, afinal, são humanos, certo?
“Às vezes, quando gostamos de verdade de alguém, nos parece tão óbvio que não há como essa pessoa não notar”
Esses eram os trechos que não couberam na resenha, mas que eu destaquei durante a minha leitura, porque me fizeram pensar sobre esses pontos que acabo de trazer. O que acharam? Ficar com vontade de ler Não inclui manual de instruções?