Na resenha de O demônio no campanário — escrito por Michelle Pereira e lançado em 2017 de forma independente — eu comentei sobre o quanto gostei do livro e permaneci ainda alguns dias com os personagens na cabeça. Hoje, então, trago a vocês algumas das passagens que destaquei ao longo da leitura, mas que ficaram de fora da minha resenha.
Uma coisa muito interessante ao longo da história é a maneira como a Michelle fala sobre o diferente, sobre coisas que não estamos acostumados a ver.
“Ser diferente do padrão esperado pela sociedade é tido como algo errado”
Com relação à parte em que o trecho acima foi retirado, podemos pensar, inclusive, na questão do bullying. Mas Michelle também nos faz refletir sobre superação, incluindo uma personagem extremamente forte na história.
“Não é qualquer um que caminha por aí com uma estaca no peito e finge estar tudo bem, sem lamuriar ou se fazer de coitado”
Mas o que torna O demônio no campanário ainda mais interessante são os sentimentos que vão surgindo ao longo da obra.
“Aquela sensação era boa, de ter um porto seguro, de ter alguém que gostava de mim”
Mais interessante ainda era poder ver a visão do tal demônio sobre os sentimentos humanos.
“Ah! O amor e o ódio, sempre amigos inseparáveis. Sempre tornando os humanos vulneráveis…”
Não que ele também não tivesse lá seus sentimentos…
“Ela beijava-me como se o o mundo não fosse durar um minuto a mais, e eu a beijava como se ela fosse a última fêmea de qualquer espécie. Mordi seu lábio e senti o gosto doce do seu sangue em minha língua, pulsante e poderoso. Excitante”
E sem contar que Eron, o tal demônio, nos dá uma descrição simples e poderosa de Eva:
“Como poderia ser tão bela e tão poderosa? Tão frágil e tão forte?”
Por tudo isso, e por tanta coisa mais, eu recomendo fortemente a leitura desse livro. E se você estiver interessado, saiba mais aqui.
Um comentário em “Citações #21 — O demônio no campanário”