Título: O despertar da profecia Autora: Ingrid Sousa Editora: Publicação Independente Páginas: 227 Ano: 2019
Já pensou que loucura seria se, de uma hora para outra, você descobrisse que não é o ser humano (quase) normal que sempre pensara ser? Apesar de alguns episódios um pouco estranhos em sua vida, Amália — a protagonista de O despertar da profecia — nunca desconfiara de tudo aquilo que havia dentro de si.
“Eu era uma garota normal, vivia em uma cidade normal e tinha uma vida normal. Mas vi tudo mudar e desmoronar sobre meus pés em questão de segundos”
As coisas começam a mudar e tomar rumos inesperados quando Heron aparece em Mystery Hollow. Um rapaz encantador e cheio de mistérios que vem para revolucionar a vida de Amália.
“Tenho consciência de que sozinha jamais conseguiria enfrentar essa barra”
E não, não se engane, pois não estou falando de um relacionamento! O despertar da profecia não é um romance, mas um livro de fantasia cheio de ação, segredos e um pouquinho de sangue também (sim, é melhor não se apegar aos personagens…). Uma história que também nos apresenta elementos da mitologia grega e que transpõe, de maneira muito interessante e natural, a barreira entre o real e o fantástico.
“Mas a verdade é que sou apenas uma garota com medo de não conseguir cumprir o seu propósito, insegura de que os resultados não sejam bons”
O fato de ter ação e suspense na medida certa nos prende a esse livro, além dele ter capítulos alternados entre presente e passado que, aos poucos, vão se ligando e nos fazendo encaixar as peças desse quebra-cabeça fantástico (sim, nos dois sentidos). Ao longo das páginas, portanto, vamos compreendendo como tudo começou (meses antes), ao mesmo tempo que acompanhamos (nos dias atuais) a busca de Amália e Heron por alguém que possa ajudá-los.
“Estamos sobrevivendo há muito tempo, talvez mais até do que consiga me lembrar. Me sinto impotente por não ter controle do que sou e tenho dentro de mim”
Narrado em primeira pessoa, O despertar da profecia também consegue nos mostrar o amadurecimento de seus personagens, principalmente da narradora protagonista, a que mais sofre com tudo o que acontece. E, ao final, muitas respostas nos chegam por meio da narrativa de outro personagem. Mas fiquem espertos: como esse é só o primeiro volume de uma série, ainda há muito por vir!
“Heron passou a ser meu ponto de apoio entre a sanidade e a loucura. Me entendendo, me aceitando e sabendo que não sou louca”
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