Título: Vertigo Autor: Marie Pessoa Editora: Publicação independente Páginas: 162 Ano: 2019
Vertigo não é um livro previsível: você vai lendo página após página e não imagina onde a história vai dar. Isso sem contar que muitos temas importantes são abordados ao longo da narrativa e que diversas coisas nos são ensinadas a cada guinada na história.
“Pequenos elogios como esse faziam total diferença a alguém despedaçado”
Quem narra Vertigo é Mia, uma jovem publicitária que descobre que seu noivo a está traindo com a sua até então melhor amiga. Desempregada e sozinha, Mia entra em depressão.
“Era doloroso demais terminar um relacionamento. Qualquer um deles; até mesmo os que não havia mais sentimentos”
Um belo dia, Mia resolve ir ao Satan’s Bar, localizado perto de sua casa. Até essa primeira visita, ela imaginava que aquele fosse apenas mais um barzinho, cheio de jovens, mas ao chegar lá se depara com algo totalmente diferente do que esperava.
No dia seguinte, Mia é acordada por uma ligação chamando-a para uma entrevista de emprego. E, então, sua vida começa a tomar rumos inesperados. Suas vidas profissional e pessoal vão se misturando de maneira complicada e intensa.
“Posso afirmar com convicção: recomeços não são fáceis”
Na noite em Santan’s bar, Mia conhece Matteo. Em seu novo emprego, Giorgio. Dois personagens em um mesmo corpo. Dois personagens (ou apenas um) que mexem muito com Mia. Ainda que ela carregue mágoas do fim de seu último relacionamento, ela não consegue deixar de se apaixonar por esse homem que está disposto a ensinar tudo o que sabe sobre BSDM, mas que, ao mesmo tempo, não parece disposto a se entregar a um relacionamento monogâmico, que apesar de tudo continua a ser o sonho de Mia.
“Precisava de novas amizades, e principalmente criar novas lembranças. As antigas já não me serviam mais”
Com a relação entre Mia e Giorgio (ou Matteo) — uma relação que não é apenas sexual, mas também de amizade — vamos descobrindo sobre o passado da protagonista e, com ela, vamos percebendo como seu relacionamento anterior era abusivo e tóxico.
“Eu não queria viver numa eterna vertigem. Estava farta de desistir dos meus sonhos por pessoas que não fariam o mesmo por mim”
Neste livro, portanto, vemos uma mulher se livrando de amarras, se descobrindo e aprendendo a se amar. Mia também reflete muito sobre o feminismo — lembrando que, além de tudo, ela foi traída por sua melhor amiga — e sobre suas ações em relação às suas crenças e ideologias.
“Era o tipo de sorriso que eu gostaria de ver todos os dias ao acordar e antes de dormir. O sorriso de alguém que se importava comigo”
É uma história hot, mas sem cair no lugar comum de tantas outras histórias. Uma narrativa com temáticas que valem a discussão e com um final aberto que — ainda que isso desagrade a muitos — não poderia ser diferente: Vertigo não é um conto de fadas, mas uma história que se mostra como real e plausível.
“Mas com a vida adulta percebi que nem todos os sonhos são alcançáveis. A gente realiza o que pode”
Se você quiser conhecer Mia e sua trajetória, clique aqui.
Aí, eu sou apaixonada por essa resenha <3
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Aaah, sua linda!! Sou apaixonada pela sua escrita
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