
Para as citações de hoje vamos de Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. As páginas são da edição publicada em 2012, pela Biblioteca Azul. Para quem não conhece, Fahrenheit 451 é uma daquelas distopias que a gente não pode deixar de ler. Trata-se de uma história em que as pessoas não possuem livros, pois estes seriam um item ruim para o ser humano. Já pensou que mundo horrível?
“Os livros servem para nos lembrar o quanto somos estúpidos e tolos” (p.111)
Como eu disse, Fahrenheit 451 é um livro muito bom, então, como é de se esperar, ele vai abordando vários assuntos que sempre são válidos em uma roda de conversa (ou ao menos assuntos sobre os quais deveríamos pensar um pouco mais):
“Sempre se teme o que não é familiar” (p.81)
Digamos que essa é uma forma mais bonita de dizer que a gente tem medo do desconhecido. E, convenhamos, temos mesmo. Quantas pessoas vocês conhecem que se arriscam a fazer as coisas sem medo? Que topam mudar seu jeitinho de agir ou, o mais difícil, sua visão sobre a vida e tudo o mais?
“Numa noite está tudo bem e na seguinte estou me afogando” (p.162)
Isso chama-se vida, meus caros. Nem todos os dias serão bons e fáceis, mas se soubermos passar por eles, teremos dias bons. E passar pelos dias ruins é mais fácil se temos com quem contar… Em Fahrenheit 451 uma coisa não muito comum é aquela tal de empatia que tanto ouvimos falar nos dias de hoje…
“Você já notou como as pessoas se machucam entre si hoje em dia?” (p.50)
Justamente quando não há empatia há isso aí: egoísmo, brigas desnecessárias, excesso de opinião e falta de diálogo. A gente machuca os outros não somente fisicamente, mas por meio de nossas palavras e ações (ou falta de ações). E para quê? Para nada!
Com isso, entramos na última citação, que é justamente sobre enxergar o outro e compreendê-lo. Mas dito de maneira bem mais bonita:
“Pois quantas pessoas seriam capazes de refletir a luz de uma outra?” (p.29)
Um comentário em “Citações #6 — Fahrenheit 451”